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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A DUPLA HERANÇA

“A educação é coisa do coração e é Deus que nos dá as chaves”. (Dom Bosco)

Ao sair da infância, a pessoa humana conta com uma dupla herança. A primeira é a vida e a segunda a educação. São dois dados que se colocam em suas mãos para iniciar a trabalho e assim levar a bom termo sua trajetória.

Houve tempos e lugares em que os pais estavam preocupados em fornecer uma fortuna inicial, em termos materiais, para facilitar o início da vida dos filhos, uma vez saídos de casa. Para os agricultores, estipulava-se uma gleba de terra; para os da cidade uma casa ou, pelo menos, um terreno para construí-lo. Mas aos poucos, todos se foram dando conta de que bens materiais não bastam. Facilmente se esvaem se não forem bem administrados. Por isso, mais que terra, se querer proporcionar bens espirituais, especialmente estudos.

Esta preocupação já está no linear entre a juventude e a maturidade. Encontra-se na passagem para a vida adulta. Antes, porém a pessoa do adolescente e do jovem se dá conta, e acolhe as duas heranças básicas: a vida e a educação. Isto significa que a vida não é obra dele. Deve ser acolhida como dom. Foi-lhe dada pelos pais. Nasceu deles. Por obra deles, não da criação, mas da geração. Brotou não de suas mãos, mas de seu ser. Foi à vida que gerou vida e não a inteligência que a jogou na existência.

Receber a vida, como herança, não é apenas um ato inicial. Tem continuidade de muitos anos. Envolve muitos cuidados, de alimentação, de proteção, de carinho, de convivência. Ninguém chegou a esta altura da vida por suas próprias forças. Foi sustentado. Agora pode fazer cálculos de quanto custou aos pais, por tudo o que fizeram por ele. Sem ele não teria chegado ali. A vida é o dom mais precioso e, ao mesmo tempo, a tarefa mais imperiosa que lhe é confiada. Dali para frente deve começar a cuidar dela, até conseguir plena autonomia.

A segunda herança, totalmente gratuita, é a educação. Diz um provérbio que educação vem de berço. Ninguém começa educando-se a si mesmo. Recebe educação, se não dos pais, de outros, que serão seus educadores, mesmo que o eduquem mal, de modo a ser, depois, conhecido como mal-educado.

De algum lugar, ou melhor, de alguém, ele recebeu esta educação.

Que Significa educação? É levar a vida humana a desabrochar. Envolve quase sempre inconscientemente, uma meta e um método. Leva a formar atitudes de vida. Estabelece, pelo menos implicitamente, uma escola de valores. Mostra na prática, o que é bom e, por isso, o que deve ser feito; o que é mal e, por isso, deve ser evitado. Aponta para o que é mais importante e leva a minimizar o que é menos importante. Leva numa palavra, a fazer opção da vida, mas acima de tudo, educar é relacionar. Leva a pessoa do educando a proporcionar-se diante de si mesmo, diante dos outros, diante do mundo e diante de Deus. Esta educação se herda. A partir dela se irá, depois, trabalhar e atuar. É preciso reconhecê-la como dom precioso, que se herdou. Pouco valeria a vida, ou melhor, pouco faríamos dela, sem uma boa educação. Por isso incumbe aos pais não só receber, como amar, os filhos, que Deus lhes confiar, mas também educá-los no amor a Deus, ao próximo, a si mesmo e à Igreja. Será a melhor herança que poderão deixar para os filhos. E jamais se arrependerão.

Em síntese: A dupla herança mais preciosa que recebemos são a vida e a educação. As heranças materiais constituem geralmente desavenças. A vida não é apenas um dom inicial. Está envolta, ao longo dos anos pelo carinho, cuidado, alimentação recebidos dos familiares e da comunidade. A educação leva a vida a desabrochar e a realizar-se pelas relações assumidas consigo, com os outros, com o mundo e com Deus.



Adão ElvioSecretário Paróquia Sant’Ana

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

´Aqui nasceu Jesus ´

´Aqui nasceu Jesus ´


Entrevista com o superior do mosteiro da Basílica da Natividade em Belém.

Por Renzo Allegri
BELÉM, sábado, 24 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) – Em Belém o Natal tem o peso da história. É recordado onte realmente aconteceu. A terra, a paisagem, os lugares são os de 2000 anos atrás. As pessoas que celebram o Natal em Belém podem dizer para si mesmas: “Aqui nasceu Jesus”, experimentando, ao pronunciar aquela pequena palavra, “aqui”, uma grande comoção.
O Natal de Belém é um evento que faz manchetes. Dele falam os jornais e a televisão. A Missa de meia-noite celebrada no local onde Jesus nasceu, é transmitida a todo o mundo. Mas a informação que corre através da mídia é fria, sintética, desbotada. No emaranhado das notícias, torna-se um das muitas e perde o enorme significado que deveria ter.
Para saber realmente como se desenvolve e se "vive" o Natal no lugar onde Jesus nasceu, conversamos com uma pessoa que mora em Belém, um religioso franciscano francês, padre Stephane Milovitch, 45 anos, há 20 comprometidos em realizar o seu apostolado naquela terra que sete séculos foi confiada aos cuidados espirituais dos Frades de São Francisco, indicada com o nome de “Terra Santa”.
“Cheguei aqui no ano de 1992”, diz o padre Stephane “e, exceto por um período de quatro anos passados ​​em Roma para estudar, eu sempre estive aqui. Por isso, posso dizer que "vivi" quinze Natais em Belém”.
Mestrado em teologia, poliglota, pessoa afável e grande organizador, Padre Stephane foi por seis anos secretário da Custódia da Terra Santa e desde 2010 é superior da comunidade religiosa franciscana de Belém que tem a sua sede no convento da Basílica da Natividade.
Esta basílica, de aspecto imponente e severo, é o principal objetivo de peregrinos e turistas de todo o mundo. A sua origem remonta ao 326. Foi a rainha Helena,mãe do Imperador Constantino, que a mandou construir, no mesmo local onde, segundo a tradição, aconteceu o nascimento de Jesus. Ao longo dos séculos, a Basílica tem sofrido dificuldades, destruições, reconstruções várias, mas ainda está ali para testemunhar o grande acontecimento.
A partir do seu interior, duas escadas levam a uma cripta, onde se encontra a "Gruta da Natividade", que foi a gruta-estábulo onde, como está escrito no Evangelho, Maria e José se refugiaram porque "não havia lugar para eles na hospedaria”. E enquanto estavam ali, se cumpriram os dias para Maria, o dia do parto, “e deu à luz seu filho primogênito, e envolveu-o em panos e o deitou numa manjedoura."
Na gruta há três lugares distintos de oração: o local do parto, indicado por uma estrela de prata de 14 pontas; alguns metros adiante, o presépio, ou seja, a manjedoura onde Maria colocou Jesus; e, diante, o altar dos Magos, o lugar onde pararam alguns personagens famosos, estudiosos de astrologia, que vieram do distante Oriente para adorar o Rei-criança cujo nascimento foi anunciado a eles por sinais celestes.
“É necessário esclarecer”, disse o padre Stephane “ que em Belém todos os dias é Natal. Os peregrinos, sejam os que chegam em fevereiro, julho ou agosto, veem aqui para celebrar o Natal. E nós sacerdotes, acolhendo-os, cada dia vivemos com eles o Natal. Na Basílica e na gruta, celebramos a liturgia do Natal, onde se diz "Hoje Jesus nasceu." Mas isso não tira, porém, que 25 de dezembro seja um dia completamente diferente também para nós. As emoções, os sentimentos, a alegria, naquele dia, aqui, onde há muitos anos atrás aconteceu o evento, é indescritível”.
Como se desenvolve o grande dia?
“É caracterizado pela oração. Uma imensa e contínua oração coral. A partir da tarde do 24 de dezembro até a tarde do dia 25, Belém se torna uma grande igreja onde a oração, especialmente aquela litúrgica e eucarística, é contínua. Chegam peregrinos de todo o mundo. Não só católicos, mas também de outros ritos e de outras religiões. Os sacerdotes, os bispos e todos os frades presentes na "Terra Santa" se transferem para Belém. Vem o Patriarca de Jerusalém, que é a mais alta autoridade católica na Terra Santa, e preside as cerimônias religiosas. Aí vêm as autoridades civis: o prefeito de Belém que, por lei, deve ser um cristão; o presidente da Palestina, Abu Mazen, com os seus ministros, que são muçulmanos; chegam os cônsules católicos presentes na Palestina, também o cônsul da Itália, França, Bélgica e Espanha, e chegam outros políticos, diplomatas de outros países do Oriente Médio, da Europa e de outros continentes. Belém se torna um grande centro ecumênico, preenchido por uma incrível atmosfera mística. Tudo acontece com o sinal da serenidade, da cordialidade como se o mundo se tornasse de repente uma grande família unida”.
Quando começam as cerimônias solenes?
“No início da tarde do 24 de dezembro, com a chegada do Patriarca. Uma chegada que se realiza segundo um cerimonail muito antigo”.
“O Patriarca parte da sua sede de Jerusalém acompanhado por uma procissão de carros. A polícia hebraica colabora, fecha as estradas laterais, assegura que os semáforos estejam no verde. Ao longo do caminho muitas pessoas aparecem na estrada para aplaudir calorosamente.
“A procissão de carros pára no mosteiro de Santo Elias, que está na entrada da cidade de Belém, onde o Patriarca é recebido pelas autoridades civis e religiosas da cidade. Como é sabido, Belém está cercada pelo "muro de separação" entre Israel e a Cisjordânia. A procissão do patriarca deve passar por uma porta que é aberta somente em raras ocasiões para as autoridades de grande peso. De acordo com uma antiga tradição, que remonta ao Império Otomano, o Patriarca, nesta sua viagem é também acompanhado por cinco cavalos. E, por motivos políticos, antes de atravessar o muro, os cavalos israelenses são substituídos por cavalos palestinenses.
“Tendo entrado em Belém, a procissão pára diante do túmulo de Raquel, onde o Patriarca recebe a saudação dos párocos da cidade. Em seguida, a procissão passa através da cidade habitada e chega à Basílica. Eu, como superior da comunidade, espero o Patriarca diante da porta da Humildade, dou-lhe as boas vindas e o acompanho à Igreja, onde preside a primeira função religiosa, o canto solene das Vésperas. No final, sempre em procissão, é acompanhado ao seu quarto para um breve descanso.
“Às 16hs tem-se a procissão que nós frades da comunidade fazemos todos os dias à gruta e nesta ocasião toma um aspecto de solenidade porque à ela participa também o Patriarca. Descemos à gruta, cantamos os hinos e recitamos as orações tradicionais. Neste caso sou eu que celebro e o patriarca assiste.
Terminada a função, o patriarca se retira mas nós continuamos a preparar”
O quê?
“A Igreja, em primeiro lugar. Para a missa da meia-noite há pedidos de todo o mundo. Nem mesmo a Basílica de São Pedro poderia satisfazer todas as petições. Então, somos forçados a remover os bancos. A nossa Basílica pode acomodar 500 pessoas sentadas. Ao remover os bancos, podemos dar espaço para 2000 pessoas. Claro que, para regular a presença de tanta gente somos forçados a distribuir bilhetes, que são totalmente gratuitos. São dados aos peregrinos vindos de todos os lados, enquanto que se exclui os habitantes de Belém.
“Depois praparamos a ceia da noite de Natal. A preparamos na "Casa Nova", uma estrutura que usamos para acomodar os peregrinos. A ceia frugal, franciscana, com a presença de todos os frades presentes na Terra Santa, que naquela ocasião vão todos para Belém. É uma ceia que faz parte do cerimonial e com os frades cenam as autoridades de Belém, o Patriarca, os bispos, o presidente Abu Mazen com os seus ministros, os cônsules. É uma ceia em sinal da fraternidade, da amizade e da paz.
“A cerca das 21hs nós abrimos a porta de entrada da Basílica e começamos a deixar entrar os peregrinos que tem o bilhete. Por razões de segurança, a entrada é muito lenta. Cada pessoa deve passar por um detector de metais de segurança”.
E se chega à Missa da Meia-Noite
“Às 23h e 30min começa a cerimônia principal, aquela que está intimamente relacionada ao nascimento de Jesus. É naturalmente presedida pelo patriarca e concelebrada por bispos e sacerdotes, no geral 150. Começa-se com o canto das laudes, segundo o cerimonial. Cinco minutos antes da meia-noite, chega o presidente Abu Mazen com a sua comitiva. É recebido pelo Patriarca que o cumprimenta brevemente. No curso da meia-noite, os sinos da Basílica começam a tocar, o coral entoa o "glória". Um sacristão tira o pano que envolve a parte inferior do altar, feita um berço, e na qual foi colocada a estátua do menino Jesus. É o momento mais emocionante. Lembra o nascimento do Salvador. O canto de glória, realizado naquele lugar, tem um significado especial, porque lembra o que os anjos ouviram dos pastores. Como relatado no Evangelho, "uma multidão dos exércitos celestiais, louvava a Deus e dizia: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre aqueles a quem Deus ama".
“O patriarca homenageia ao Menino Jesus com incenso e depois começa a Missa, que acontece regularmente celebrada em latim, com leituras que são lidas em oito idiomas.
“Abu Mazen e seus seguidores são de religião muçulmana. De acordo com uma antiga tradição, os muçulmanos podem estar presentes na Missa, mas não no momento da comunhão. Então, após a recitação do Agnus Dei, o patriarca cumprimenta o presidente Abu Mazen, que se retira com todo o seu séquito. A missa continua com grande quantidade de pessoas que recebem a Sagrada Comunhão, enquanto o coro canta canções tradicionais do Natal.
“No final do rito eucarístico, há a cerimônia de transferência da estátua do Menino à cuna do altar no presépio. Nâo se trata de um presépio construído para a ocasião, como acontece em todas as igrejas do mundo. Aqui nós temos o verdadeiro, permanente, localizado no local onde Jesus foi colocado na manjedoura por Maria, como lemos no evangelho.
“O patriarca pega a criança e em procissão chega à gruta da natividade. A procissão é limitada aos concelebrantes e algumas outras pessoas porque na gruta o espaço é limitado. Aqui acontece uma cerimônia muito comovente. Uma espécie de sagrada representação, explicada por antigos cantos gregorianos com textos em latim que são do IV-V séculos.
A primeira etapa é o lugar onde se encontra a estrela de prata de 14 pontas que, segundo a tradição está no lugar do nascimento de Jesus. O cantor declama os passos dos Evangelhos que contam a história, mas também acrescenta os detalhes que o atualizam. Diz, por exemplo, que chegado o tempo a Virgem Maria deu à luz seu filho. E ao texto histórico acrescenta "hic" "aqui" porque ali, naquele exato lugar aconteceu o nascimento. Depois diz que Nossa Senhora envolveu o bebê em panos, e o patriarca, com gestos, como uma mãe amorosa, envolve a estátua de Jesus com panos brancos. O cantor continua dizendo que o bebê será colocado numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria e também a esta frase acrescenta "hic" "aqui", pois a manjedoura, que está ali diante dos olhos dos presentes, na qual o patriarca coloca agora a estátua, é justo aquela onde a Virgem Maria colocou o menino Jesus. Os detalhes do canto e os gestos do patriarca recordam o evento mais importante ocorrido na face da terra e as emoções nos corações dos presentes são indescritíveis.
“Acabada a cerimônia, o patriarca volta à basílica, cumprimenta as autoridades e os fiéis e volta para o seu quarto para descansar.
“Geralmente, naquela hora já são as três da manhã. Mas, como eu disse, o Natal em Belém é caracterizada por uma oração contínua. Na gruta iniciam as Missas, que acontecerão uma após a outra durante todo o dia 25 de dezembro. Outras missas serão celebradas continuamente em outras igrejas em Belém. Onde não se reza, se canta a céu aberto. Vários coros locais, ou de turistas, realizam canções de Natal acompanhados por grupos de pessoas vindos de fora. Estas músicas, que no silêncio da noite sobem ao céu de várias partes da cidade, e que são cantos de coros, melódicos, pungentes, criam uma atmosfera de encanto e serenidade>>.
Tradução do original italiano por Thácio Siqueira
ZENIT é uma agência internacional de informação.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Educar os jovens para a justiça e a paz



A mensagem de Bento XVI para a celebração do XLV Dia Mundial da Paz


CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 16 de dezembro de 2011(ZENIT.org)- Apresentamos na íntegra a Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para a Celebração do XLV Dia Mundial da Paz, dia 01 de janeiro de 2012.

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1. O INÍCIO DE UM NOVO ANO, dom de Deus à humanidade, induz-me a desejar a todos, com grande confiança e estima, de modo especial que este tempo, que se abre diante de nós, fique marcado concretamente pela justiça e a paz.


Com qual atitude devemos olhar para o novo ano? No salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor « mais do que a sentinela pela aurora » (v. 6), aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia.


Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: « Educar os jovens para a justiça e a paz », convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo.


A minha Mensagem dirige-se também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos responsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, económica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade.

Trata-se de comunicar aos jovens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.


As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora actual, muitos são os aspectos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capacidade efectiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário.


É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver « coisas novas » (Is 42, 9; 48, 6).


Os responsáveis da educação


2. A educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida. Educar – na sua etimologia latinaeducere – significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa. Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe.


E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça? Antes de mais nada, a família, já que os pais são os primeiros educadores. A família é célula originária da sociedade. « É na família que os filhos aprendem os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacífica. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro ».[1] Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz.

Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se vêem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustentamento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas.


Quero dirigir-me também aos responsáveis das instituições com tarefas educativas: Velem, com grande sentido de responsabilidade, por que seja respeitada e valorizada em todas as circunstâncias a dignidade de cada pessoa. Tenham a peito que cada jovem possa descobrir a sua própria vocação, acompanhando-o para fazer frutificar os dons que o Senhor lhe concedeu. Assegurem às famílias que os seus filhos não terão um caminho formativo em contraste com a sua consciência e os seus princípios religiosos.


Possa cada ambiente educativo ser lugar de abertura ao transcendente e aos outros; lugar de diálogo, coesão e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacidades e riquezas interiores e aprenda a apreciar os irmãos. Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia após dia a caridade e a compaixão para com o próximo e de participar activamente na construção duma sociedade mais humana e fraterna.


Dirijo-me, depois, aos responsáveis políticos, pedindo-lhes que ajudem concretamente as famílias e as instituições educativas a exercerem o seu direito-dever de educar. Não deve jamais faltar um adequado apoio à maternidade e à paternidade. Actuem de modo que a ninguém seja negado o acesso à instrução e que as famílias possam escolher livremente as estruturas educativas consideradas mais idóneas para o bem dos seus filhos. Esforcem-se por favorecer a reunificação das famílias que estão separadas devido à necessidade de encontrar meios de subsistência. Proporcionem aos jovens uma imagem transparente da política, como verdadeiro serviço para o bem de todos.


Não posso deixar de fazer apelo ainda ao mundo dos media para que prestem a sua contribuição educativa. Na sociedade actual, os meios de comunicação de massa têm uma função particular: não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e, consequentemente, podem concorrer notavelmente para a educação dos jovens. É importante ter presente a ligação estreitíssima que existe entre educação e comunicação: de facto, a educação realiza-se por meio da comunicação, que influi positiva ou negativamente na formação da pessoa.


Também os jovens devem ter a coragem de começar, eles mesmos, a viver aquilo que pedem a quantos os rodeiam. Que tenham a força de fazer um uso bom e consciente da liberdade, pois cabe-lhes em tudo isto uma grande responsabilidade: são responsáveis pela sua própria educação e formação para a justiça e a paz.


Educar para a verdade e a liberdade


3. Santo Agostinho perguntava-se: « Quid enim fortius desiderat anima quam veritatem – que deseja o homem mais intensamente do que a verdade? ».[2] O rosto humano duma sociedade depende muito da contribuição da educação para manter viva esta questão inevitável. De facto, a educação diz respeito à formação integral da pessoa, incluindo a dimensão moral e espiritual do seu ser, tendo em vista o seu fim último e o bem da sociedade a que pertence. Por isso, a fim de educar para a verdade, é preciso antes de mais nada saber que é a pessoa humana, conhecer a sua natureza. Olhando a realidade que o rodeava, o salmista pôs-se a pensar: « Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que Vós criastes: que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes? » (Sal 8, 4-5). Esta é a pergunta fundamental que nos devemos colocar: Que é o homem? O homem é um ser que traz no coração uma sede de infinito, uma sede de verdade – não uma verdade parcial, mas capaz de explicar o sentido da vida –, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus. Assim, o facto de reconhecer com gratidão a vida como dom inestimável leva a descobrir a dignidade profunda e a inviolabilidade própria de cada pessoa. Por isso, a primeira educação consiste em aprender a reconhecer no homem a imagem do Criador e, consequentemente, a ter um profundo respeito por cada ser humano e ajudar os outros a realizarem uma vida conforme a esta sublime dignidade. É preciso não esquecer jamais que « o autêntico desenvolvimento do homem diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em todas as suas dimensões »,[3] incluindo a transcendente, e que não se pode sacrificar a pessoa para alcançar um bem particular, seja ele económico ou social, individual ou colectivo.


Só na relação com Deus é que o homem compreende o significado da sua liberdade, sendo tarefa da educação formar para a liberdade autêntica. Esta não é a ausência de vínculos, nem o império do livre arbítrio; não é o absolutismo do eu. Quando o homem se crê um ser absoluto, que não depende de nada nem de ninguém e pode fazer tudo o que lhe apetece, acaba por contradizer a verdade do seu ser e perder a sua liberdade. De facto, o homem é precisamente o contrário: um ser relacional, que vive em relação com os outros e sobretudo com Deus. A liberdade autêntica não pode jamais ser alcançada, afastando-se d’Ele.


A liberdade é um valor precioso, mas delicado: pode ser mal entendida e usada mal. « Hoje um obstáculo particularmente insidioso à acção educativa é constituído pela presença maciça, na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, nada reconhecendo como definitivo, deixa como última medida somente o próprio eu com os seus desejos e, sob a aparência da liberdade, torna-se para cada pessoa uma prisão, porque separa uns dos outros, reduzindo cada um a permanecer fechado dentro do próprio “eu”. Dentro de um horizonte relativista como este, não é possível, portanto, uma verdadeira educação: sem a luz da verdade, mais cedo ou mais tarde cada pessoa está, de facto, condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e das relações que a constituem, da validez do seu compromisso para construir com os outros algo em comum ».[4]


Por conseguinte o homem, para exercer a sua liberdade, deve superar o horizonte relativista e conhecer a verdade sobre si próprio e a verdade acerca do que é bem e do que é mal. No íntimo da consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer e cuja voz o chama a amar e fazer o bem e a fugir do mal, a assumir a responsabilidade do bem cumprido e do mal praticado.[5] Por isso o exercício da liberdade está intimamente ligado com a lei moral natural, que tem carácter universal, exprime a dignidade de cada pessoa, coloca a base dos seus direitos e deveres fundamentais e, consequentemente, da convivência justa e pacífica entre as pessoas.


Assim o recto uso da liberdade é um ponto central na promoção da justiça e da paz, que exigem a cada um o respeito por si próprio e pelo outro, mesmo possuindo um modo de ser e viver distante do meu. Desta atitude derivam os elementos sem os quais paz e justiça permanecem palavras desprovidas de conteúdo: a confiança recíproca, a capacidade de encetar um diálogo construtivo, a possibilidade do perdão, que muitas vezes se quereria obter mas sente-se dificuldade em conceder, a caridade mútua, a compaixão para com os mais frágeis, e também a prontidão ao sacrifício.


Educar para a justiça


4. No nosso mundo, onde o valor da pessoa, da sua dignidade e dos seus direitos, não obstante as proclamações de intentos, está seriamente ameaçado pela tendência generalizada de recorrer exclusivamente aos critérios da utilidade, do lucro e do ter, é importante não separar das suas raízes transcendentes o conceito de justiça. De facto, a justiça não é uma simples convenção humana, pois o que é justo determina-se originariamente não pela lei positiva, mas pela identidade profunda do ser humano. É a visão integral do homem que impede de cair numa concepção contratualista da justiça e permite abrir também para ela o horizonte da solidariedade e do amor.[6]


Não podemos ignorar que certas correntes da cultura moderna, apoiadas em princípios económicos racionalistas e individualistas, alienaram das suas raízes transcendentes o conceito de justiça, separando-o da caridade e da solidariedade. Ora « a “cidade do homem” não se move apenas por relações feitas de direitos e de deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão. A caridade manifesta sempre, mesmo nas relações humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo o empenho de justiça no mundo ».[7]


« Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados » (Mt 5, 6). Serão saciados, porque têm fome e sede de relações justas com Deus, consigo mesmo, com os seus irmãos e irmãs, com a criação inteira.


Educar para a paz


5. « A paz não é só ausência de guerra, nem se limita a assegurar o equilíbrio das forças adversas. A paz não é possível na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos e a prática assídua da fraternidade ».[8] A paz é fruto da justiça e efeito da caridade. É, antes de mais nada, dom de Deus. Nós, os cristãos, acreditamos que a nossa verdadeira paz é Cristo: n’Ele, na sua Cruz, Deus reconciliou consigo o mundo e destruiu as barreiras que nos separavam uns dos outros (cf. Ef 2, 14-18); n’Ele, há uma única família reconciliada no amor.


A paz, porém, não é apenas dom a ser recebido, mas obra a ser construída. Para sermos verdadeiramente artífices de paz, devemos educar-nos para a compaixão, a solidariedade, a colaboração, a fraternidade, ser activos dentro da comunidade e solícitos em despertar as consciências para as questões nacionais e internacionais e para a importância de procurar adequadas modalidades de redistribuição da riqueza, de promoção do crescimento, de cooperação para o desenvolvimento e de resolução dos conflitos. « Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus » – diz Jesus no sermão da montanha (Mt 5, 9).


A paz para todos nasce da justiça de cada um, e ninguém pode subtrair-se a este compromisso essencial de promover a justiça segundo as respectivas competências e responsabilidades. De forma particular convido os jovens, que conservam viva a tensão pelos ideais, a procurarem com paciência e tenacidade a justiça e a paz e a cultivarem o gosto pelo que é justo e verdadeiro, mesmo quando isso lhes possa exigir sacrifícios e obrigue a caminhar contracorrente.


Levantar os olhos para Deus


6. Perante o árduo desafio de percorrer os caminhos da justiça e da paz, podemos ser tentados a interrogar-nos como o salmista: « Levanto os olhos para os montes, de onde me virá o auxílio? » (Sal 121, 1).


A todos, particularmente aos jovens, quero bradar: « Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo, que é o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante do que é deveras bom e verdadeiro (…), o voltar-se sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eterno. E que mais nos poderia salvar senão o amor? ».[9] O amor rejubila com a verdade, é a força que torna capaz de comprometer-se pela verdade, pela justiça, pela paz, porque tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (cf. 1 Cor 13, 1-13).


Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação.


Vivei com confiança a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo.


Sabei que vós mesmos servis de exemplo e estímulo para os adultos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esforçardes por superar as injustiças e a corrupção, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a construí-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em vós próprios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos. Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz.


Oh vós todos, homens e mulheres, que tendes a peito a causa da paz! Esta não é um bem já alcançado mas uma meta, à qual todos e cada um deve aspirar. Olhemos, pois, o futuro com maior esperança, encorajemo-nos mutuamente ao longo do nosso caminho, trabalhemos para dar ao nosso mundo um rosto mais humano e fraterno e sintamo-nos unidos na responsabilidade que temos para com as jovens gerações, presentes e futuras, nomeadamente quanto à sua educação para se tornarem pacíficas e pacificadoras! Apoiado em tal certeza, envio-vos estas refl exões que se fazem apelo: Unamos as nossas forças espirituais, morais e materiais, a fim de « educar os jovens para a justiça e a paz ».


Vaticano, 8 de Dezembro de 2011.


BENEDICTUS PP XVI


Notas
[1] Bento XVI, Discurso aos administradores da Região do Lácio, do Município e da Província de Roma (14 de Janeiro de 2011): L’Osservatore Romano (ed. port. de 22/I/2011), 5.


[2] Comentário ao Evangelho de S. João, 26, 5.


[3] Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate (29 de Junho de 2009), 11: AAS 101 (2009), 648; cf. Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio (26 de Março de 1967), 14: AAS 59 (1967), 264.


[4] Bento XVI, Discurso por ocasião da abertura do Congresso eclesial diocesano na Basílica de São João de Latrão (6 de Junho de 2005): AAS 97 (2005), 816.

[5] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et spes, 16.

[6] Cf. Bento XVI, Discurso no Parlamento federal alemão (Berlim, 22 de Setembro de 2011):L’Osservatore Romano (ed. port. de 24/IX/2011), 4-5.

[7] Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate (29 de Junho de 2009), 6: AAS 101 (2009), 644-645.

[8] Catecismo da Igreja Católica, 2304.

[9] Bento XVI, Homilia durante a vigília com os jovens (Colónia, 20 de Agosto de 2005): AAS97 (2005), 885-886.

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PADRE ARI MARCOS BONA CELEBRA 20 ANOS DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL

A Paróquia Sant’ Ana de Guarapuava situada no bairro Santana teve a grata satisfação de celebrar o aniversário de ordenação sacerdotal do nosso Pastor Pe. Ari Marcos Bona. A Santa Missa foi preparada por membros do COPAE e das diversas pastorais e movimentos da paróquia, familiares, e contou com a presença do Bispo Emérito Dom Giovanni Zerbini, com quem Pe. Ari morou aproximadamente 3 anos quando esteve a frente da Pastoral Diocesana, alguns padres, muitos fiéis, familiares e amigos de diversas comunidades por onde passou e trabalhou, que juntos rezaram em agradecimento a Deus pela presença tão marcante e significante de Pe. Ari em nosso meio. Antes da celebração, o padre foi homenageado em sua casa com a Folia do Divino, organizada por paroquianos da paróquia do Pinhão, onde padre Ari trabalhou por nove anos e meio e onde dentre muitos projetos missionários, intensificou a conhecida devoção do povo daquela cidade ao Divino Espírito Santo.
 
Durante sua homilia o padre salientou a necessidade da oração de todos os fiéis e amigos para o fortalecimento de sua vocação, e como vem trabalhando para que essa vocação distribua frutos abundantes. Reforçou a presença da família em toda a sua caminhada até aqui, e em todos os momentos de sua vida. Relembrou momentos de seus trabalhos desde sua ordenação até o presente momento aqui na paróquia Sant’ Ana onde já está a quase 4 anos.

Dom Giovanni ao ser convidado à falar, falou que a família é o berço das vocações, e que precisamos cada vez mais de famílias santas, para que tenhamos vocações santas. Relembrou com carinho o tempo em que padre Ari trabalhou à frente da Pastoral Diocesana, e como levou a sério a missão a que foi confiado. Disse que o padre foi como um irmão menor (de idade, não de tamanho. Brincou D. Giovanni) e pediu para que rezássemos pelas vocações sacerdotais. Ao final da celebração o casal Albano e Lurdes (vice coordenadores do COPAE) presentearam Padre Ari com uma placa de agradecimento, e o casal coordenador, Alceu e Leni homenagearam seus pais Aurélio e Noêmia com flores. Após a celebração todos se reuniram no salão social para um jantar de confraternização.

Padre Ari Marcos nasceu no dia 15/12/1967 e foi ordenado Sacerdote no dia 14/12/1991.



Ser Sacerdote é estar revestido de igual poder, tal qual Jesus!
É ter a mesma missão divina de Sal da terra e do mundo luz!
Ser Sacerdote é ouvir um dia nas horas calmas de reflexão
Uma celeste e doce harmonia que diz baixinho no coração:

SEGUE-ME, FILHO !!!!







Foto e Artigo: Pascom Paroquial

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O Papa celebra o bicentenário da independência dos países latino-americanos

No dia 12 de dezembro em São Pedro na festa de Nossa Senhora de Guadalupe

CIDADE DO VATICANO, terça-feira 6 de dezembro, 2011 (ZENIT.org) - O anúncio do Papa Bento XVI relativo à Celebração Eucarística da festividade de Nossa Senhora de Guadalupe, na próxima segunda-feira, 12 de dezembro, na Basílica de São Pedro, foi recebido com muita alegria por toda a imprensa latino-americana.
A missa será celebrada com motivo do Bicentenário da Independência dos países da América Latina e permite que a Santa Sé participe das diversas comemorações e celebrações que estão ocorrendo em quase todos os países da América do Sul.

Disse uma nota da Pontifícia Comissão para a América Latina que, paralelamente, anunciou os nomes dos bispos latino-americanos que já confirmaram a sua presença na Santa Missa do dia 12 de dezembro no Vaticano.
Entre os bispos participantes incluem: os Cardeais Nicolas de Jesús López Rodríguez (Santo Domingo), Norberto Rivera Carrera (México), Jaime Ortega y Alamino (La Habana), Oscar Rodriguez Maradiaga (Tegucigalpa), Juan Luis Cipriani Thorne (Lima), Raymundo Damasceno Assis (Aparecida, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e Francisco Javier Errazuriz (emérito de Santiago do Chile), os arcebispos Nicolas Cotugno (Montevidéu), Pastor Cuquejo (Assunção), Victor Sanchez Espinosa (Puebla de los Angeles) e Andres Stanovnik (Corrientes, Argentina), o bispo Dom José Luis Lacunza (David, Presidente da Conferência Episcopal do Panamá).

A esses nomes listados acima devem ser acrescentados outros nos próximos dias. A Conferência Episcopal Espanhola nomeou o arcebispo de Sevilha e Segovia para participarem do evento.
Espera-se também a presença de vários ministros de governo, personalidades públicas e acadêmicas de vários países latino-americanos, junto com todo o Corpo Diplomático dos mesmos países acreditados junto à Santa Sé, além de algumas representações diplomáticas da Espanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá e outras nações.

Um convite especial foi enviado para os latino-americanos que, em várias modalidades, prestam serviços nos vários dicastérios e organismos da Santa Sé, aos religiosos e às religiosas latino-americanas que vivem nas Casas Gerais de Roma ou estudam junto às Universidades pontifícias, e aos sacerdotes e seminaristas latino-americanos acolhidos pelos numerosos colégios pontifícios romanos a fim de realizarem seus estudos na Urbe.
A Pontifícia Comissão para América Latina, com uma carta assinada pelo Secretário, Guzman Carriquiry, reproduzida em centenas de cópias, dirigiu-se aos empregadores dos latino-americanos residentes em Roma pedindo, como gesto de benevolência e solidariedade, que lhes permitam estar ausentes do local de trabalho durante a celebração eucarística em São Pedro.
Padre Antonio Guidolin, capelão do Vicariato de Roma para a comunidades latino-americanas de imigrados, assumiu a tarefa de distribuir o máximo possível o comunicado.

A Celebração Eucarística do próximo 12 de de dezembro "terá, obviamente, toda a dignidade e beleza que o Santo Padre indica como próprias da liturgia eclesial, sob os cuidados competentes do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e, ao mesmo tempo, fortes ressonâncias latino-americanas", informa o comunicado da Pontifícia Comissão.
Presidida pelo Santo Padre, a missa será concelebrada pelo Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado Vaticano, pelo cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, pelo cardeal Norberto Rivera (para o mundo hispano-americano ) e pelo Cardeal Raymundo Damasceno (para o mundo lusoamericano).

Dois jovens de cada país latino-americano, escolhidos por suas respectivas embaixadas junto à Santa Sé, entrarão com as bandeiras nacionais da nave central da Basílica, às 17 horas e, depois de prestar homenagem à imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, colocada aos pés do altar, pararão ao lado e atrás do altar da cátedra por toda a duração da celebração.

O Cardeal Marc Ouellet, como Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, dirigirá ao Santo Padre algumas palavras de saudação, homenagem e agradecimento ao início da celebração, prevista para as 17.30.
As orações e os cantos da Santa Missa serão em Espanhol e Português. Um coro convidado para a ocasião se alternará com o Coro da Capela Sistina nos cantos previstos. O Kyrie, o Gloria, o Sanctus e o Agnus Dei serão aqueles da Missa Criolla de Ariel Ramirez.

A Rádio Vaticano vai transmitir a cerimônia ao vivo em seis línguas, e o Centro Televisivo Vaticano já está em contato com várias redes de televisão que transmitirão diretamente a Santa Missa a vários países latino-americanos.
Os ingressos para participar da celebração litúrgica, segundo é praxis ordinária, devem ser solicitados gratuitamente à Prefeitura da Casa Pontifícia, e poderão ser retirados pela manhã do sábado, 10 de dezembro, até a manhã da segunda-feira, 12 de dezembro.





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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

06/12/2011 - 10:31 - JMJ 2013 lança aplicativo

A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 comunicou que já está disponível o aplicativo 'Siga a Cruz', uma ferramenta oficial da JMJ que irá possibilitar, pelo celular ou tablet, acompanhar passo a passo o trajeto dos símbolos da JMJ , cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora, pelo Brasil.
A ferramenta é gratuita é já está disponível para download. Desenvolvido pelo departamento de Tecnologia da Informação da comunidade católica Canção Nova, a pedido do Instituto JMJ Rio2013, o aplicativo pode ser adquirido, inicialmente, pelos usuários de dispositivos iPhone, iPad e iPod. Em breve, será lançada também a versão para Tablets e smartphones com a plataforma Android. A ferramenta tem como objetivo exibir de forma dinâmica, por meio de um mapa com recurso de geolocalização, o trajeto percorrido pela Cruz da JMJ Rio2013.
Os usuários também poderão interagir com seus amigos via Twitter e Facebook, traçar rotas detalhadas para o local onde se encontra a Cruz e acessar galerias exclusivas de fotos. 'A ferramenta, que é gratuita, mostra em tempo real a localização da Cruz', ressalta João Paulo Ferraz Kruschewsky, gerente de TI/Mobile da Canção Nova. O Brasil já vive o clima da Jornada, com a peregrinação da Cruz dos jovens e do Ícone de Nossa Senhora, que desde o dia 18 de setembro estão no país. Os símbolos percorrerão todas as dioceses brasileiras e os países do Cone Sul em preparação para a JMJ Rio2013.
Como funciona
Com o aplicativo, o usuário irá visualizar, inicialmente, a posição atual dele dentro do mapa, por meio de um círculo azul, sendo atualizado automaticamente caso ele esteja em movimento. Através dos círculos de cores vermelho, verde e amarelo, serão apontados os locais onde a cruz esteve, onde ela está naquele momento e por onde ainda irá passar. Os círculos verdes irão mostrar no mapa todos os locais que já foram visitados pela cruz, além de apresentar algumas informações como nome do local, endereço, data da visita (chegada e partida). O recurso irá permitir o compartilhamento, através das redes sociais (Facebook e Twitter), e dará a opção 'Como chegar aqui', que traça a rota partindo do seu local de origem até chegar ao ponto marcado com a cruz. O círculo vermelho apontará o local atual onde a cruz se encontra, com informações da região e opções de como chegar lá. Já o círculo amarelo indicará todos os locais cadastrados que serão visitados pela cruz. Assim como nas outras opções, o usuário também poderá visualizar as informações da região que receberá os símbolos.
Inserida por: Dominique
Fonte: CNBB- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Quem ensinou Jesus a rezar?

Mensagem de Bento XVI durante a Audiência de quarta-feira



CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 01 de dezembro de 2011(ZENIT.org) - Apresentamos a mensagem do papa durante a Audiência de quarta-feira.


***


Queridos irmãos e irmãs,


Depois de ter tratado alguns exemplos de oração no Antigo Testamento, convido-vos hoje a olhar para a oração de Jesus. Esta atravessa todos os momentos da sua vida, guiando-o até ao dom total de Si mesmo, segundo os desígnios de Deus Pai. Jesus é o nosso mestre de oração. Mas, quem O ensinou a rezar? O seu coração de homem aprendeu a rezar com a sua Mãe e a tradição judaica. Mas a sua oração brota duma fonte secreta, porque Ele é o Filho eterno de Deus, que, na sua santa humanidade, dirige a seu Pai a oração filial perfeita. Assim, olhando para a oração de Jesus, devemos nos perguntar: Como é a nossa oração? Quanto tempo dedicamos à nossa relação com Deus? Hoje, num mundo frequentemente fechado ao horizonte divino, os cristãos estão chamados a ser testemunhas de oração. E é através da nossa oração fiel e constante, na amizade profunda com Jesus, vivendo n'Ele e com Ele a relação filial com o Pai, que poderemos abrir, no mundo, as janelas para o Céu.


* * *

Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os brasileiros vindos de Lorena e de Curitiba, a quem desejo uma prática de oração constante e cheia de confiança para poderdes comunicar a todos quantos vivem ao vosso redor a alegria do encontro com o Senhor, luz para as nossas vidas! E que Ele vos abençoe a vós e às vossas famílias!



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Estudantes estrangeiros: protagonistas da transmissão da fé

Aberto em Roma o III Congresso Mundial da Pastoral dos Estudantes Internacionais



ROMA, quinta-feira, 1º de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Foi aberto na tarde de ontem o III Congresso Mundial da Pastoral dos Estudantes Internacionais, que irá até sábado, 3 de dezembro.
O evento é organizado pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes e foi apresentado pelo presidente do dicastério, Dom Antonio Maria Vegliò, que deu as boas-vindas aos participantes.

"A presença de vocês é um testemunho da solicitude pastoral da Igreja por esta especial categoria formada pelos estudantes internacionais, dentro do impressionante fenômeno da migração", disse o prelado, que começou o discurso resumindo a história do congresso e da pastoral dos estudantes internacionais, dos anos 50 até hoje.
O objetivo do III Congresso é "identificar as características da mobilidade internacional dos estudantes no contexto do encontro das culturas".

“Como dizia o beato João Paulo II”, prosseguiu o bispo, “é uma tarefa difícil para a Igreja de hoje entender a grande diversidade de culturas, costumes, tradições e civilizações”.

Dom Vegliò recordou ainda que, acompanhando o papa antecessor, Bento XVI expressou em 2005, em seu primeiro encontro com os universitários dos ateneus romanos, um "desejo forte de aprofundarmos a reflexão sobre o novo humanismo, tendo em vista os grandes desafios da época contemporânea e procurando combinar a fé e a cultura".
"O papa deseja um cuidadoso entendimento cultural e espiritual deste momento histórico", destacou Vegliò.
Na exortação pós-sinodal Africae munus, o papa "insiste mais uma vez no papel essencial das universidades e das instituições acadêmicas católicas dentro do contexto do fenômeno migratório e da grande mistura de povos, culturas e religiões".

O prelado enfatizou depois a presença "transformadora e evangelizadora" dos estudantes internacionais. Impulsionada pela globalização e pelas precárias situações políticas e educacionais na pátria de origem, ou facilitada por programas de intercâmbio universitário e incentivos financeiros, "a mobilidade dos estudantes internacionais está ganhando grande importância sócio-política e econômica no mundo atual, tornando-se uma realidade de grande interesse tanto para os países dos quais se parte quanto para os países de destino, e tanto para a Igreja quanto para a humanidade toda".

De acordo com algumas estimativas, o número de estudantes internacionais gira em torno de 3 milhões, com tendência crescente: em 2025 eles poderão chegar a 7 milhões.
Se por um lado a modernização oferece uma aproximação mais fácil do patrimônio cultural e espiritual da humanidade, por outro o estudante estrangeiro traz consigo uma bagagem de “conhecimentos e valores, mentalidade e comportamentos, formada na sua fé e cultura”.

"Temos que valorizar, à luz da fé católica e da razão, da verdade e da caridade, os elementos positivos que existem no modo deles de professar a fé, de pensar, interagir, expressar-se, de desenvolver-se para o bem da sociedade humana e da Igreja", continuou Vegliò.
Desta forma, "o aluno internacional pode se tornar um artífice e um protagonista da transmissão da fé em Jesus e dos valores humanos e culturais".

Para a Igreja, o fluxo dos estudantes estrangeiros é "um dom especial, porque eles são atores e destinatários da sua missão".

Eles contribuem “para a evangelização e para a nova evangelização, para a criação de um novo humanismo de fraternidade e solidariedade, de respeito e de unidade na diversidade”.

Ao mesmo tempo, eles desafiam a Igreja "a medir a sua capacidade pastoral de satisfazer as necessidades espirituais, culturais e materiais que eles têm, diante dos conflitos de interesses e valores encontrados na cultura que os acolhe".
Vegliò reiterou que "hoje a Igreja é chamada a ajudar mais do que nunca para descobrir o papel estratégico dos estudantes internacionais não só no futuro das suas nações, mas no bem de toda a comunidade internacional e da Igreja".
Confiando os participantes ao apoio materno de Maria, Mãe de Deus e Mãe da humanidade, o presidente do Pontifício Conselho concluiu seu discurso agradecendo a todos "pelo serviço que prestam à Igreja e à sociedade humana".

A apresentação do programa do congresso foi feita pelo secretário do dicastério, Dom Joseph Kalathiparambil, que compartilhou uma lembrança pessoal. O congresso, disse ele, "me traz de volta aos anos belíssimos em que eu era um estudante estrangeiro nesta Cidade Eterna, uma experiência estimulante e enriquecedora".
Neste congresso, prosseguiu o prelado indiano, "o nosso Conselho quer se concentrar em como desenvolver uma metodologia bem estudada de abordagem a esse fenômeno crescente e emocionante, assim como um programa de redes continentais e internacionais coordenadas para o futuro deste campo crucial de atividade pastoral da Igreja".



Kalathiparambil recordou também a participação, entre outros, do Cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica; de Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura; de Dom Savio Hon Tai-Fai, secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, e de Dom Vincent Nichols, arcebispo de Westminster.

O evento principal do congresso será a audiência com Bento XVI, prevista para amanhã, 2 de dezembro: "uma oportunidade única e solene para todos", disse Kalathiparambil.



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