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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Por que os jovens abandonam a Igreja?

Um livro tenta entender as razões

Pe. John Flynn, LC

ROMA, segunda-feira, 28 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - É sabido que muitos jovens deixam de ser frequentadores ativos da Igreja.

O livro You Lost Me: Why Young Christians are Leaving the Church... and Rethinking Faith [“Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja... e repensando a fé”], da Baker Books, analisa uma vasta pesquisa estatística do Grupo Barna para descobrir quais são as razões que levam os jovens para longe da Igreja.
Os autores David Kinnaman e Aly Hawkins analisaram uma enorme gama de estatísticas e apontaram três realidades particularmente importantes sobre a situação dos jovens.

1. As igrejas têm um envolvimento ativo com os adolescentes, mas depois da crisma, muitos deles param de ir à igreja. Poucos se tornam adulto seguidores de Cristo.
2. As razões pelas quais as pessoas abandonam a Igreja são diversificadas: é importante não generalizar sobre as novas gerações.
3. As igrejas têm dificuldade para formar a próxima geração a seguir a Cristo por causa de uma cultura em constante mudança.
Kinnaman explicou que não se trata de uma diferença de gerações. Não é verdade que os adolescentes de hoje sejam menos ativos na Igreja do que os de épocas anteriores. Aliás, quatro em cada cinco adolescentes na América do Norte, por exemplo, ainda passam parte da infância ou da adolescência numa congregação cristã ou numa paróquia. O que acontece é que a formação que eles recebem não é profunda o suficiente, e desaparece quando os jovens chegam à casa dos 20 anos de idade.

Para católicos e protestantes, a faixa etária dos vinte é a de menos compromisso cristão, independentemente da experiência religiosa vivida.
O principal problema é o da relação com a Igreja. Não necessariamente os jovens perdem a fé em Cristo; o que eles abandonam é a participação institucional.
Um fator importante que influencia a juventude é o contexto cultural em que ela vive. Nenhuma outra geração de cristãos, disse Kinnaman, sofreu transformações culturais tão profundas e rápidas.

Nas últimas décadas houve grandes mudanças na mídia, na tecnologia, na sexualidade e na economia. Isto levou a um grau muito maior de transitoriedade, complexidade e incerteza na sociedade.
Kinnaman usa ​​três conceitos para descrever a evolução dessas mudanças: acesso, alienação e autoridade.
Em relação ao acesso, ele salienta que o surgimento do mundo digital revolucionou a forma como os jovens se comunicam entre si e obtêm informações, o que gerou mudanças significativas na forma de se relacionarem, trabalharem e pensarem.
Há nisso um lado positivo, porque a internet e as ferramentas digitais abriram imensas oportunidades para difundir a mensagem cristã. No entanto, também há mais acesso a outros pontos de vista e outros valores culturais, mas com redução da capacidade de avaliação crítica.
Sobre a alienação, Kinnaman observa que muitos adolescentes e jovens adultos sofrem de isolamento em suas próprias famílias, comunidades e instituições. O elevado índice de separações, divórcios e nascimentos fora do casamento significa que um número crescente de pessoas crescem em contextos não-tradicionais, ou seja, onde a estrutura familiar é carente.
De acordo com Kinnaman, muitas igrejas não têm soluções pastorais para ajudar efetivamente aqueles que não seguem a rota tradicional rumo à vida adulta.

Além disso, muitos jovens adultos são céticos quanto às instituições que moldaram a sociedade no passado. Este ceticismo se transforma em desconfiança na autoridade.
A tendência ao pluralismo e à polêmica entre idéias conflitantes tem precedência sobre a aceitação das Escrituras e das normas morais.
Kinnaman observa que a tensão entre fé e cultura e um intenso debate também podem ter um resultado positivo, mas requerem novas abordagens pelas igrejas.
Ao analisar as causas do afastamento dos jovens das igrejas, Kinnaman admite que esperava encontrar uma ou duas razões principais, mas descobriu uma grande variedade de frustrações que levam as pessoas a esse abandono.
Alguns vêem a igreja como um obstáculo à criatividade e à auto-expressão. Outros se cansam de ensinamentos superficiais e da repetição de lugares-comuns.

Os mais intelectuais percebem uma incompatibilidade entre fé e ciência.
Por último, mas não menos importante, tem-se a percepção de que a Igreja impõe regras repressivas quanto à moralidade sexual. Além disso, as tendências atuais a enfatizar a tolerância e a aceitação de outras opiniões e valores colidem com a afirmação do cristianismo de possuir verdades universais.
Outros jovens cristãos dizem que sua igreja não permite que eles expressem dúvidas, e que as eventuais respostas a essas dúvidas não são convincentes.
Kinnaman também descobriu que, em muitos casos, as igrejas não conseguem educar os jovens em profundidade suficiente. Uma fé superficial deixa adolescentes e jovens adultos com uma lista de crenças vagas e uma desconexão entre a fé e a vida diária. Como resultado, muitos jovens consideram o cristianismo chato e irrelevante.

No final do livro, Kinnaman fornece recomendações para conter a perda de tantos jovens. É necessária, segundo ele, uma mudança na maneira como as gerações mais velhas encaram as gerações mais jovens.
Kinnaman pede ainda a redescoberta do conceito teológico de vocação, para se promover nos jovens uma consideração mais profunda sobre o que Deus quer deles.
Finalmente, o autor destaca a necessidade de enfatizar mais a sabedoria do que a informação. "A sabedoria significa a capacidade de se relacionar bem com Deus, com os outros e com a cultura".


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HOMILIA 1º DOMINGO DO ADVENTO 26 e 27/11/2011




Evangelho - Mc 13,33-37

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos
33Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
Cuidado! Ficai atentos,porque não sabeis quando chegará o momento.
34 É como um homem que, ao partir para o estrangeiro,
deixou sua casa sob a responsabilidade de seus
empregados, distribuindo a cada um sua tarefa.E mandou o porteiro ficar vigiando.
35 Vigiai, portanto, porque não sabeisquando o dono da casa vem:
à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer.
36 Para que não suceda que, vindo de repente,
ele vos encontre dormindo.
37 O que vos digo, digo a todos: Vigiai!'


Palavra da Salvação.


REFLEXÃO

Irmãos e irmãs, entramos em um novo ano Litúrgico, onde tudo gira em torno de Jesus. O novo ano começa com o tempo que nos prepara para celebrar sua encarnação: O ADVENTO. O termo tem sua origem no Latim e significa “o que há de vir”. A cor litúrgica é a mesma da quaresma: o roxo, porém o sentido não é apenas conversão, mas atenção, vigilância, cuidado. O Salvador já veio, viveu entre nós, assumiu nossa natureza, nos ensinou qual o caminho para fazermos sua vontade. Esse tempo, o advento, é para nos alertar que não podemos esquecer sua primeira vinda e seus ensinamentos e devemos ficar preparados para o novo encontro com Ele, quando na realidade, nós é que iremos ao seu encontro.
É nesse sentido que o Evangelho deste primeiro domingo do Advento usa insistentemente os termos “ficai atentos”, “vigiai”, “não fiquem dormindo”, pois não sabeis a hora deste encontro com o Senhor.Somos então convidados a uma constante vigilância: não podemos dormir no ponto, sendo pessoas transtornadas pelo torpor das coisas perecíveis, totalmente absorvidas pelas preocupações ou satisfações desta vida.Para mantermos este estado de vigília, é necessário determinação, perseverança, porque nossa tendência é viver de olhos cravados nas coisas da terra, esquecendo a transcendência que há em nós. Não somos apenas matéria, mas espírito, alma.

Na realidade, toda nossa existência deveria ser uma constante preparação para ver o Senhor, que cada vez está mais perto. É essencial,que nunca esqueçamos isto: o Senhor virá, e o caminho da criação e a corrida da nossa vida neste mundo são uma peregrinação ao seu Encontro. Nada nem ninguém têm neste tempo, nesta existência, morada permanente: caminhamos para o Senhor. O sentido de nossa existência é, conforme disse Santo Agostinho: “descansarmos no Senhor, voltarmos à nossa origem”.
O Evangelho diz que o Senhor chegará a qualquer momento. Na realidade não se trata apenas do “final dos tempos”, mas devemos ter esta consciência desde agora, pois constantemente Ele vem ao nosso encontro nas pessoas, nos acontecimentos, nas oportunidades da vida, e devemos estar sempre atentos para não perdermos as ocasiões, inclusive de servi-Lo nos irmãos “mais pequeninos”, conforme Ele nos alertou no Evangelho de domingo passado. Devemos, portanto caminhar ao encontro do Senhor que vem nas pessoas e acontecimentos, de modo que não nos desencontremos d’Ele no “final do caminho”.

Estamos iniciando a preparação para o Natal, a VINDA DO SENHOR. Preparemo-nos igualmente, estando atentos e vigilantes porque Ele vem nos irmãos e virá no final, para ver se aprendemos e praticamos seus ensinamentos e exemplos.
O Evangelho deixa bem claro: “Não sabeis a hora”. Não fiquemos, portanto adiando as mudanças que temos consciência que devemos fazer, as atitudes que devemos tomar, o perdão e o amor que devemos praticar, etc.
Procuremos afastar os motivos que impedem a acolhida do Senhor: busca exagerada por satisfazer os prazeres da vida, ficando alienados… No domingo, dormimos… passeamos … praticamos esportes … mas não sobra tempo para Missa. O trabalho excessivo, esquecendo o restante: Deus, a família, os amigos, a própria saúde…

Como desejo me preparar para o Natal desse ano, em vista do Natal definitivo? Apenas programando festas, presentes, enfeites, músicas?
Estamos apenas iniciando um caminho...


Pe. Ari Marcos Bona