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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Jornada Mundial da Juventude Rio 2013


Uma experiência de Pentecostes
Encerramento do II Encontro preparatório para a JMJ Rio 2013
RIO DE JANEIRO, quinta-feira, 29 de novembro de 2012(ZENIT.org)-Os representantes dos diversos países que participarão da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 foram recebidos com muita animação por jovens da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na Solene Adoração Eucarística pela JMJ Rio2013.
A celebração, que marcou o encerramento do II Encontro Preparatório para a Jornada, contou com a presença do presidente do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), Cardeal Stanislaw Rylko, do arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, que presidiu a cerimônia e bispos e padres de vários países.
O momento foi composto por cantos litúrgicos e hinos das JMJs anteriores, orações, testemunho e Adoração ao Santíssimo Sacramento. Na homilia, Dom Orani motivou os delegados a levarem a experiência com Cristo para seus países como discípulos missionários. “Que vocês façam deste momento de peregrinação uma incentivo para divulgar para o mundo que o jovem tem esperança, anuncia o mundo novo e testemunha que Cristo está ressuscitado no meio de nós. E nós nos tornaremos missionários porque depois desta experiência fomos, como os apóstolos, enraizados em Cristo no terceiro milênio quando o mundo tanto necessita viver na paz e na justiça”, frisou.
Para o dirigente espiritual do grupo de jovens da paróquia, padre Jorge Luiz Neves, mais conhecido como padre Jorjão, a celebração foi uma mostra daquilo será visto no ano que vem: uma experiência de Pentecostes. “Foi uma experiência de viver aqui na nossa casa o que já vivi em vários países do mundo com os jovens: experimentar a catolicidade da Igreja, essa presença universal, com todas as línguas, povos e nações numa mesma fé”, afirmou.
O bispo irlandês Donal McKeown, que esteve presente no II Encontro Preparatório, destacou que a cerimônia foi uma “explosão” de alegria. “Tivemos três dias tratando importantes questões, e agora foi um momento de muita energia, de sentir a presença de Deus. Foi uma bênção para todos nós estarmos aqui nesta noite. Isso é só o início! Esperamos ansiosos pela JMJ Rio2013” ressaltou.
Para o jovem Carlos Lins, que participou das Jornadas de Toronto, de Colônia, de Sydney e de Madrid, é emocionante ver que o tempo passa e os jovens continuam com o mesmo entusiasmo. “Eu vi várias gerações se misturando e, principalmente, pessoas que, de repente, não tiveram a experiência que eu tive em outros países, mas dentro deles já começa a brotar o sentimento de Jornada. A gente vai receber aqui peregrinos de outros países e a expectativa deles é que tenham essa acolhida de carinho, tão característica do carioca”, destacou.
A jovem Beatriz Bastos conta que à medida que aproxima mais a JMJ, mais ela fica ansiosa e esperançosa pelos momentos que viverá na Jornada. “Espero que seja pura alegria. Tudo vai dar certo! A gente está aqui recebendo de braços abertos todo o mundo e esperamos cada um de vocês”, afirmou.

FONTE: Zenit - O Mundo Visto de Roma

O Ano da Fé. Como falar de Deus?


"Deus é uma realidade da nossa vida"
Catequese de Bento XVI : O Ano da fé. Como falar de Deus?
Queridos irmãos e irmãs,
A pergunta central que hoje nos fazemos é a seguinte: como falar de Deus no nosso tempo? Como comunicar o Evangelho, para abrir estradas para  sua verdade salvífica nos corações muitas vezes fechados dos nossos contemporâneos e nas mentes tantas vezes distraídas por tantos estímulos da sociedade? Jesus mesmo, dizem-nos os Evangelistas, ao anunciar o Reino de Deus se perguntou: “A que podemos comparar o reino de Deus e com que parábola podemos descrevê-lo?” (Mc 4,30). Como falar de Deus hoje? A primeira resposta é que nós podemos falar de Deus, porque Ele falou conosco. A primeira condição para falar de Deus é então a escuta do que Deus mesmo disse. Deus falou conosco! Deus não é uma hipótese distante sobre a origem do mundo; não é uma inteligência matemática muito distante de nós. Deus se interessa por nós, nos ama, entrou pessoalmente na realidade da nossa história, se auto-comunicou até encarnar-se. Então, Deus é uma realidade da nossa vida, é tão grande que tem também tempo para nós, ocupa-se de nós. Em Jesus de Nazaré nós encontramos a face de Deus, que desceu do seu Céu para imergir-se no mundo dos homens, no nosso mundo, e ensinar a “arte de viver”, o caminho da felicidade; para libertar-nos do pecado e tornar-nos filhos de Deus (cfr Ef 1,5; Rm 8,14). Jesus veio para salvar-nos e mostrar-nos a vida boa do Evangelho. 
Falar de Deus quer dizer antes de tudo ter bem claro o que devemos levar aos homens e às mulheres do nosso tempo: não um Deus abstrato, uma hipótese, mas um Deus concreto, um Deus que existe, que entrou na história e está presente na história; o Deus de Jesus Cristo como resposta à pergunta fundamental do porquê e do como viver. Por isto, falar de Deus requer uma familiaridade com Jesus e o seu Evangelho, pressupõe uma nossa pessoal e real consciência de Deus e uma forte paixão pelo seu projeto de salvação, sem ceder à tentação do sucesso, mas seguindo o método do próprio Deus. O método de Deus é aquele da humildade – Deus se faz um de nós – é o método realizado na Encarnação na casa simples de Nazaré e na gruta de Belém, aquele da parábola do grão de mostarda. Não devemos temer a humildade dos pequenos passos e confiar no fermento que penetra na massa e lentamente a faz crescer (cfr Mt 13,33). No falar de Deus, na obra de evangelização, guiados pelo Espírito Santo, é necessária uma recuperação da simplicidade, um retornar ao essencial do anúncio: a Boa Notícia de um Deus que é real e concreto, um Deus que se interessa por nós, um Deus-Amor que se faz próximo de nós em Jesus Cristo até a Cruz e que na Ressurreição nos doa a esperança e nos abre a uma vida que não tem fim, a vida eterna, a verdadeira vida. Aquele excepcional comunicador que foi o apóstolo Paulo nos oferece uma lição que vai exatamente ao centro da fé do problema “como falar de Deus” com grande simplicidade. Na Primeira Carta aos Coríntios escreve: “Quando cheguei no meio de vós, não me apresentei para anunciar o mistério de Deus com excelência da palavra ou de sabedoria. Decidi, na verdade, não dever saber coisa alguma no meio de vós senão Jesus Cristo, e Cristo crucificado” (2,1-2). Então, a primeira realidade é que Paulo não fala de uma filosofia que ele desenvolveu, não fala de idéias que encontrou em qualquer lugar ou inventou, mas fala de uma realidade da sua vida, fala do Deus que entrou na sua vida, fala de um Deus real que vive, falou com ele e falará conosco, fala de Cristo crucificado e ressuscitado. A segunda realidade é que Paulo não busca a si mesmo, não quer criar um time de admiradores, não quer entrar na história como chefe de uma escola de grandes conhecimentos, não busca a si mesmo, mas São Paulo anuncia Cristo e quer ganhar as pessoas para o Deus verdadeiro e real. Paulo fala somente com o desejo de querer pregar aquilo que entrou na sua vida e que é a verdadeira vida, que o conquistou no caminho para Damasco. Então, falar de Deus quer dizer dar espaço Àquele que se faz conhecer, que nos revela a sua face de amor; quer dizer expropriar o próprio eu oferecendo-o a Cristo, consciente de que não somos nós a poder ganhar os outros para Deus, mas devemos conhecê-los pelo próprio Deus, invocá-los por Ele. O falar de Deus nasce da escuta, do nosso conhecimento de Deus que se realiza na familiaridade com Ele, na vida da oração e segundo os Mandamentos. 
Comunicar a fé, para São Paulo, não significa levar a si mesmo, mas dizer abertamente e publicamente aquilo que viu e sentiu no encontro com Cristo, quanto experimentou na sua existência já transformada por aquele encontro: é levar aquele Jesus que sente presente em si mesmo e tornou-se o verdadeiro sentido de sua vida, para fazer entender a todos que Ele é necessário para o mundo e é decisivo para a liberdade de cada homem. O Apóstolo não se contenta em proclamar por palavras, mas envolve toda a própria existência na grande obra da fé. Para falar de Deus, é necessário dar-lhe espaço, confiantes de que é Ele que age na nossa fraqueza: dar-lhe espaço sem medo, com simplicidade e alegria, na convicção profunda de que quanto mais colocamos no centro Ele e não nós, mais a nossa comunicação será frutífera. E isto vale também para as comunidades cristãs: esses são chamados a mostrar a ação transformadora da graça de Deus, superando individualismos, fechamento, egoísmos, indiferença e vivendo na relação cotidiana o amor de Deus. Perguntemo-nos se são realmente assim as nossas comunidades. Devemos colocar-nos em ação para tornar-nos sempre e realmente assim, anunciadores de Cristo e não de nós mesmos. 
Nesta altura, devemos perguntar-nos como comunicava o próprio Jesus. Jesus na sua unicidade fala de seu Pai – Abbá – e do Reino de Deus, com o olhar cheio de compaixão pelos inconvenientes e dificuldades da existência humana. Fala com grande realismo e, direi, o essencial do anúncio de Jesus é que torna transparente o mundo e a nossa vida vale para Deus. Jesus mostra que no mundo e na criação resplandece a face de Deus e nos mostra como nas histórias cotidianas da nossa vida Deus está presente. Seja nas parábolas da natureza, o grão de mostarda, o campo com diversas sementes, ou na nossa vida, pensemos na parábola do filho pródigo, de Lázaro e em outras parábolas de Jesus. A partir dos Evangelhos vemos como Jesus se interessa por cada situação humana que encontra, se emerge na realidade dos homens e das mulheres do seu tempo, com plena confiança  na ajuda do Pai. E que realmente nesta história, secretamente, Deus está presente e se estamos atentos podemos encontrá-Lo. E os discípulos, que vivem com Jesus, as multidões que O encontram, veem a sua reação aos problemas mais absurdos, veem como fala, como se comporta; veem Nele a ação do Espírito Santo, a ação de Deus. Nele anúncio e vida se entrelaçam: Jesus age e ensina, partindo sempre de um relacionamento íntimo com Deus Pai. Este estilo se torna uma indicação essencial para nós cristãos: o nosso modo de viver na fé e na caridade torna-se um falar de Deus hoje, porque mostra com uma existência vivida em Cristo a credibilidade, o realismo  daquilo que dizemos com as palavras, que não são somente palavras, mas mostram a realidade, a verdadeira realidade. E nisso devemos estar atentos para colher os sinais dos tempos na nossa época, isto é, identificar os potenciais, os desejos, os obstáculos que se encontram na cultura atual, em particular o desejo de autenticidade, o anseio de transcendência, a sensibilidade para a salvaguarda da criação, e comunicar sem temor a resposta que oferece a fé em Deus. O Ano da Fé é ocasião para descobrir, com a fantasia animada pelo Espírito Santo, novos caminhos a nível pessoal e comunitário, a fim de que em cada lugar a força do Evangelho seja sabedoria de vida e orientação da existência. 
Também no nosso tempo, um lugar privilegiado para falar de Deus é a família, a primeira escola para comunicar a fé às novas gerações. O Concílio Vaticano II fala dos pais como os primeiros mensageiros de Deus (cfr Cost. dogm. Lumen gentium, 11; Decr. Apostolicam actuositatem, 11), chamados a redescobrir esta missão deles, assumindo a responsabilidade no educar, no abrir a consciência dos pequenos ao amor de Deus como um serviço fundamental para suas vidas, em ser os primeiros catequistas e mestres da fé para seus filhos. E nesta tarefa é importante antes de tudo a vigilância, que significa saber entender as ocasiões favoráveis para introduzir em família o discurso de fé e para amadurecer uma reflexão crítica a respeito dos numerosos condicionamentos aos quais são submetidos os filhos. Esta atenção dos pais é também sensibilidade em reconhecer as possíveis questões religiosas presentes nas mentes dos filhos, às vezes evidentes, às vezes escondidas. Depois, a alegria: a comunicação da fé deve sempre ter uma totalidade de alegria. É a alegria pascal, que não silencia ou esconde a realidade da dor, do sofrimento, do cansaço, da dificuldade, da incompreensão e da própria morte, mas sabe oferecer os critérios para interpretar tudo na perspectiva da esperança cristã. A vida boa do Evangelho é exatamente este olhar novo, esta capacidade de ver com os olhos de Deus cada situação. É importante ajudar todos os membros da família a compreender que a fé não é um peso, mas uma fonte de alegria profunda, é perceber a ação de Deus, reconhecer a presença do bem, que não faz barulho; e oferece orientações  preciosas para viver bem a própria existência. Enfim, a capacidade de escuta e de diálogo: a família deve ser um ambiente onde se aprende a estar junto, a conciliar os conflitos no diálogo recíproco, que é feito de escuta e de palavra, a compreender-se e a amar-se, para ser um sinal, um para o outro, do amor misericordioso de Deus. 
Falar de Deus, então, quer dizer fazer compreender com a palavra e com a vida que Deus não é o concorrente da nossa existência, mas sim a sua verdadeira garantia, a garantia da grandeza da pessoa humana. Assim, retornamos ao início: falar de Deus é comunicar, com força e simplicidade, com a palavra e com a vida, aquilo que é essencial: o Deus de Jesus Cristo, aquele Deus que nos mostrou um amor tão grande a ponto de encarnar-se, morrer e ressuscitar por nós; aquele Deus que pede para segui-Lo e deixar-se transformar pelo seu imenso amor para renovar a nossa vida e as nossas relações; aquele Deus que nos doou a Igreja, para caminhar juntos e, através da Palavra e dos Sacramentos, renovar a inteira Cidade dos homens, a fim de que possa tornar-se Cidade de Deus. 
Após a catequese o papa Bento XVI dirigiu a seguinte saudação em português:
Uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, com votos de serem por todo o lado zelosos mensageiros e testemunhas da fé que vieram afirmar e consolidar neste encontro com o Sucessor de Pedro. Que Deus vos abençoe! Obrigado!
(MEM) 

FONTE: Zenit - O Mundo Visto de Roma

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"O segredo da Jornada Mundial da Juventude é a comunhão entre os organizadores de todos os países"


Padre Eric Jacquinet,responsável pela sessão jovem do Pontifício Conselho para os leigos no II Encontro internacional preparatório para a JMJ Rio2013
BELO HORIZONTE, terça-feira, 26 de novembro de 2012(ZENIT.org) – Os mais de 200 delegados provenientes de 75 países que participam do II Encontro internacional preparatório para a JMJ Rio2013, reunidos no Rio de Janeiro até o dia 29 de novembro, abordaram assuntos práticos no primeiro dia do evento.
Durante o Encontro, na manhã de segunda-feira (26), foram esclarecidas questões sobre a geografia da cidade, o sistema de vistos e ingresso no Brasil, e também temas específicos da Jornada como as inscrições, hospedagens, acessos especiais e acolhimento dos Bispos.
À tarde foram abordados argumentos sobre a segurança da cidade, seguros, alimentação, transporte, tipos de peregrinos, local da vigília e da missa de envio.
Em entrevista para a Web TV Redentor, o responsável pela sessão jovem do Pontifício Conselho para os leigos, Padre Eric Jacquinet, disse que “o segredo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é a comunhão entre os organizadores de todos os países, por isso este momento é muito importante. O êxito da JMJ depende desta comunhão, de cada Conferência Episcopal e de cada Movimento do mundo, também é um intercâmbio de coisas muito práticas que necessitamos saber como alojamentos e vistos”.
Para Pe. Eric “o assunto principal é manter a unidade entre todos para garantir o êxito da JMJ no Rio de Janeiro”.
O primeiro dia do Encontro terminou com a celebração eucarística presidida pelo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB), Dom Edurado Pinheiro.
(MEM). 

Fonte: Zenit - O Mundo Visto de Roma

"Os jovens podem transformar o mundo com sua vida e santidade"


Pronunciamento do arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, na abertura do II Encontro Preparatório para a JMJ Rio2013
RIO DE JANEIRO, terça-feira, 26 de novembro de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos abaixo a íntegra do pronunciamento do arcebispo do Rio e presidente do Comitê Organizador Local, Dom Orani João Tempesta na Abertura do Encontro Internacional Rio de Janeiro em preparação para JMJ Rio 2012.
Cumprimentos ao Cardeal Rilko, Mons. Joseph Klemens e demais membros do PCL – agradeço pela proximidade e partilha nestes tempos de preparação para a JMJ do Rio, seja pessoalmente, seja através das cartas ou pelos modernos sistemas de videoconferência
Cumprimentos a D. Giovanni D’Aniello, núncio apostólico no Brasil, que desde a sua chegada entre nós tem demonstrado mais que o seu apoio à JMJ, tem demonstrado profundo interesse tem se empenhado nos vários trâmites que um evento como esse exige, seja com os departamentos do governo federal, seja com os embaixadores em Brasília, seja com a sua presença e visitas ao Rio de Janeiro
Cumprimentos a D. Eduardo e a Comissão Episcopal para Juventude que assumiu toda a peregrinação da cruz da juventude e do ícone de Nossa Senhora pelo Brasil e alguns países do sul da América Latina, assim como a organização da Semana Missionária (novo nome da pré-jornada), se empenha na animação da Campanha da Fraternidade sobre a juventude em 2013 e vislumbra um belo trabalho para a pós jornada no Brasil na missão junto aos jovens. A unidade conosco e o interesse pelo trabalho em comum para o bem da juventude sempre é um passo importante para quem deseja a Evangelização da nossa juventude.
Cumprimentos ao COL – bispos auxiliares, padres, religiosos, religiosas, consagrados, leigos e leigas, jovens e adultos, voluntários e funcionários, que diuturnamente dão testemunho de seu entusiasmo pela causa da JMJ e com criatividade levam adiante a organização de um evento que marcará não só suas vidas, mas a do nosso país, e principalmente de nossa Arquidiocese – louvado seja Deus por todos  vocês!
Cumprimentos a todos os irmãos Bispos das diversas nações que se deslocaram até o Rio de Janeiro para este II Encontro Internacional. Tem me impressionado o número de Bispos que nos têm procurado para informações e preparações para que seus jovens possam ser bem acolhidos e participarem bem da JMJ. É realmente uma grande alegria ver e testemunhar essa participação de todos. Sejam muito bem vindos.
Cumprimentos aos padres, religiosos, religiosas, consagrados e os queridos jovens das diversas Conferências Episcopais e dos diversos movimentos, comunidades, grupos de jovens ou consagrados que vieram para partilhar desse belo momento de preparação para a JMJ Rio 2013
Cumprimentos às autoridades e representantes dos governos municipal, estadual e federal do Brasil que estão ou estarão presentes durante este evento. O apoio incondicional e entusiasmado e interessado de todos, desde quando nos candidatamos para sediar a Jornada, e agora, assumindo conosco as buscas de soluções e devidos encaminhamentos para que os jovens do mundo possam ter aqui no Brasil um momento de intensa vida em Cristo e aqui no Rio de Janeiro, que se torna o Santuário Mundial da Juventude em Julho do próximo ano, meus agradecimentos sinceros. Aos senhores e senhoras aqui presentes e transmitam aos que aqui são representados o nosso reconhecimento.
A Palavra do Papa Bento XVI em sua mensagem para a JMJ Rio 2013 são as palavras que quero dizer a todos os que hoje nos encontramos aqui neste II Encontro Internacional de Preparação da a Jornada do Rio de Janeiro: “Desejo, em primeiro lugar, renovar a vós o convite para participardes nesse importante evento. A conhecida estátua do Cristo Redentor, que se eleva sobre àquela bela cidade brasileira, será o símbolo eloquente deste convite: seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos quantos vierem até Ele, e o seu coração retrata o imenso amor que Ele tem por cada um e cada uma de vós. Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa experiência de encontro com Cristo, junto com tantos outros jovens que se reunirão no Rio para o próximo encontro mundial! Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de que o mundo precisa.”
Este sinal tão conhecido do mundo que se encontra no alto do Corcovado completou 81 anos de sua inauguração. É recoberto por pequenas pedras (pedra sabão) que tem escrito por trás de cada uma os nomes de todos os colaboradores dessa construção. Gostaria de dizer que, também  na Jornada, tenho certeza, que em Jesus Cristo Redentor, que essa imagem representa, estarão escritos também todos os nomes de vocês e de todos os jovens que virão para a JMJ Rio 2013. Todos somos chamados a ser o Corpo Místico de Cristo.
Vivemos tempos muito  importantes na história da Igreja. Ano da Fé e a conclusão do Sínodo dos Bispos para a nova Evangelização. Esta Jornada se insere dentro desses eventos mundiais da Igreja. É isso que nos diz o Papa Bento XVI em sua mensagem: “Convido a vos preparardes para a Jornada Mundial do Rio de Janeiro, meditando desde já sobre o tema do encontro: «Ide e fazei discípulos entre as nações» (cf. Mt 28,19). Trata-se da grande exortação missionária que Cristo deixou para toda a Igreja e que permanece atual ainda hoje, dois mil anos depois. Agora este mandato deve ressoar fortemente em vosso coração. O ano de preparação para o encontro do Rio coincide com o Ano da fé, no início do qual o Sínodo dos Bispos dedicou os seus trabalhos à «nova evangelização para a transmissão da fé cristã». Por isso me alegro que também vós, queridos jovens, sejais envolvidos neste impulso missionário de toda a Igreja: fazer conhecer Cristo é o dom mais precioso que podeis fazer aos outros.”
É uma alegria ver a juventude tomar seu lugar na sociedade e na Igreja na missão evangelizadora. Ontem, na abertura deste II Encontro Internacional recebemos a bela notícia que os pais de Chiara Luce, uma das intercessoras deste Jornada estarão presentes com o seu testemunho. Ontem também celebramos o aniversário (73 anos) de retorno ao Pai de uma criança carioca que está em processo de beatificação – Odetinha. Os jovens podem transformar o mundo com sua vida e santidade. É esse o caminho que o Papa nos aponta em sua carta para a esta jornada:  “A história mostra-nos muitos jovens que, através do dom generoso de si mesmos, contribuíram grandemente para o Reino de Deus e para o desenvolvimento deste mundo, anunciando o Evangelho. Com grande entusiasmo, levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia. Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo”.
Sempre vi em nossa missão uma continuidade daquilo que os nosso antepassados viveram e nos passaram. É como as Olimpíadas (que o Rio de Janeiro será sede em 2016): cada um passa a tocha de luz para o outro até chegar ao momento solene de acender a pira Olímpica. O Papa Bento XVI recorda essa missão da geração jovem, a geração “z” como é chamada, de acolher e passar a fé aos seus contemporâneos com a linguagem própria de hoje, pelos meios digitais, pela migração, principalmente porque encontraram com Cristo e são chamados a anuncia-lO. Porém, como naquela época, são chamados a superar as dificuldades do tempo presente e fazer melhor para o futuro: “A Igreja, para continuar esta missão de evangelização, conta também convosco. Queridos jovens, vós sois os primeiros missionários no meio dos jovens da vossa idade! No final do Concílio Ecumênico Vaticano II, cujo cinquentenário celebramos neste ano, o Servo de Deus Paulo VI entregou aos jovens e às jovens do mundo inteiro uma Mensagem que começava com estas palavras:«É a vós, rapazes e moças de todo o mundo, que o Concílio quer dirigir a sua última mensagem, pois sereis vós a recolher o facho das mãos dos vossos antepassados e a viver no mundo no momento das mais gigantescas transformações da sua história, sois vós quem, recolhendo o melhor do exemplo e do ensinamento dos vossos pais e mestres, ides constituir a sociedade de amanhã: salvar-vos-eis ou perecereis com ela».E concluía com um apelo:«Construí com entusiasmo um mundo melhor que o dos vossos antepassados!»(Mensagem aos jovens, 8 de dezembro de 1965).
A estátua do Cristo Redentor tem um único sinal que está também retratado dentro da imagem: o coração. O arquiteto quis demonstrar o grande segredo da mensagem: que o centro está no Coração de Jesus Cristo, onde o construtor da imagem colocou o seu nome e de sua família. É a consequência que queremos atingir também com a Jornada do Rio de Janeiro: estarmos todos no coração de Cristo que nos convida a ser para o mundo sinal do amor universal e a todos sermos anunciadores dessa boa notícia, sendo seu coração e seus braços abrindo nossa boca a esse anúncio e proclamação. É o que nos recorda o Papa Bento XVI em sua mensagem para a JMJ: “Em suma, queridos jovens, queria vos convidar a escutar no íntimo de vós mesmos a chamada de Jesus para anunciar o seu Evangelho. Como mostra a grande estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o seu coração está aberto para amar a todos sem distinção, e seus braços estendidos para alcançar a cada um. Sede vós o coração e os braços de Jesus. Ide testemunhar o seu amor, sede os novos missionários animados pelo seu amor e acolhimento. Segui o exemplo dos grandes missionários da Igreja, como São Francisco Xavier e muitos outros.”
Há 25 anos atrás a JMJ foi realizada pela primeira vez na América Latina. Eram, outros tempos e outras necessidades. Depois desses anos todos o mundo se transformou e também a nossa América Latina. A Jornada neste anos, depois de um jubileu de prata de ausência deste continente retorna após uma bela Conferência Geral do Episcopado Latino Americano ocorrido em Aparecida, aqui no Brasil, com a presença do Papa Bento XVI. O seu retorno ao Brasil para celebrar com a juventude do mundo o encontro com Cristo na JMJ deve ser inspirado na “missão permanente” proclamada em Aparecida como o próprio Papa se refere em sua mensagem a JMJ: “Dirigido aos jovens de toda a terra, este apelo assume uma importância particular para vós, queridos jovens da América Latina. De fato, na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, realizada em Aparecida, no ano de 2007, os bispos lançaram uma «missão continental». E os jovens, que constituem a maioria da população naquele continente, representam uma força importante e preciosa para a Igreja e para a sociedade. Por isso sede vós os primeiros missionários. Agora que a Jornada Mundial da Juventude retorna à América Latina, exorto todos os jovens do continente: transmiti aos vossos coetâneos do mundo inteiro o entusiasmo da vossa fé” 
Por isso caríssimos irmãos e irmãs que para cá vieram para esse belo compromisso com a evangelização do mundo com a juventude:  sejam bem vindos todos! Ao recebe-los neste encontro vislumbramos o que daqui 240 dias estaremos vivendo com os jovens que os senhores e as senhoras representam: o encontro dos jovens com Cristo na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro! Maria, estrela da Nova Evangelização interceda por todos nós para que façamos tudo o que Jesus deseja para que sejamos testemunhas do amor de Deus.
D. Orani João Tempesta, O. Cist.
(http://www.rio2013.com/pt)

Fonte: Zenit - O Mundo Visto de Roma

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Advento



Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba
A vida passa por transformações e se renova. Por isto, iniciamos mais um Ano Litúrgico, começando com o Ciclo do Natal, na certeza de vida renovada. O Natal é celebrado com muitas festas, contemplando o nascimento de um Rei, o Filho de Deus, cumprindo uma promessa feita pelo Senhor ao Rei Davi.

São quatro domingos chamados de “Advento”, que nos despertam, dentro de um itinerário, para a vinda de Jesus Cristo, Àquele que vem de Deus e assume as condições e realidades humanas. Seu objetivo foi de realizar a reta ordem do universo no cumprimento das Leis divinas marcadas no coração das pessoas.

No mundo dos conflitos, da violência e do caos na ordem social, caímos numa situação de temor e angústia. Nossa esperança fica fragilizada e somos incapazes para uma paz de sustentabilidade. Somente em Jesus Cristo podemos encontrar força e coragem para superar as limitações contidas em nossas fraquezas.

O Advento é tempo de preparação para o Natal. É colocar-se de prontidão para acolher Aquele que nasce transformando a história. Hoje isto acontece no coração das pessoas vigilantes e sensíveis às realidades do bem. Este deve ser o caminho do cristão, reconhecendo a presença de Deus em sua vida.

Todo clima natalino, que começa com o Advento, deve fazer aumentar o amor entre as pessoas. É uma realidade que deve acontecer no relacionamento, na convivência familiar, no trabalho, na escola, enfim, na vida real. É importante a consciência de que a fonte de tudo isto está em Deus. É por isto que Ele vem a nós e fica conosco. “O amor de Deus foi derramado em nossos corações” (I Ts 4,9).

Sabemos que a fonte do amor é Deus, mas isto não dispensa o esforço pessoal. Temos que viver o amor no meio dos conflitos e tensões a todo instante. Os afazeres da vida não podem obscurecer a ação de Deus em nossa prática de vida. É Ele quem nos dá sustentação para uma realidade de fraternidade e vida mais feliz. 

Fonte: cnbb.org.b
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Relação harmoniosa entre fé e razão


Bento XVI continua avançando no Ano da Fé
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 21 de novembro de 2012(ZENIT.org) - Na tradicional Audiência Geral, Bento XVI continuou sua catequese sobre o Ano da fé. Ele falou na manhã desta quarta-feira, na Sala Paulo VI do Vaticano, aos peregrinos e fiéis alí reunidos sobre o conhecimento de Deus através da fé que não é, portanto, só intelectual, mas vital.
Apresentamos a seguir o resumo de suas palavras:
"No irresistível desejo de verdade que tem o ser humano, a estrada justa a seguir, para a sua plena satisfação no encontro com Deus, passa por uma relação harmoniosa entre fé e razão. Esta é capaz de conhecer com certeza a existência de Deus pela via da criação, mas só a fé pode conhecer «com certeza absoluta e sem erro» as verdades que dizem respeito a Deus. Não se trata aqui de meras informações, mas de verdades que nos falam do encontro de Deus com os homens. Por isso, o conhecimento de Deus é, antes de tudo, experiência de fé; mas não sem a razão. Deus não é absurdo; embora seja sempre um mistério. O mistério não é irracional, mas superabundância de significado: se a razão vê escuro ao fixar o mistério, não é por falta de luz, mas porque há demais. A fé católica é sensata e razoável e tem confiança na razão. Nesta linha de ideias, ela não está contra a ciência; antes, coopera com ela, oferecendo critérios basilares para se promover o bem comum, pedindo-lhe apenas que renuncie às tentativas que, opondo-se ao projecto originário de Deus, possam gerar efeitos que se voltem contra o próprio homem".
* * *
De coração, saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, com destaque para os grupos de Aracruz, Aparecida de Goiânia e Palmas, confiando as suas famílias e comunidades à Virgem Maria e pedindo-Lhe que nelas se mantenha viva a luz de Deus. Sobre vós e os vossos entes queridos, desça a minha Bênção.
© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana
Leia a catequese na íntegra: http://www.zenit.org/article-31804?l=portuguese

Fonte: Zenit - O mundo Visto de Roma

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lançado CD com o Hino da CF 2013


cartaz_CF_2013Já está disponível nas livrarias católicas do Brasil o CD com o Hino da Campanha da Fraternidade de 2013 e os cantos para a quaresma do ano C. Desde 2006, por decisão dos bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), o CD traz o hino da Campanha da Fraternidade e o repertório quaresmal correspondente a cada ano.
A Campanha da Fraternidade 2013, que tem por tema “Fraternidade e Juventude”, e lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Cf, Is 6,8) , teve seu hino escolhido a partir de concurso aberto para todos que desejassem participar. A canção foi composta para servir durante encontros, debates, seminários, palestras e estudos sobre a temática em questão. O CD contém outras faixas inéditas para as celebrações da quaresma do ano C, além de músicas para o trabalho de evangelização com a juventude.
O assessor de Música Litúrgica da Conferência Nacional dos Bipos do Brasil (CNBB), padre José Carlos Sala afirma que, de acordo com suas potencialidades, “as equipes de canto e música escolherão o melhor meio para apropriar-se desse rico repertório quaresmal que aparece no CD e no Hinário Litúrgico da CNBB e ajudar os fiéis na assimilação dos cantos próprios deste tempo”.
“Que o hino da Campanha da Fraternidade e os cantos próprios para o trabalho de evangelização com os jovens ajudem no processo de reflexão da realidade da juventude no Brasil e sejam sinal de alegria e comunhão eclesial”, disse o assessor.

FONTE: cnbb.org.br

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Reunião dos bispos do Regional Sul II acontece nesta sexta-feira


Por ocasião da XXXIII Assembleia do Povo de Deus que acontece neste final de semana, de sexta (28) à domingo (30) em Curitiba (PR), os bispos e arcebispos do Regional Sul II da CNBB estão reunidos na manhã desta sexta-feira, na Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê.
Na pauta, além do relatório da presidência, será realizada a prestação de contas da ação evangelizadora “Rio que cresce entre nós”; discutidas questões gerais de pastoral do Regionall Sul II; abordado o “Ano da Fé”, que começará no dia 11 de outubro; definidos os locais para a Assembleia dos Bispos do Regional e Assembléia do Povo de Deus para o ano que vem. A pauta da reunião também contempla as sugestões dos bispos para os 50 anos do Regional da CNBB, que acontecerá em 2015, entre outros assuntos.
A partir da tarde  os bispos participam da Assembleia do Povo de Deus.

Igreja do Paraná se reúne neste final de semana para a Assembleia do Povo de Deus

Com o tema “Paróquia torna-te o que és: Renovação paroquial para a transmissão da fé” acontece de 28 a 30 de setembro em Curitiba a XXXIII Assembleia do Povo de Deus.
A assembléia é um momento em que a igreja do Paraná, representada pelas 18 dioceses do Estado e pela Eparquia Ucraniana, se reúne para um momento de partilha das suas realidades. Os participantes  relatam o que está acontecendo em âmbito da renovação paroquial em cada diocese e, além disso,  a reunião é um momento de avaliação das atividades do ano de 2012 e de planejamento da programação para 2013 em âmbito Regional.
Participam desta assembléia os bispos e arcebispos, coordenadores da Ação Evangelizadora, coordenadores regionais de cada pastoral, movimento e organismo, e três representantes por diocese - envolvidos nas coordenações diocesanas ligadas à renovação paroquial.
A manhã da quinta-feira (28) é dedicada à reunião dos bispos e arcebispos do Regional Sul II da CNBB (Estado do Paraná). No período da tarde, a partir das 14h tem início a assembleia envolvendo todos os participantes, com encerramento previsto para às 13h do domingo (30).
O local da XXXIII Assembleia do Povo de Deus é a Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê, na capital do Estado.

(Por: Jorge Teles)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

CNBB reflete sobre respostas da Igreja aos dados mostrados no “mapa das religiões” do IBGE


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Os bispos que compõem o Conselho Episcopal Pastoral, Consep, reunidos em Brasília, desde a manhã desta terça-feira, 25 de setembro, voltaram a discutir o quadro geral das religiões no Brasil apresentado pelos resultados do Censo feito pelo IBGE em 2010 e publicados em junho deste ano. Desta vez, a reflexão foi dirigida às iniciativas pastorais que devem ser tomadas ou reforçadas para responder ao fato de que caiu o número de brasileiros que se declaram membros da Igreja Católica.

Segundo o IBGE, “os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no Brasil. A proporção de católicos seguiu a tendência de redução observada nas duas décadas anteriores, embora tenha permanecido majoritária. Em paralelo, consolidou-se o crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010. Dos que se declararam evangélicos, 60,0% eram de origem pentecostal, 18,5%, evangélicos de missão e 21,8 %, evangélicos não determinados”. A pesquisa revela também “que os católicos romanos e o grupo dos sem religião são os que apresentaram percentagens mais elevadas de pessoas do sexo masculino. Os espíritas apresentaram os mais elevados indicadores de educação e de rendimentos”.
Padre Thierry Linard de Guertechin, presidente do Instituto Brasileiro de desenvolvimento, IBRADES, organismo anexo da CNBB, resumiu a questão apresentada no chamado “mapa das religiões”. Ele lembra que não se deve se prender ao que se têm destacado muito às duas categorias de “católicos” e “evangélicos”. Há novas comunidades cristãs que cresceram. É preciso ainda considerar que cresceu também o número dos que se declaram sem religião. Padre Thierry ressaltou que o casamento tem sido um fator importante na análise da situação atual. Há um número considerável de casais com uniões consid eradas não regulares que estão fora das contas oficiais sobre os membros da Igreja. Lembrou também que há que se considerar a situação das comunidades que não têm assistência dos ministros ordenados. E não se pode esquecer que há declaração daqueles que não são praticantes.
Os bispos abriam uma conversa ampla. “É preciso considerar o resultados das pesquisas na elaboração dos planos de pastoral de nossas dioceses”, disse dom Joaquim Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão de Educação e Cultura da CNBB. “É preciso pensar em estruturas mais simples para nossas comunidades”, continuou dom Mol e afirmou que estão fazendo em Belo Horizonte uma pesquisa, tecnicamente profissional, para se aprofundar o significado dos números. Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e Família, falou que o percentual dos não praticantes dos brasileiros que se declaram católicos torna-se, facilmente, disponível para a oferta de outras Igrejas que têm, por exemplo, o trabalho de visitar as pessoas de casa em casa com a disposição de ler a Bíblia.
“Os números mostram que a nossa catequese não é ainda suficiente”, afirmou dom Jacinto Bergmann, bispo de Pelotas (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a animação bíblico-catequético. Ele considera que a formação de grupos bíblicos pode ser um sinal de esperança na evangelização. “É preciso levar a sério as pesquisas”, disse o cardeal dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia. Ele diz que desde que se começou a divulgar dados sobre o número dos católicos verifica-se quedas. Considera que é importante considerar o modo como se acolhe para os sacramentos e é preciso partir da fé do povo e não colocar em dúvida a fé que as pessoas manif estam ainda que não se tenha uma exposição teologicamente elaborada. O cardeal também mencionou a importância da participação dos leigos. Sobre esse tema, o prof. Geraldo Aguiar, assessor da Comissão Episcopal Pastoral, declarou: “Acreditem nos leigos e haverá um processo de transformação da nossa Igreja”.
Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e a Paz, destacou a importância da formação dos ministros ordenados considerando que a Eucaristia é a fonte e o horizonte da Igreja. Reforçou ainda a importância da participação dos leigos com a valorização dos leigos e a ênfase no “ir ao povo”.  Nesta linha, prof. Sergio Coutinho, da Comissão do Laicato, chamou atenção para a correlação dos resultados do Censo de IBGE com os dados da pesquisa do CERIS. Houve um crescimento no número das paróquias, aumento dos números dos párocos, ampliação do quadro dos diáconos. Insistiu na importância das comunidades eclesiais de base com uma séria “desideologização” dessas expressões legítimas da vida da Igreja.
“Nós corremos o risco de fazer boas análises sem que isso reflita na pastoral considerando também o aprofundamento da realidade local”, lembrou dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé. “Formar cristãos de verdade” é esse o grande objetivo da evangelização e isso, certamente, refletirá nos números. Dom Pedro Brito, arcebispo de Palmas (TO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os ministérios ordenados, considera importante a formação de missionários leigos nas comunidades. Dom Sergio Braschi, bispo de Ponta Grossa (PR), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária realçou a valorização dos diáconos.
Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação destacou a iniciativa da setorização das paróquias, comunidade de comunidades, porque considera que essa urgência “puxa” todas as outras apresentadas pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Campo Grande e presidente da Comissão Episcopal Pastoral reforçou a eficácia das iniciativas da setorização das paróquias e também lembrou que a peregrinação da cruz e do ícone de Nossa Senhora está dando um recado claro por parte dos jovens: “nós estamos aqui!”. No âmbito de todas essas considerações, segundo Padre Sidnei Marcos Dornelas, assessor da Missão Continental, há uma integração entre os apelos da Nova Evangelização, os apelos do CELAM e as Diretrizes Gerais da CNBB. 
Fonte: cnbb.org.br

terça-feira, 25 de setembro de 2012

VINTE CINCO ANOS ATRÁS A JMJ CHEGOU À AMÉRICA LATINA


Reflexões de Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro

RIO DE JANEIRO, terça-feira, 24 de setembro de 2012(ZENIT.org) - Vinte cinco anos atrás a JMJ chegou à América Latina! Foi a primeira e a única até o momento atual. Depois desse tempo, ela retorna ao nosso continente, agora em nosso país, aqui no Rio de Janeiro.
Em 1987, o Papa viaja à Argentina e lá se realiza a II Jornada Mundial da Juventude, a primeira fora dos muros de Roma. O tema escolhido para aquele primeiro encontro foi: "Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor." (1Jo 4, 16)
Em sua mensagem, o Beato João Paulo II recorda que a América Latina é o continente da esperança, onde se encontra o maior número de jovens. Lembra também da opção preferencial pelos jovens, proclamada em Puebla de los Ángeles, México.
O grande objetivo daquela jornada era preparar os jovens, que são os adultos de hoje, para serem os apóstolos do novo milênio. O objetivo de todas as jornadas é permitir que os jovens experimentem o entusiasmo e a alegria do amor de Deus, que os convoca à unidade e à solidariedade.
Vocês, jovens, estão no mundo, mas não são do mundo. Seus corações apontam para o céu. No entanto, isso não significa sectarismo ou exclusivismo. O fato de vocês se sentirem tocados por Deus e convidados a uma vida de maior entrega no amor significa que vocês são enviados para levar essa experiência aos outros. Esse é o tema da JMJ na América Latina 25 anos depois.
Jesus Cristo é nossa paz, veio trazer a unidade. Uniu dois mundos através do amor. A Cruz é o trono desde onde reina. E faz que céu e terra se toquem. Natural e sobrenatural. Imanente e transcendente (cf. Ef 2,14-15). É característica dos santos ser sumamente exigentes consigo mesmo, mas complacente com o outro. Sem compactuar com o pecado, é capaz de estender as mãos para levantar o irmão. Somente no encontro com Outro absoluto serei capaz de encontrar meu verdadeiro eu, e verei meus irmãos com o amor que é próprio do cristianismo. Nosso objetivo é criar pontes, pois muros já são muitos.
Agora é a vez de o Brasil sediar no Rio de Janeiro a próxima Jornada. Estamos conscientes de que somos servidores para bem acolher essa experiência belíssima – de uma juventude que quer demonstrar suas preocupações com o presente e o futuro da humanidade. Após as semanas missionárias que ocorrerão pelo Brasil e que são da responsabilidade da nossa Conferência Episcopal organizar (CNBB), e com quem estamos em perfeita unidade, todos como irmãos em Cristo de diversas nacionalidades e etnias se dirigirão ao Rio de Janeiro, Santuário Mundial da Juventude em julho de 2013.
Já temos a logomarca, a oração e o hino oficiais. Milhares de voluntários já estão inscritos e muitos deles já servem à Jornada em seus países. Agora, alguns deles começam também a chegar ao Rio de Janeiro para permanecerem até agosto de 2013. As inscrições dos peregrinos recentemente abertas aumentam a cada dia. As casas, salões paroquiais, apartamentos, escolas, universidades, clubes de serviços estão se abrindo para acolher os jovens para a hospedagem e as catequeses.
Agradeço aos bispos, padres, consagrados e leigos, especialmente aos jovens, pelo entusiasmo e alegria que demonstram nesta missão. A presença de tantos no Comitê Organizador local nos entusiasma e eleva o nosso coração a Deus para dar graças por tudo. A assistência continua do Pontifício Conselho para os Leigos, primeiro responsável pela Jornada, nos dá a garantia do caminho certo.
Contamos ainda com a disponibilidade dos governos federal, estadual e municipal para que, desempenhando as suas funções, possamos encontrar os caminhos melhores para bem recebermos a todos. Seja na semana missionária, seja durante os dias da JMJ Rio 2013.
Também os demais poderes e serviços da nação, dos estados e municípios estão atentos para realizarmos a melhor jornada possível. As empresas que estão se associando para ajudar a Jornada estão sinalizando que acreditam na juventude e estão disponíveis para, juntamente com os jovens, construírem uma sociedade justa e solidária.
Além dos legados sociais, culturais, econômicos da Jornada temos certeza de que a melhor herança é mesmo o clima de confiança do jovem no amanhã, com valores pelos quais vale a pena trabalhar e lutar.
Após 25 anos na Argentina, a Jornada Mundial da Juventude retorna à América Latina! Agradeço a Deus por poder fazer parte dessa história e convoco todos os jovens para que se unam em torno dessa missão. Vamos juntos e unidos trabalhar para que a experiência de Deus no seguimento de Cristo nos uma a todos hoje e sempre.
O lema da Jornada da Juventude na Argentina está na primeira pessoa do plural. Quer significar que o encontro pessoal com Cristo nunca é uma experiência individualista. Ela nasce dentro de uma comunidade que reza e intercede por seus filhos. Todos sabemos que a experiência com Cristo nos leva a anunciá-Lo: “Ide e fazei discípulos”! Assim como os apóstolos uma vez tendo encontrado com Cristo O anunciaram ao mundo. A primeira Jornada na América Latina teve como tema o Deus amor, conhecido pelos jovens. Agora estes jovens são chamados a levar esse Amor de Deus ao mundo, fazendo discípulos entre as nações. Minha admiração por todos vocês que, entusiastas, se preparam para vir ao Rio de Janeiro. Meu agradecimento a todos da Região Metropolitana do Rio que se preparam para bem acolher os peregrinos. A Igreja toda intercede por vocês, jovens, para que possam viver no amor e na missão de fazer discípulos.
Ao iniciarmos neste mês a Primavera no hemisfério sul, somos chamados a ser esse anúncio pascal de vida nova para todos: “juventude, primavera, esperança do amanhecer: venham, meus amigos, e sejam enviados como missionários”! Sejamos todos bem-vindos a esta bela e única experiência de vivermos juntos a JMJ Rio 2013!
† Orani João Tempesta, O. Cist.
  Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Fonte: zenit - o mundo visto de roma

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA ENCERRA SEMANA FARROUPULHA EM GUARAPUAVA


Tradicionalistas de Guarapuava participaram no último domingo (23) da Celebração Eucarística que encerrou a Semana Farroupilha e o Dia do Gaucho cuja programação começou na quinta-feira (20), em Guarapuava. A missa foi celebrada pelo Padre Ari Marcos Bona, pároco da Paróquia Sant’Ana, e contou com a participam de inúmeras pessoas de diversas localidades da cidade e região. Aproximadamente 90 cavaleiros se fizeram presentes. A programação foi extensa e para todos os gostos. O início de tudo foi às 17 horas da quinta no Parque de Rodeios do CTG Fogo de Chão, às margens da PR 170, onde cavaleiros receberam a “Chama Crioula” e conduziram até o pátio da empresa Pietrobom onde aconteceu grande parte da programação.  A Chama Crioula para o gaúcho tem a mesma simbologia que a tocha olímpica tem para as Olimpíadas, disse Marlise Michelini, uma das organizadoras da Semana. 
Diversas atividades movimentaram a programação: Ronda e a tertúlia, o mate, o café tropeiro foi servido aos cavaleiros bem ao estilho gaúcho. “É aquele em que o pó é colocado direto no bule sem coar e é servido com produtos crioulos, como o virado de feijão, o queijo, a linguiça, o pão caseiro”, explica Sebastião Michelini, da comissão organizadora. Na sexta-feira aconteceu baile com Luiz Marenco no CTG Fogo de Chão. 
No sábado (22) houve torneio de Laço (armada) e almoço na Pista do Henrique nas proximidades do Residencial 2000. “Por onde os tradicionalistas foram a Chama Crioula foi junto”, diz Marlise. No domingo (23) às 7 horas aconteceu a III Cavalgada Solitária (Cabanha do Zattar).
Às 8 horas começo a mateada no pátio da Pietrobon, seguida pela chegada da cavalgada às 10 horas e pela celebração da Missa Crioula às 10h30.  Às 11h30 começou as apresentações artísticas e a tertúlia. Às 12 horas foi servido a tradicional Costela de Dois Fogos.
Fonte: http://redesuldenoticias.com.br/       Adaptado por: Adão Elvio Oliveira – Pascom Paroquial











sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Comissão para a Vida e Família lança 2ª edição do subsídio “Hora da Vida”


Com objetivo de colaborar na preparação e na realização da Semana Nacional da Vida e no Dia do Nascituro, a Comissão para a Vida e Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar lançaram a segunda edição do subsídio “Hora da Vida”. A publicação já pode ser solicitada para todo o Brasil.
Tendo sido elaborado pela primeira vez no ano passado, o subsídio “Hora da Vida” traz o tema “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos” dividido em sete encontros e uma celebração da vida. Os encontros vão desde a acolhida da vida, passando por uma conscientização de comportamentos de risco que ameaçam a vida, até chegar ao cuidado com as pessoas na fase final da vida.
Os encontros são: ‘1º-Qual o meu papel?’; ‘2º-Acolhida à vida nascente’; ‘3º-Transmissão da vida: qual a missão do casal?’; ‘4º-Hábitos e comportamentos de risco’; ‘5º-Saúde e equilíbrio do homem’; ‘6º-Dignidade e qualidade de vida’; e, por fim, ‘7º-O sentido do entardecer da vida’.
Dentro de cada um dos encontros supracitados, inúmeros assuntos serão abordados, todos relacionados à defesa da vida. É possível citar, por exemplo, os sub-itens ‘responsabilidade consigo mesmo, com a família e com a sociedade’, ‘compromisso com a vida’, ‘aborto, gravidez de risco, eugenia’, ‘sexualidade e afetividade’, ‘pais como participantes da paternidade de Deus’, ‘drogas lícitas e ilícitas’, ‘promiscuidade’, ‘consumismo’, ‘eutanásia’, dentre outros.
De acordo com o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família, padre Rafael Fornasier, o subsídio propõe os sete roteiros de encontros apenas como sugestões. “Pode-se adaptar o material a cada realidade, bem como acrescentar outros temas afins”, explica.
Vários bispos colaboraram na elaboração do subsídio. Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão E. P. para Vida e Família escreve uma mensagem sugerindo a criação de Comissões de Respeito, Promoção e Defesa da Vida nas dioceses e, quando possível, nas paróquias. A apresentação da publicação foi feita pelo bispo auxiliar do Rio e membro da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família, dom Antônio Augusto. O arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira foi o autor da introdução.
Sob a coordenação do padre Rafael Fornasier, vários organismos também colaboraram na produção do “Hora da Vida”. Colaboraram: a Pastoral Familiar do Regional Norte 2 da CNBB; o Centro de Bioética da Amazônia (CBAm); a Comissão de Defesa da Vida da Arquidiocese de Belém; a Comunidade de Nazaré (PA).
Assim como o subsídio “Hora da Família”, o “Hora da Vida” pode ser adquirido junto aos casais coordenadores da Pastoral Familiar de todo o Brasil, ou diretamente na SECREN (Secretariado Nacional da Pastoral Familiar) pelo telefone: (61) 34432900; por e-mail: secren@cnpf.org.br
Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituro
Com o tema “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos”, a Igreja no Brasil realiza a Semana Nacional da Vida, nos dias 1 a 7 de outubro, culminando com o Dia do Nascituro, no dia 8. Neste período, as dioceses são convidadas a desenvolver atividades em torno do tema, focando sempre o direito à vida e à preservação da dignidade humana.
A Semana Nacional da Vida foi instituída em 2005 pela 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O Dia do Nascituro é um dia em homenagem ao novo ser humano, à criança que ainda vive dentro da barriga da mãe. A data celebra o direito à proteção de sua vida e saúde, à alimentação, ao respeito e a um nascimento sadio. O objetivo é suscitar nas consciências, nas famílias e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos.
Fonte: cnbb.org.br

quinta-feira, 1 de março de 2012

Sugestões para Aproximar as Pessoas da Igreja Católica

3 Anos de Missa todos os dias ouve e Lê a Bíblia Inteira
Tenho um amigo meu que é advogado e protestante, e eu lhe falei que a pessoa que vai a Santa Missa durante 3 anos todos os dias, lê e ouve toda a Bíblia. E que troca todos os dias, exceto no sábado e domingo que é o mesmo. Como de fato o é. E falei que no dia as leituras, o Evangelho e o Salmo são os mesmos em todo o Planeta. A organização do Ano A, Ano B, e Ano C da Liturgia da Palavra. Falei também que na Sexta-Feira Santa não é Missa e é proibido Missa em todas as partes do mundo e casamentos neste dia.
Ele gostou muito disso, principalmente dos 3 anos de Missa diária de ouvir e ler toda a Bíblia. E falei isso para outros amigos meus Protestantes ou Evangélicos e muitos gostaram disso, isso é uma forma de aproximar os protestantes da Igreja Católica.
A Igreja deveria acordar para isso e divulgar mais, porque aproxima os protestantes do catolicismo, eles se tornam mais favoráveis a Igreja Católica.
Sugiro que divulguem mais nos programas de TVs e Rádios, e para as pessoas em geral nos grupos e Missas, pois mais gente se tornará favorável ao catolicismo.
(2) Duas outras coisas que eu falei para ele e ele gostou foi de saber que todos os católicos podem se confessar, até mesmo os Papas e Cardeais se confessam para um padre, pois afinal de contas só Nosso Senhor Jesus Cristo é que não teve pecado. E ele também gostou de saber que a Igreja Católica incentiva os fiéis leigos a participarem da Política Partidária e que existe uma espécie de vedação para o Clero basta ver no Código de Direito Canônico e em uma Carta ou Encíclica do Papa Paulo VI.
E ele gostou muito do trabalho de Caridade tipo a Sociedade São Vicente de Paula, com asilos ele falou: Que nós católicos damos um exemplo para eles pois a maioria das Igrejas Protestante quase não faz nada para ajudar os necessitados.
Assim faremos muitas pessoas católicas ou protestantes ou de outras confissões ou agremiações religiosas se aproximarem e a retornarem para a Igreja Católica

Desde já muito obrigado pela atenção.
Plínio César Costa Angeli < angeli.plinio@gmail.com >
 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

No dia 13 de fevereiro de 2013 chega a Cruz da jornada em nossa Diocese

A Cruz e o Ícone da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) está visitando o Brasil em preparação para a JMJ em julho de 2013. No dia 13 de fevereiro do ano que vem estará em nossa Diocese. Por isso passará por nossas paróquias a Cruz fac-símile animando nossos jovens a participar das atividades diocesanas em preparação para este encontro e compreendendo um pouco mais da teologia da Cruz. 


FONTE: www.smpguarapuava.com.br/

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Escolhido o novo Núncio Apostólico para o Brasil

A Nunciatura Apostólica acaba de informar que o papa Bento XVI escolheu o novo Núncio Apostólico para o Brasil, sucedendo a dom Lorenzo Baldisseri. Trata-se do atual núncio da Tailândia e Camboja e Delegado Apostólico em Myanmar e Laos, dom Giovanni D’Aniello.
Dom Giovanni tem 57 anos, nasceu em Aversa (Itália), foi ordenado sacerdote em dezembro de 1978. É doutor em Direito Canônico. Ingressou no Serviço Diplomático da Santa Sé em 1983, tendo desempenhado a sua atividade junto às Representações Pontifícias do Burundi, Tailândia, Líbano, Brasil e Seção para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado, no Vaticano.
Foi nomeado Núncio Apostólico na República Democrática do Congo, em 2001, e em 2010, foi transferido para a Tailândia e Camboja.
Dom Lorenzo Baldisseri, que foi nomeado secretário para a Congregação para os Bispos, no Vaticano, escreveu uma nota em que agradece ao povo brasileiro, e em especial, aos bispos do Brasil por sua acolhida. “Ao concluir minha missão de Núncio Apostólico no Brasil, confio a estas linhas as expressões dos meus sentimentos de gratidão a todo o episcopado, ao clero e aos fiéis que me acompanharam durante estes nove anos aqui transcorridos, e por me terem facilitado o cumprimento do meu mandato”, disse dom Lorenzo.

FONTE: cnbb.org.br

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A EDUCAÇÃO QUE MEXE COM A VIDA


Marcos Sandrini,
padre salesiano e diretor das Faculdades Dom Bosco, em Porto Alegre.
Endereço eletrônico: sandrini@dombosco.net



Mundo Jovem: Qual é o significado que a escola tem na vida das pessoas?
Marcos Sandrini: Existe no mundo de hoje um movimento de pais que querem educar os filhos em casa. Estes pais dizem que são capazes de educar seus filhos integralmente na sua casa e que não precisam mandá-los para a escola. Esse movimento começou nos Estados Unidos e já chegou, inclusive, aqui no Brasil.

Mas a escola não é a continuação da família. A escola é justamente a ruptura com a família. Um pai em casa não pode educar seus filhos, por exemplo, para a tolerância, para o pluralismo, para a diferença. E uma criança, um adolescente, um jovem, quando sai de casa e vai para a escola, encontra pessoas de diferentes etnias, de diferentes gêneros; encontra pessoas de diferentes condições econômicas, políticas, religiosas, éticas. Então a primeira grande tarefa da formação da escola é justamente ajudar as pessoas a saberem conviver com as diferenças.

Mundo Jovem: Então é mais do que aprender conteúdos?
Marcos Sandrini: O papel do professor, educador, na escola não é ensinar que dois mais dois são quatro. Seu papel é ser um mediador cultural. Ele vai encarar todas as diferenças e vai fazer com que as crianças, os adolescentes, os jovens sejam trabalhados na dimensão da tolerância, do respeito, da diferença. Esse respeito para com as diferenças é uma coisa nova e ainda não é dominante na sociedade. Nós estamos no auge de grandes intolerâncias no mundo inteiro.
Costumamos falar que a Idade Média era intolerante, que a Idade Moderna era intolerante, mas nós hoje temos uma sociedade muito intolerante. É só abrir jornais e revistas, olhar a televisão, escutar o rádio, navegar pela internet que vamos ver que o respeito ao outro é uma coisa dramática. Muitas “soluções”, inclusive, são buscadas através de homicídios.

Tudo isso significa uma sociedade intolerante, que não respeita nem que o outro viva. Então, há muito trabalho para ser feito.

Mundo Jovem: É um trabalho de promover esse valor do respeito à diferença?
Marcos Sandrini: Em geral a nossa sociedade trabalha com o seguinte paradigma: o normal é ser branco, adulto, ocidental, cristão. E não conseguimos trabalhar no sentido de ver que há gente que não tem essa perspectiva. Isso é que tem que vir para a nossa escola. Só que as crianças, os adolescentes e jovens, quando vêm para a escola, e nós educadores também, somos formados dentro dessa visão única, e não na visão do diferente.

Na nossa sociedade, muitas vezes, olhamos as diferenças como desigualdades. Mas nós precisamos mudar a maneira de enxergar. As diferenças não são desigualdades. As diferenças são riquezas que a sociedade tem. O parâmetro deve ser que o branco e o negro são iguais na sua diferença; o masculino e o feminino são iguais dentro da sua diferença; o cristão e o da outra religião são iguais dentro da sua diferença; o adulto e a criança são diferentes, mas são iguais. E é muito importante a nossa sociedade trabalhar com a ideia de que a diferença é uma riqueza.

Mundo Jovem: Não há um conflito de gerações na questão dos valores?
Marcos Sandrini: A grande opção que hoje está surgindo é a dimensão de sabermos que o outro existe. Um dia encontrei com um pré-adolescente e ele me disse: “Professor, não se estressa, não se estressa”. Quando um menino diz isso, acho que ele está visando a uma coisa nova. E o novo é o seguinte: ele falou uma coisa diferente da sua. Ser antigo significa dizer assim: “Quem pensa diferente de mim, ou tem que ser trazido para pensar igual a mim ou tem que ser eliminado”. Então quando um menino diz “não se estressa”, deixa ele pensar diferente, ele quer dizer que o outro existe, o outro tem direito de ter uma visão diferente, desde que não prejudique a ninguém, desde que deixe que os outros vivam.

É interessante que muitas vezes liga os valores novos a jovens, crianças e adolescentes. Mas não é verdade. Acho que não há um conflito de gerações. Acho que o grande conflito hoje não é entre os adultos, as crianças e os jovens. Encontramos muitos jovens que não têm a dimensão da diferença, são prepotentes, resolvem seus problemas através da violência. E encontramos adultos que não são prepotentes, que não resolvem suas divergências com a violência.

O que mais me impressiona, estudando Pedagogia e Educação, é ver que os grandes teóricos não são tão jovens. Edgar Morin, por exemplo, tem mais de 90 anos; Capra, mais de 70 anos. Então não se trata de ter menos idade ou mais idade. Trata-se de ter uma postura diferente em relação ao outro. A intolerância fez muito mal para o mundo. A intolerância matou muita gente.

Não devemos mais ter essa divisão: pessoas antigas, pessoas modernas. Nós temos pessoas que têm uma mentalidade inclusiva, ou temos uma pessoa que tem uma mentalidade que exclui.

Mundo Jovem: O senhor acredita que é possível trabalhar isso na escola?
Marcos Sandrini: É claro que isso é fácil no discurso, mas quando chega na hora da prática acontecem os problemas. E um pressuposto para esse trabalho é partir de uma dimensão holística. Se nós conseguirmos dentro de uma escola, dentro de uma comunidade educativa, criar um grupo de pessoas realmente focadas em ter um projeto político pedagógico forte, nós podemos ter incidência, sim, para criar uma geração diferente.

Mundo Jovem: Então não depende apenas do trabalho do(a) professor(a)?
Marcos Sandrini: Quem é mais importante na escola: o professor ou o aluno? Acho que não é o professor e nem o aluno: o mais importante numa escola é o seu projeto pedagógico. O que queremos enquanto professores, direção, coordenações, funcionários, alunos, pais e o entorno, a sociedade? A partir disso, criar, estabelecer metodologias para fazermos com que a nossa realidade se aproxime do ideal que nós projetamos para a nossa educação. É nessa linha que precisamos trabalhar.

Mundo Jovem: O que significa dizer que a escola deve ter uma visão holística?
Marcos Sandrini: Quando uma criança vem para a escola, ela vem inteirinha. Vem a cabeça da criança, seu joelho, seu coração, sua dimensão psíquica, física, espiritual, sua parte econômica. A escola tem que trabalhar uma criança no seu todo. Não pode trabalhar a criança só numa visão. E hoje é fundamental também uma visão ecológica. Se não sou capaz de respeitar um igual, como vou respeitar a natureza? A natureza também é um outro. A Terra não foi feita para nós. Ninguém foi feito para ninguém. Fomos feitos para criar comunhão em nós. Essa é a visão que temos que ter. Se não há respeito por uma criança, não haverá por um animal.

Um dia perguntei para um jovem onde havia feito o Ensino Médio. Com sua resposta, percebi que se tratava de um curso num prédio pequeno. Perguntei onde faziam a recreação. Ele respondeu que num posto de gasolina, numa loja de conveniência. Perguntei se tinham laboratório de Física, Química e Biologia, se tinham Música, Educação Física. E ele respondeu que não. Isso é um exemplo de uma escola que só pensou a cabeça da pessoa. É uma escola que não tem uma visão holística.

Mundo Jovem: Mas o mercado tem exigências...
Marcos Sandrini: Não critico a escola, porque ela ofereceu aquilo que procuram, mas questiono a família que tem essa visão de educação, de só formar a cabeça. E há pessoas “bem-sucedidas”, entre aspas, porque atendem a dimensão que está sendo procurada pelo mercado. E uma pessoa que tem uma sensibilidade maior, uma dimensão de solidariedade maior, muitas vezes, nem é vista na sociedade, porque não é isso que se procura. Procuram-se pessoas bem-sucedidas na dimensão apenas do resultado. Mas seria o caso de perguntar: traz resultado para quem? Todo valor é assim: é valor para quem e valor contra quem? É nessa dimensão que precisamos estudar, trabalhar e questionar a nossa educação.

Agora, a escola também não está sozinha, porque é um reflexo da sociedade. Ela influencia a sociedade e esta também influencia a escola. Se a escola está assim é porque a sociedade quer que ela seja assim. E as famílias, muitas vezes, também a querem assim. Por isso, a educação tem que ser repensada. Infelizmente, a maioria das famílias não tem condições de pensar. São os educadores que receberam da sociedade a tarefa de pensar a educação. Os educadores têm a tarefa de pensar melhor porque receberam formação para isso e essa é sua missão na sociedade.


Tornar as pessoas felizes

Na questão dos valores, tenho claro: são valores para quem ou contra quem? É como os chamados pecados capitais. Esses pecados, dependendo como você olha, podem transformar-se numa virtude capital. Por exemplo, a ira, quando usada para rebaixar o outro, destruir o outro, não é valor. Mas quando a ira é usada para defender o outro, para lutar, tomar posição firme, corajosa na sociedade, transforma-se numa virtude.

Tudo depende de qual é a opção fundamental. Se minha opção é um narcisismo, um chegar a um objetivo a qualquer custo, então vou procurar valores que me ajudem nesta linha. Porém se minha opção fundamental é por valores que ajudem o outro a viver feliz, já tenho uma outra visão de valores. Nesse sentido é que a escola tem que trabalhar.

Por exemplo, o trabalho de grupo seria uma perda de tempo? Depende de como se olha. Mas o trabalho de grupo é muito importante para a escola no sentido de criar uma sociedade mais colaborativa também.

Uma vez muito me impressionou, ao ler num livro, que, quando Einstein visitou a Índia, um mestre espiritual lhe perguntou: “Você é o maior cientista do mundo. Em que a sua ciência tem ajudado a tornar as pessoas mais felizes?” E Einstein disse que esta pergunta nunca mais lhe saiu da cabeça. O grande desejo de todos é ser feliz. Então tenho convicção de que a grande tarefa da educação é tornar as pessoas mais felizes. E mesmo que na escola a gente não consiga ensinar muita coisa, mas se as crianças, adolescentes e jovens forem felizes, basta.

Vejo que muita gente se evade da escola porque não encontra nela um ambiente prazeroso. E o importante na escola são as relações que se estabelecem. Porque a criança, o adolescente e o jovem sabem que se não tiverem competência, conteúdo, não conseguirão enfrentar a sociedade. Agora, isso eles podem procurar no seu professor, mas também podem procurar no computador, na internet. Porém relacionamentos humanos, fraternos, relacionamentos mais amorosos e afetivos, encontrarão somente nas pessoas que lhes rodeiam. Esta é a grande tarefa da escola: tornar as pessoas felizes.
FONTE: mundojovem.com.br