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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Jornada Mundial da Juventude Rio 2013


Uma experiência de Pentecostes
Encerramento do II Encontro preparatório para a JMJ Rio 2013
RIO DE JANEIRO, quinta-feira, 29 de novembro de 2012(ZENIT.org)-Os representantes dos diversos países que participarão da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 foram recebidos com muita animação por jovens da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na Solene Adoração Eucarística pela JMJ Rio2013.
A celebração, que marcou o encerramento do II Encontro Preparatório para a Jornada, contou com a presença do presidente do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), Cardeal Stanislaw Rylko, do arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, que presidiu a cerimônia e bispos e padres de vários países.
O momento foi composto por cantos litúrgicos e hinos das JMJs anteriores, orações, testemunho e Adoração ao Santíssimo Sacramento. Na homilia, Dom Orani motivou os delegados a levarem a experiência com Cristo para seus países como discípulos missionários. “Que vocês façam deste momento de peregrinação uma incentivo para divulgar para o mundo que o jovem tem esperança, anuncia o mundo novo e testemunha que Cristo está ressuscitado no meio de nós. E nós nos tornaremos missionários porque depois desta experiência fomos, como os apóstolos, enraizados em Cristo no terceiro milênio quando o mundo tanto necessita viver na paz e na justiça”, frisou.
Para o dirigente espiritual do grupo de jovens da paróquia, padre Jorge Luiz Neves, mais conhecido como padre Jorjão, a celebração foi uma mostra daquilo será visto no ano que vem: uma experiência de Pentecostes. “Foi uma experiência de viver aqui na nossa casa o que já vivi em vários países do mundo com os jovens: experimentar a catolicidade da Igreja, essa presença universal, com todas as línguas, povos e nações numa mesma fé”, afirmou.
O bispo irlandês Donal McKeown, que esteve presente no II Encontro Preparatório, destacou que a cerimônia foi uma “explosão” de alegria. “Tivemos três dias tratando importantes questões, e agora foi um momento de muita energia, de sentir a presença de Deus. Foi uma bênção para todos nós estarmos aqui nesta noite. Isso é só o início! Esperamos ansiosos pela JMJ Rio2013” ressaltou.
Para o jovem Carlos Lins, que participou das Jornadas de Toronto, de Colônia, de Sydney e de Madrid, é emocionante ver que o tempo passa e os jovens continuam com o mesmo entusiasmo. “Eu vi várias gerações se misturando e, principalmente, pessoas que, de repente, não tiveram a experiência que eu tive em outros países, mas dentro deles já começa a brotar o sentimento de Jornada. A gente vai receber aqui peregrinos de outros países e a expectativa deles é que tenham essa acolhida de carinho, tão característica do carioca”, destacou.
A jovem Beatriz Bastos conta que à medida que aproxima mais a JMJ, mais ela fica ansiosa e esperançosa pelos momentos que viverá na Jornada. “Espero que seja pura alegria. Tudo vai dar certo! A gente está aqui recebendo de braços abertos todo o mundo e esperamos cada um de vocês”, afirmou.

FONTE: Zenit - O Mundo Visto de Roma

O Ano da Fé. Como falar de Deus?


"Deus é uma realidade da nossa vida"
Catequese de Bento XVI : O Ano da fé. Como falar de Deus?
Queridos irmãos e irmãs,
A pergunta central que hoje nos fazemos é a seguinte: como falar de Deus no nosso tempo? Como comunicar o Evangelho, para abrir estradas para  sua verdade salvífica nos corações muitas vezes fechados dos nossos contemporâneos e nas mentes tantas vezes distraídas por tantos estímulos da sociedade? Jesus mesmo, dizem-nos os Evangelistas, ao anunciar o Reino de Deus se perguntou: “A que podemos comparar o reino de Deus e com que parábola podemos descrevê-lo?” (Mc 4,30). Como falar de Deus hoje? A primeira resposta é que nós podemos falar de Deus, porque Ele falou conosco. A primeira condição para falar de Deus é então a escuta do que Deus mesmo disse. Deus falou conosco! Deus não é uma hipótese distante sobre a origem do mundo; não é uma inteligência matemática muito distante de nós. Deus se interessa por nós, nos ama, entrou pessoalmente na realidade da nossa história, se auto-comunicou até encarnar-se. Então, Deus é uma realidade da nossa vida, é tão grande que tem também tempo para nós, ocupa-se de nós. Em Jesus de Nazaré nós encontramos a face de Deus, que desceu do seu Céu para imergir-se no mundo dos homens, no nosso mundo, e ensinar a “arte de viver”, o caminho da felicidade; para libertar-nos do pecado e tornar-nos filhos de Deus (cfr Ef 1,5; Rm 8,14). Jesus veio para salvar-nos e mostrar-nos a vida boa do Evangelho. 
Falar de Deus quer dizer antes de tudo ter bem claro o que devemos levar aos homens e às mulheres do nosso tempo: não um Deus abstrato, uma hipótese, mas um Deus concreto, um Deus que existe, que entrou na história e está presente na história; o Deus de Jesus Cristo como resposta à pergunta fundamental do porquê e do como viver. Por isto, falar de Deus requer uma familiaridade com Jesus e o seu Evangelho, pressupõe uma nossa pessoal e real consciência de Deus e uma forte paixão pelo seu projeto de salvação, sem ceder à tentação do sucesso, mas seguindo o método do próprio Deus. O método de Deus é aquele da humildade – Deus se faz um de nós – é o método realizado na Encarnação na casa simples de Nazaré e na gruta de Belém, aquele da parábola do grão de mostarda. Não devemos temer a humildade dos pequenos passos e confiar no fermento que penetra na massa e lentamente a faz crescer (cfr Mt 13,33). No falar de Deus, na obra de evangelização, guiados pelo Espírito Santo, é necessária uma recuperação da simplicidade, um retornar ao essencial do anúncio: a Boa Notícia de um Deus que é real e concreto, um Deus que se interessa por nós, um Deus-Amor que se faz próximo de nós em Jesus Cristo até a Cruz e que na Ressurreição nos doa a esperança e nos abre a uma vida que não tem fim, a vida eterna, a verdadeira vida. Aquele excepcional comunicador que foi o apóstolo Paulo nos oferece uma lição que vai exatamente ao centro da fé do problema “como falar de Deus” com grande simplicidade. Na Primeira Carta aos Coríntios escreve: “Quando cheguei no meio de vós, não me apresentei para anunciar o mistério de Deus com excelência da palavra ou de sabedoria. Decidi, na verdade, não dever saber coisa alguma no meio de vós senão Jesus Cristo, e Cristo crucificado” (2,1-2). Então, a primeira realidade é que Paulo não fala de uma filosofia que ele desenvolveu, não fala de idéias que encontrou em qualquer lugar ou inventou, mas fala de uma realidade da sua vida, fala do Deus que entrou na sua vida, fala de um Deus real que vive, falou com ele e falará conosco, fala de Cristo crucificado e ressuscitado. A segunda realidade é que Paulo não busca a si mesmo, não quer criar um time de admiradores, não quer entrar na história como chefe de uma escola de grandes conhecimentos, não busca a si mesmo, mas São Paulo anuncia Cristo e quer ganhar as pessoas para o Deus verdadeiro e real. Paulo fala somente com o desejo de querer pregar aquilo que entrou na sua vida e que é a verdadeira vida, que o conquistou no caminho para Damasco. Então, falar de Deus quer dizer dar espaço Àquele que se faz conhecer, que nos revela a sua face de amor; quer dizer expropriar o próprio eu oferecendo-o a Cristo, consciente de que não somos nós a poder ganhar os outros para Deus, mas devemos conhecê-los pelo próprio Deus, invocá-los por Ele. O falar de Deus nasce da escuta, do nosso conhecimento de Deus que se realiza na familiaridade com Ele, na vida da oração e segundo os Mandamentos. 
Comunicar a fé, para São Paulo, não significa levar a si mesmo, mas dizer abertamente e publicamente aquilo que viu e sentiu no encontro com Cristo, quanto experimentou na sua existência já transformada por aquele encontro: é levar aquele Jesus que sente presente em si mesmo e tornou-se o verdadeiro sentido de sua vida, para fazer entender a todos que Ele é necessário para o mundo e é decisivo para a liberdade de cada homem. O Apóstolo não se contenta em proclamar por palavras, mas envolve toda a própria existência na grande obra da fé. Para falar de Deus, é necessário dar-lhe espaço, confiantes de que é Ele que age na nossa fraqueza: dar-lhe espaço sem medo, com simplicidade e alegria, na convicção profunda de que quanto mais colocamos no centro Ele e não nós, mais a nossa comunicação será frutífera. E isto vale também para as comunidades cristãs: esses são chamados a mostrar a ação transformadora da graça de Deus, superando individualismos, fechamento, egoísmos, indiferença e vivendo na relação cotidiana o amor de Deus. Perguntemo-nos se são realmente assim as nossas comunidades. Devemos colocar-nos em ação para tornar-nos sempre e realmente assim, anunciadores de Cristo e não de nós mesmos. 
Nesta altura, devemos perguntar-nos como comunicava o próprio Jesus. Jesus na sua unicidade fala de seu Pai – Abbá – e do Reino de Deus, com o olhar cheio de compaixão pelos inconvenientes e dificuldades da existência humana. Fala com grande realismo e, direi, o essencial do anúncio de Jesus é que torna transparente o mundo e a nossa vida vale para Deus. Jesus mostra que no mundo e na criação resplandece a face de Deus e nos mostra como nas histórias cotidianas da nossa vida Deus está presente. Seja nas parábolas da natureza, o grão de mostarda, o campo com diversas sementes, ou na nossa vida, pensemos na parábola do filho pródigo, de Lázaro e em outras parábolas de Jesus. A partir dos Evangelhos vemos como Jesus se interessa por cada situação humana que encontra, se emerge na realidade dos homens e das mulheres do seu tempo, com plena confiança  na ajuda do Pai. E que realmente nesta história, secretamente, Deus está presente e se estamos atentos podemos encontrá-Lo. E os discípulos, que vivem com Jesus, as multidões que O encontram, veem a sua reação aos problemas mais absurdos, veem como fala, como se comporta; veem Nele a ação do Espírito Santo, a ação de Deus. Nele anúncio e vida se entrelaçam: Jesus age e ensina, partindo sempre de um relacionamento íntimo com Deus Pai. Este estilo se torna uma indicação essencial para nós cristãos: o nosso modo de viver na fé e na caridade torna-se um falar de Deus hoje, porque mostra com uma existência vivida em Cristo a credibilidade, o realismo  daquilo que dizemos com as palavras, que não são somente palavras, mas mostram a realidade, a verdadeira realidade. E nisso devemos estar atentos para colher os sinais dos tempos na nossa época, isto é, identificar os potenciais, os desejos, os obstáculos que se encontram na cultura atual, em particular o desejo de autenticidade, o anseio de transcendência, a sensibilidade para a salvaguarda da criação, e comunicar sem temor a resposta que oferece a fé em Deus. O Ano da Fé é ocasião para descobrir, com a fantasia animada pelo Espírito Santo, novos caminhos a nível pessoal e comunitário, a fim de que em cada lugar a força do Evangelho seja sabedoria de vida e orientação da existência. 
Também no nosso tempo, um lugar privilegiado para falar de Deus é a família, a primeira escola para comunicar a fé às novas gerações. O Concílio Vaticano II fala dos pais como os primeiros mensageiros de Deus (cfr Cost. dogm. Lumen gentium, 11; Decr. Apostolicam actuositatem, 11), chamados a redescobrir esta missão deles, assumindo a responsabilidade no educar, no abrir a consciência dos pequenos ao amor de Deus como um serviço fundamental para suas vidas, em ser os primeiros catequistas e mestres da fé para seus filhos. E nesta tarefa é importante antes de tudo a vigilância, que significa saber entender as ocasiões favoráveis para introduzir em família o discurso de fé e para amadurecer uma reflexão crítica a respeito dos numerosos condicionamentos aos quais são submetidos os filhos. Esta atenção dos pais é também sensibilidade em reconhecer as possíveis questões religiosas presentes nas mentes dos filhos, às vezes evidentes, às vezes escondidas. Depois, a alegria: a comunicação da fé deve sempre ter uma totalidade de alegria. É a alegria pascal, que não silencia ou esconde a realidade da dor, do sofrimento, do cansaço, da dificuldade, da incompreensão e da própria morte, mas sabe oferecer os critérios para interpretar tudo na perspectiva da esperança cristã. A vida boa do Evangelho é exatamente este olhar novo, esta capacidade de ver com os olhos de Deus cada situação. É importante ajudar todos os membros da família a compreender que a fé não é um peso, mas uma fonte de alegria profunda, é perceber a ação de Deus, reconhecer a presença do bem, que não faz barulho; e oferece orientações  preciosas para viver bem a própria existência. Enfim, a capacidade de escuta e de diálogo: a família deve ser um ambiente onde se aprende a estar junto, a conciliar os conflitos no diálogo recíproco, que é feito de escuta e de palavra, a compreender-se e a amar-se, para ser um sinal, um para o outro, do amor misericordioso de Deus. 
Falar de Deus, então, quer dizer fazer compreender com a palavra e com a vida que Deus não é o concorrente da nossa existência, mas sim a sua verdadeira garantia, a garantia da grandeza da pessoa humana. Assim, retornamos ao início: falar de Deus é comunicar, com força e simplicidade, com a palavra e com a vida, aquilo que é essencial: o Deus de Jesus Cristo, aquele Deus que nos mostrou um amor tão grande a ponto de encarnar-se, morrer e ressuscitar por nós; aquele Deus que pede para segui-Lo e deixar-se transformar pelo seu imenso amor para renovar a nossa vida e as nossas relações; aquele Deus que nos doou a Igreja, para caminhar juntos e, através da Palavra e dos Sacramentos, renovar a inteira Cidade dos homens, a fim de que possa tornar-se Cidade de Deus. 
Após a catequese o papa Bento XVI dirigiu a seguinte saudação em português:
Uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, com votos de serem por todo o lado zelosos mensageiros e testemunhas da fé que vieram afirmar e consolidar neste encontro com o Sucessor de Pedro. Que Deus vos abençoe! Obrigado!
(MEM) 

FONTE: Zenit - O Mundo Visto de Roma

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"O segredo da Jornada Mundial da Juventude é a comunhão entre os organizadores de todos os países"


Padre Eric Jacquinet,responsável pela sessão jovem do Pontifício Conselho para os leigos no II Encontro internacional preparatório para a JMJ Rio2013
BELO HORIZONTE, terça-feira, 26 de novembro de 2012(ZENIT.org) – Os mais de 200 delegados provenientes de 75 países que participam do II Encontro internacional preparatório para a JMJ Rio2013, reunidos no Rio de Janeiro até o dia 29 de novembro, abordaram assuntos práticos no primeiro dia do evento.
Durante o Encontro, na manhã de segunda-feira (26), foram esclarecidas questões sobre a geografia da cidade, o sistema de vistos e ingresso no Brasil, e também temas específicos da Jornada como as inscrições, hospedagens, acessos especiais e acolhimento dos Bispos.
À tarde foram abordados argumentos sobre a segurança da cidade, seguros, alimentação, transporte, tipos de peregrinos, local da vigília e da missa de envio.
Em entrevista para a Web TV Redentor, o responsável pela sessão jovem do Pontifício Conselho para os leigos, Padre Eric Jacquinet, disse que “o segredo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é a comunhão entre os organizadores de todos os países, por isso este momento é muito importante. O êxito da JMJ depende desta comunhão, de cada Conferência Episcopal e de cada Movimento do mundo, também é um intercâmbio de coisas muito práticas que necessitamos saber como alojamentos e vistos”.
Para Pe. Eric “o assunto principal é manter a unidade entre todos para garantir o êxito da JMJ no Rio de Janeiro”.
O primeiro dia do Encontro terminou com a celebração eucarística presidida pelo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB), Dom Edurado Pinheiro.
(MEM). 

Fonte: Zenit - O Mundo Visto de Roma

"Os jovens podem transformar o mundo com sua vida e santidade"


Pronunciamento do arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, na abertura do II Encontro Preparatório para a JMJ Rio2013
RIO DE JANEIRO, terça-feira, 26 de novembro de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos abaixo a íntegra do pronunciamento do arcebispo do Rio e presidente do Comitê Organizador Local, Dom Orani João Tempesta na Abertura do Encontro Internacional Rio de Janeiro em preparação para JMJ Rio 2012.
Cumprimentos ao Cardeal Rilko, Mons. Joseph Klemens e demais membros do PCL – agradeço pela proximidade e partilha nestes tempos de preparação para a JMJ do Rio, seja pessoalmente, seja através das cartas ou pelos modernos sistemas de videoconferência
Cumprimentos a D. Giovanni D’Aniello, núncio apostólico no Brasil, que desde a sua chegada entre nós tem demonstrado mais que o seu apoio à JMJ, tem demonstrado profundo interesse tem se empenhado nos vários trâmites que um evento como esse exige, seja com os departamentos do governo federal, seja com os embaixadores em Brasília, seja com a sua presença e visitas ao Rio de Janeiro
Cumprimentos a D. Eduardo e a Comissão Episcopal para Juventude que assumiu toda a peregrinação da cruz da juventude e do ícone de Nossa Senhora pelo Brasil e alguns países do sul da América Latina, assim como a organização da Semana Missionária (novo nome da pré-jornada), se empenha na animação da Campanha da Fraternidade sobre a juventude em 2013 e vislumbra um belo trabalho para a pós jornada no Brasil na missão junto aos jovens. A unidade conosco e o interesse pelo trabalho em comum para o bem da juventude sempre é um passo importante para quem deseja a Evangelização da nossa juventude.
Cumprimentos ao COL – bispos auxiliares, padres, religiosos, religiosas, consagrados, leigos e leigas, jovens e adultos, voluntários e funcionários, que diuturnamente dão testemunho de seu entusiasmo pela causa da JMJ e com criatividade levam adiante a organização de um evento que marcará não só suas vidas, mas a do nosso país, e principalmente de nossa Arquidiocese – louvado seja Deus por todos  vocês!
Cumprimentos a todos os irmãos Bispos das diversas nações que se deslocaram até o Rio de Janeiro para este II Encontro Internacional. Tem me impressionado o número de Bispos que nos têm procurado para informações e preparações para que seus jovens possam ser bem acolhidos e participarem bem da JMJ. É realmente uma grande alegria ver e testemunhar essa participação de todos. Sejam muito bem vindos.
Cumprimentos aos padres, religiosos, religiosas, consagrados e os queridos jovens das diversas Conferências Episcopais e dos diversos movimentos, comunidades, grupos de jovens ou consagrados que vieram para partilhar desse belo momento de preparação para a JMJ Rio 2013
Cumprimentos às autoridades e representantes dos governos municipal, estadual e federal do Brasil que estão ou estarão presentes durante este evento. O apoio incondicional e entusiasmado e interessado de todos, desde quando nos candidatamos para sediar a Jornada, e agora, assumindo conosco as buscas de soluções e devidos encaminhamentos para que os jovens do mundo possam ter aqui no Brasil um momento de intensa vida em Cristo e aqui no Rio de Janeiro, que se torna o Santuário Mundial da Juventude em Julho do próximo ano, meus agradecimentos sinceros. Aos senhores e senhoras aqui presentes e transmitam aos que aqui são representados o nosso reconhecimento.
A Palavra do Papa Bento XVI em sua mensagem para a JMJ Rio 2013 são as palavras que quero dizer a todos os que hoje nos encontramos aqui neste II Encontro Internacional de Preparação da a Jornada do Rio de Janeiro: “Desejo, em primeiro lugar, renovar a vós o convite para participardes nesse importante evento. A conhecida estátua do Cristo Redentor, que se eleva sobre àquela bela cidade brasileira, será o símbolo eloquente deste convite: seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos quantos vierem até Ele, e o seu coração retrata o imenso amor que Ele tem por cada um e cada uma de vós. Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa experiência de encontro com Cristo, junto com tantos outros jovens que se reunirão no Rio para o próximo encontro mundial! Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de que o mundo precisa.”
Este sinal tão conhecido do mundo que se encontra no alto do Corcovado completou 81 anos de sua inauguração. É recoberto por pequenas pedras (pedra sabão) que tem escrito por trás de cada uma os nomes de todos os colaboradores dessa construção. Gostaria de dizer que, também  na Jornada, tenho certeza, que em Jesus Cristo Redentor, que essa imagem representa, estarão escritos também todos os nomes de vocês e de todos os jovens que virão para a JMJ Rio 2013. Todos somos chamados a ser o Corpo Místico de Cristo.
Vivemos tempos muito  importantes na história da Igreja. Ano da Fé e a conclusão do Sínodo dos Bispos para a nova Evangelização. Esta Jornada se insere dentro desses eventos mundiais da Igreja. É isso que nos diz o Papa Bento XVI em sua mensagem: “Convido a vos preparardes para a Jornada Mundial do Rio de Janeiro, meditando desde já sobre o tema do encontro: «Ide e fazei discípulos entre as nações» (cf. Mt 28,19). Trata-se da grande exortação missionária que Cristo deixou para toda a Igreja e que permanece atual ainda hoje, dois mil anos depois. Agora este mandato deve ressoar fortemente em vosso coração. O ano de preparação para o encontro do Rio coincide com o Ano da fé, no início do qual o Sínodo dos Bispos dedicou os seus trabalhos à «nova evangelização para a transmissão da fé cristã». Por isso me alegro que também vós, queridos jovens, sejais envolvidos neste impulso missionário de toda a Igreja: fazer conhecer Cristo é o dom mais precioso que podeis fazer aos outros.”
É uma alegria ver a juventude tomar seu lugar na sociedade e na Igreja na missão evangelizadora. Ontem, na abertura deste II Encontro Internacional recebemos a bela notícia que os pais de Chiara Luce, uma das intercessoras deste Jornada estarão presentes com o seu testemunho. Ontem também celebramos o aniversário (73 anos) de retorno ao Pai de uma criança carioca que está em processo de beatificação – Odetinha. Os jovens podem transformar o mundo com sua vida e santidade. É esse o caminho que o Papa nos aponta em sua carta para a esta jornada:  “A história mostra-nos muitos jovens que, através do dom generoso de si mesmos, contribuíram grandemente para o Reino de Deus e para o desenvolvimento deste mundo, anunciando o Evangelho. Com grande entusiasmo, levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia. Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo”.
Sempre vi em nossa missão uma continuidade daquilo que os nosso antepassados viveram e nos passaram. É como as Olimpíadas (que o Rio de Janeiro será sede em 2016): cada um passa a tocha de luz para o outro até chegar ao momento solene de acender a pira Olímpica. O Papa Bento XVI recorda essa missão da geração jovem, a geração “z” como é chamada, de acolher e passar a fé aos seus contemporâneos com a linguagem própria de hoje, pelos meios digitais, pela migração, principalmente porque encontraram com Cristo e são chamados a anuncia-lO. Porém, como naquela época, são chamados a superar as dificuldades do tempo presente e fazer melhor para o futuro: “A Igreja, para continuar esta missão de evangelização, conta também convosco. Queridos jovens, vós sois os primeiros missionários no meio dos jovens da vossa idade! No final do Concílio Ecumênico Vaticano II, cujo cinquentenário celebramos neste ano, o Servo de Deus Paulo VI entregou aos jovens e às jovens do mundo inteiro uma Mensagem que começava com estas palavras:«É a vós, rapazes e moças de todo o mundo, que o Concílio quer dirigir a sua última mensagem, pois sereis vós a recolher o facho das mãos dos vossos antepassados e a viver no mundo no momento das mais gigantescas transformações da sua história, sois vós quem, recolhendo o melhor do exemplo e do ensinamento dos vossos pais e mestres, ides constituir a sociedade de amanhã: salvar-vos-eis ou perecereis com ela».E concluía com um apelo:«Construí com entusiasmo um mundo melhor que o dos vossos antepassados!»(Mensagem aos jovens, 8 de dezembro de 1965).
A estátua do Cristo Redentor tem um único sinal que está também retratado dentro da imagem: o coração. O arquiteto quis demonstrar o grande segredo da mensagem: que o centro está no Coração de Jesus Cristo, onde o construtor da imagem colocou o seu nome e de sua família. É a consequência que queremos atingir também com a Jornada do Rio de Janeiro: estarmos todos no coração de Cristo que nos convida a ser para o mundo sinal do amor universal e a todos sermos anunciadores dessa boa notícia, sendo seu coração e seus braços abrindo nossa boca a esse anúncio e proclamação. É o que nos recorda o Papa Bento XVI em sua mensagem para a JMJ: “Em suma, queridos jovens, queria vos convidar a escutar no íntimo de vós mesmos a chamada de Jesus para anunciar o seu Evangelho. Como mostra a grande estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o seu coração está aberto para amar a todos sem distinção, e seus braços estendidos para alcançar a cada um. Sede vós o coração e os braços de Jesus. Ide testemunhar o seu amor, sede os novos missionários animados pelo seu amor e acolhimento. Segui o exemplo dos grandes missionários da Igreja, como São Francisco Xavier e muitos outros.”
Há 25 anos atrás a JMJ foi realizada pela primeira vez na América Latina. Eram, outros tempos e outras necessidades. Depois desses anos todos o mundo se transformou e também a nossa América Latina. A Jornada neste anos, depois de um jubileu de prata de ausência deste continente retorna após uma bela Conferência Geral do Episcopado Latino Americano ocorrido em Aparecida, aqui no Brasil, com a presença do Papa Bento XVI. O seu retorno ao Brasil para celebrar com a juventude do mundo o encontro com Cristo na JMJ deve ser inspirado na “missão permanente” proclamada em Aparecida como o próprio Papa se refere em sua mensagem a JMJ: “Dirigido aos jovens de toda a terra, este apelo assume uma importância particular para vós, queridos jovens da América Latina. De fato, na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, realizada em Aparecida, no ano de 2007, os bispos lançaram uma «missão continental». E os jovens, que constituem a maioria da população naquele continente, representam uma força importante e preciosa para a Igreja e para a sociedade. Por isso sede vós os primeiros missionários. Agora que a Jornada Mundial da Juventude retorna à América Latina, exorto todos os jovens do continente: transmiti aos vossos coetâneos do mundo inteiro o entusiasmo da vossa fé” 
Por isso caríssimos irmãos e irmãs que para cá vieram para esse belo compromisso com a evangelização do mundo com a juventude:  sejam bem vindos todos! Ao recebe-los neste encontro vislumbramos o que daqui 240 dias estaremos vivendo com os jovens que os senhores e as senhoras representam: o encontro dos jovens com Cristo na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro! Maria, estrela da Nova Evangelização interceda por todos nós para que façamos tudo o que Jesus deseja para que sejamos testemunhas do amor de Deus.
D. Orani João Tempesta, O. Cist.
(http://www.rio2013.com/pt)

Fonte: Zenit - O Mundo Visto de Roma

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Advento



Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba
A vida passa por transformações e se renova. Por isto, iniciamos mais um Ano Litúrgico, começando com o Ciclo do Natal, na certeza de vida renovada. O Natal é celebrado com muitas festas, contemplando o nascimento de um Rei, o Filho de Deus, cumprindo uma promessa feita pelo Senhor ao Rei Davi.

São quatro domingos chamados de “Advento”, que nos despertam, dentro de um itinerário, para a vinda de Jesus Cristo, Àquele que vem de Deus e assume as condições e realidades humanas. Seu objetivo foi de realizar a reta ordem do universo no cumprimento das Leis divinas marcadas no coração das pessoas.

No mundo dos conflitos, da violência e do caos na ordem social, caímos numa situação de temor e angústia. Nossa esperança fica fragilizada e somos incapazes para uma paz de sustentabilidade. Somente em Jesus Cristo podemos encontrar força e coragem para superar as limitações contidas em nossas fraquezas.

O Advento é tempo de preparação para o Natal. É colocar-se de prontidão para acolher Aquele que nasce transformando a história. Hoje isto acontece no coração das pessoas vigilantes e sensíveis às realidades do bem. Este deve ser o caminho do cristão, reconhecendo a presença de Deus em sua vida.

Todo clima natalino, que começa com o Advento, deve fazer aumentar o amor entre as pessoas. É uma realidade que deve acontecer no relacionamento, na convivência familiar, no trabalho, na escola, enfim, na vida real. É importante a consciência de que a fonte de tudo isto está em Deus. É por isto que Ele vem a nós e fica conosco. “O amor de Deus foi derramado em nossos corações” (I Ts 4,9).

Sabemos que a fonte do amor é Deus, mas isto não dispensa o esforço pessoal. Temos que viver o amor no meio dos conflitos e tensões a todo instante. Os afazeres da vida não podem obscurecer a ação de Deus em nossa prática de vida. É Ele quem nos dá sustentação para uma realidade de fraternidade e vida mais feliz. 

Fonte: cnbb.org.b
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Relação harmoniosa entre fé e razão


Bento XVI continua avançando no Ano da Fé
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 21 de novembro de 2012(ZENIT.org) - Na tradicional Audiência Geral, Bento XVI continuou sua catequese sobre o Ano da fé. Ele falou na manhã desta quarta-feira, na Sala Paulo VI do Vaticano, aos peregrinos e fiéis alí reunidos sobre o conhecimento de Deus através da fé que não é, portanto, só intelectual, mas vital.
Apresentamos a seguir o resumo de suas palavras:
"No irresistível desejo de verdade que tem o ser humano, a estrada justa a seguir, para a sua plena satisfação no encontro com Deus, passa por uma relação harmoniosa entre fé e razão. Esta é capaz de conhecer com certeza a existência de Deus pela via da criação, mas só a fé pode conhecer «com certeza absoluta e sem erro» as verdades que dizem respeito a Deus. Não se trata aqui de meras informações, mas de verdades que nos falam do encontro de Deus com os homens. Por isso, o conhecimento de Deus é, antes de tudo, experiência de fé; mas não sem a razão. Deus não é absurdo; embora seja sempre um mistério. O mistério não é irracional, mas superabundância de significado: se a razão vê escuro ao fixar o mistério, não é por falta de luz, mas porque há demais. A fé católica é sensata e razoável e tem confiança na razão. Nesta linha de ideias, ela não está contra a ciência; antes, coopera com ela, oferecendo critérios basilares para se promover o bem comum, pedindo-lhe apenas que renuncie às tentativas que, opondo-se ao projecto originário de Deus, possam gerar efeitos que se voltem contra o próprio homem".
* * *
De coração, saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, com destaque para os grupos de Aracruz, Aparecida de Goiânia e Palmas, confiando as suas famílias e comunidades à Virgem Maria e pedindo-Lhe que nelas se mantenha viva a luz de Deus. Sobre vós e os vossos entes queridos, desça a minha Bênção.
© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana
Leia a catequese na íntegra: http://www.zenit.org/article-31804?l=portuguese

Fonte: Zenit - O mundo Visto de Roma