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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Aplicativo “Siga a Cruz” mostra em tempo real a peregrinação dos Símbolos da JMJ pelo país

A Comissão organizadora da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) RIO2013 comunicou que está disponível para download o aplicativo “Siga a Cruz”, uma ferramenta oficial da JMJ que irá possibilitar, pelo celular ou tablet, acompanhar passo a passo o trajeto dos Símbolos da JMJ, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, pelo Brasil.
A ferramenta é gratuita e foi desenvolvida pelo departamento de Tecnologia da Informação da Comunidade Canção Nova, a pedido da Comissão JMJ RIO2013. O aplicativo pode ser adquirido, inicialmente, pelos usuários de dispositivos iPhone, iPad e iPod.
Em breve, será lançada também a versão para Tablets e Smartphones com a plataforma Android. A ferramenta tem como objetivo exibir de forma dinâmica, por meio de um mapa com recurso de geolocalização, o trajeto percorrido pelos Símbolos da JMJ. Os usuários também poderão interagir com seus amigos via Twitter e Facebook, traçar rotas detalhadas para o local onde se encontra a Cruz e acessar galerias exclusivas de fotos.


Fonte: cnbb.org.br

sábado, 14 de janeiro de 2012

Por uma economia solidária na América Latina

Por uma economia solidária na América Latina


Uma chamada do Departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM


ROMA, 13 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- O Arcebispo do Peru, Pedro Barreto, SJ, presidente do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), denunciou o sistema econômico dominante que condena a pobreza para um grande número pessoas.
O jornal Vaticano, L'Osservatore Romano, publicou nesta edição de sexta-feira as afirmações do arcebispo peruano Dom Pedro Barreto que assegura [traduzido da edição italiana do L'Osservatore Romano]: "A Igreja continua criticando o sistema econômico dominante", um plano cruel de interesses que castiga amplos segmentos da população da América Latina, aumentando as desigualdades sociais e a pobreza. Especialmente nas periferias das grandes cidades, que continuam sem serviços básicos indispensáveis como a água e a eletricidade. É um fato inadmissível para um continente com imensos recursos naturais".
Referindo-se também ao Peru, de acordo com o L'Osservatore Romano, o arcebispo destacou um paradoxo: apesar da crise internacional generalizada, o ano que começa deixa ver uma "ligeira melhoria económica e financeira na América Latina."
No entanto, este crescimento econômico - pergunta - "é um crescimento de todos e para todos, ou continua existindo uma grande proporção da população que luta para sobreviver?".
A resposta está numa visão e numa prática da economia ainda profundamente enraizada, que é caracterizada por interesses pessoais e corporativos, o que contradiz a necessária busca do bem comum.
De acordo com o arcebispo, para superar, ou pelo menos mitigar as desigualdades sociais e a pobreza generalizada na América Latina - agravada por velhos e novos males - como a violência e as drogas, deve-se "distribuir a riqueza" recuperando o irrenunciável valor social e a dimensão ética da economia e das finanças; são necessários projetos de desenvolvimento sustentável de âmplo alcance, que tenham em conta os excluídos da sociedade.
Em suma, "um novo modelo econômico baseado na doutrina social da Igreja", que contém um conjunto de princípios, ensinamentos e orientações destinadas a resolver, no espírito do Evangelho, os problemas sócio-políticos e econômicos.
Tradução TS
Fonte: ZENIT - O Mundo visto de Roma

"A Justiça não é uma simples convenção humana "

O Papa recebe em audiência os agentes da Inspetoria da Segurança Pública junto ao Vaticano


CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 13 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - Depois dos administradores de Roma e do Lazio, foi a vez dos oficiais da Inspetoria da Segurança junto ao Vaticano, para os quais o Papa Bento XVI enviou uma saudação de ano novo durante uma Audiência na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano.
Uma saudação especial do pontífice dirigiu-se ao Diretor-Geral da Inspetoria da Polícia, Raffaele Aiello, e ao Prefeito, Salvatore Festa. A todos os agentes e funcionários Bento XVI expressou sua gratidão pessoal pelo "trabalho precioso e delicado" desenvolvido.
"A proteção da ordem pública, especialmente em uma área tão frequentada por turistas e peregrinos de todo o mundo, não é uma tarefa fácil", disse o Santo Padre.
A grande multidão de pessoas que todos os dias veem rezar junto aos túmulos dos Apóstolos, no entanto, "não é certamente um problema para a cidade de Roma e para a Itália como um todo, mas uma riqueza e uma fonte de orgulho", acrescentou.
O Papa também expressou a esperança de que a presença maciça de peregrinos diariamente na Basílica, possa fortalecer a fé do pessoal de segurança do Vaticano, ajudando-os "a enfrentar a vida com uma conduta digna de cristãos autênticos e de cidadãos maduros".
Referindo-se aos episódios de violência e de intolerância que têm caracterizado o ano passado, e ao fanastismo anti-cristão que continua a manifestar-se em muitas partes do mundo, Bento XVI assinalou que as palavras "justiça" e "paz" são usadas "muitas vezes de forma equivocada."
Justiça, na verdade, "não é uma simples convenção humana", porque muitas vezes, em nome de uma suposta justiça, "dominam os critérios de utilidade, do lucro e do ter, pode-se pisar o valor e a dignidade da pessoa humanos ", disse o Santo Padre, referindo-se ao conteúdo da Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2012 (No. 4).
Da mesma forma, a paz não é uma mera ausência de guerra, mas, em primeiro lugar, um "dom de Deus que deve ser pedido com fé e que em Jesus Cristo encontra o caminho para alcançá-la". Ela se realiza com uma "contribuição de compaixão, solidariedade, fraternidade e cooperação de cada um" e está "profundamente enraizada na justiça - animada pela verdade na caridade - que os homens são capazes de realizar a partir do contexto no qual geralmente vivem: a família, o trabalho, as relações de amizade".
Transmitindo a Bênção Apostólica sobre os presentes e invocando a materna intercessão da Rainha da Paz, o Santo Padre expressou a esperança de um 2012 "vivido por todos caracterizado pelo respeito mútuo e do bem comum, e esperando que nenhum ato de violência seja feito em nome de Deus, supremo garante da justiça e da paz. "
Tradução TS
Fonte: ZENIT - O Mundo visto de Roma

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

As instituições devem apoiar as famílias numerosas e os jovens à procura de trabalho

Os Administradores Públicos da Região Lazio e de Roma, se encontram com o Papa
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 12 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - A atual crise pode ser um estímulo para refletir sobre os valores que animam a nossa sociedade; disse o Papa Bento XVI durante a Audiência com os administradores públicos da Região Lazio, da Província, e do Município de Roma, para a tradicional troca de saudações pelo novo ano.
***
A Audiência foi realizada na Sala Clementina do Palácio Apostólico e foi precedida por homenagens de Renata Polverini, presidente da Junta regional Lazio, Nicola Zingaretti, presidente da Província de Roma, Giovanni Alemanno, prefeito de Roma.
O Santo Padre começou seu discurso dizendo que a crise econômica e financeira não poupa o território de Roma e Lazio, e reiterou mais uma vez que as “raízes profundas” deste fenômeno estão “em uma crise ética.”
A etimologia da palavra “crise”, disse Bento XVI, está ligada à dimensão do “separar”, “avaliar” e “julgar”. Portanto, a crise atual pode ser uma oportunidade para “verificar se os valores fundamentais da vida social geraram uma sociedade mais justa e solidária”, ou se é necessário “recuperar valores que estão na base de uma verdadeira renovação da sociedade, não apenas para um restabelecimento econômico, mas também para o “bem integral da pessoa.”
A crise atual tem suas raízes no “individualismo que obscurece a dimensão relacional do homem”, fechando-o “em seu pequeno mundo”. O Santo Padre mencionou "a inserção cada vez mais exigente no mundo do trabalho para os jovens, a solidão de muitos idosos, o anonimato que muitas vezes caracteriza a vida nos bairros da cidade, o olhar, às vezes superficial, para as situações de marginalização e pobreza”, como consequências desta mentalidade.
A fé, no entanto, sugere uma perspectiva diretamente oposta, em que o homem “é chamado a viver em relação e que o “eu” pode encontrar-se a partir do “tu” que é antes de tudo, Deus”, o único capaz de acolher o homem incondicionalmente.
Da mesma forma, as instituições devem “favorecer o crescimento da consciência de fazer parte de uma única realidade, onde cada um, à semelhança do corpo humano, é importante para o todo”, como citado em Menenio Agrippa relatado por Tito Lívio na sua história de Roma.
O valor da hospitalidade, que está na consciência de fazer parte de um “corpo”, está “profundamente enraizado nos corações dos habitantes de Roma e do Lazio”, disse o Santo Padre, recordando a fraternidade gerada em Roma durante os dias da beatificação de João Paulo II.
O Papa também mencionou a Caritas e as comunidades cristãs, que oferecem hospitalidade aos estrangeiros que fogem de situações desesperadoras em seus países de origem.
Bento XVI também encorajou a defesa da “família fundada sobre o matrimônio como célula essencial da sociedade”.
Uma sociedade solidária deve ajudar as novas gerações, com políticas que garantam “moradia a custo baixo e que façam todo o possível para assegurar uma atividade lavorativa”. Isso é importante para evitar o risco de que os jovens sejam vítimas de “organizações ilegais, que oferecem lucro fácil e não respeitam o valor da vida humana”, acrescentou o Papa.
Antes de dar a sua bênção apostólica, o Papa recordou que os desafios são “múltiplos e complexos” e podem ser superados somente “na medida em que se reforçar a consciência de que o destino de cada um está ligado ao de todos.”

Fonte: ZENIT - O Mundo Visto de Roma

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mensagem do papa Bento XVI demonstra preocupação com deslocamentos migratórios

Neste domingo, dia 15 de janeiro, a Igreja celebra o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. O tema central da mensagem do papa Bento XVI foi “Migrações e nova evangelização”, intimamente ligado à ideia de migrações como característica nos dias atuais. O Sumo Pontífice manifestou sua preocupação com a complexidade dos deslocamentos migratórios, e aconselhou aos cristãos que assumam o compromisso da Nova Evangelização com a acolhida fraterna do irmão migrante e refugiado.
Na mensagem, o papa quer sensibilizar a todos sobre a situação desumana que milhares de pessoas, migrantes e refugiadas, em todo o mundo são submetidas, tendo seus direitos e dignidade humana desrespeitados. O pontífice utiliza expressões como “novo vigor”, “novas modalidades”, “novas problemáticas”, “novas estratégias pastorais”, “novas situações”, para sinalizar a ideia de novas condutas e atitudes. “A hora presente chama a Igreja a realizar uma nova evangelização inclusive no vasto e complexo fenômeno da mobilidade humana, intensificando a ação missionária tanto nas regiões de primeiro anúncio, como nos países de tradição cristã”, propõe o Santo Padre.

Segundo o papa, na sociedade contemporânea, em busca de melhores condições de vida, ou para fugir de condições de violência, como guerras, miséria e catástrofes naturais, foi produzida uma grande mistura de pessoas e de povos sem precedentes, com novas problemáticas do ponto de vista não só humano, mas também ético, étnico, religioso e espiritual. “A Igreja enfrenta o desafio de ajudar os migrantes a manterem firme a fé, mesmo quando falta o apoio cultural que existia no país de origem, lançando mão inclusive de novas estratégias pastorais, assim como de métodos e linguagens para um acolhimento vivo da Palavra de Deus”.

Conforme a mensagem do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2010, Bento XVI, reiterou a necessidade do diálogo entre distintos povos e culturas diante da falta de fé e fraternidade cristãs. O pontífice finalizou a mensagem de 2012, convocando aos cristãos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas, sobretudo, os jovens e as jovens, que se mostrem sensíveis e ajudem aos inúmeros “irmãs e irmãos que, tendo fugido da violência, devam se confrontar com novos estilos de vida e com dificuldades de integração”.

Leia agora a Mensagem do papa para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2012:

Migrações e nova evangelização

Queridos Irmãos e Irmãs!

Anunciar Jesus Cristo, único Salvador do mundo, «constitui a missão essencial da Igreja, tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes» (Exort. apost. Evangelii nuntiandi, 14). Aliás, hoje, sentimos a urgência de promover, com novo vigor e novas modalidades, a obra de evangelização num mundo onde a queda das fronteiras e os novos processos de globalização deixaram as pessoas e os povos ainda mais próximos, tanto pela expansão dos meios de comunicação, como pela frequência e a facilidade com que indivíduos e grupos se podem deslocar. Nesta nova situação, devemos despertar em cada um de nós o entusiasmo e a coragem que impeliram as primeiras comunidades cristãs a ser intrépidas anunciadoras da novidade evangélica, fazendo ressoar no nosso coração as palavras de São Paulo: «Se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar!» (1 Cor 9,16).

O tema, que escolhi para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado em 2012 – «Migrações e nova evangelização» –, nasce desta realidade. De fato, a hora presente chama a Igreja a realizar uma nova evangelização inclusive no vasto e complexo fenômeno da mobilidade humana, intensificando a ação missionária tanto nas regiões de primeiro anúncio, como nos países de tradição cristã.

O Beato João Paulo II convidava-nos a «alimentar-nos da Palavra para sermos “servos da Palavra” no trabalho da evangelização... numa situação que se vai tornando cada vez mais variada e difícil com a progressiva mistura de povos e culturas que caracteriza o novo contexto da globalização» (Carta apost. Novo millennio ineunte, 40). Com efeito, as migrações dentro ou para fora da nação, como solução para a busca de melhores condições de vida ou para fugir de eventuais perseguições, guerras, violência, fome e catástrofes naturais, produziram uma mistura de pessoas e de povos sem precedentes, com novas problemáticas do ponto de vista não só humano, mas também ético, religioso e espiritual.

As atuais e palpáveis consequências da secularização, a aparição de novos movimentos sectários, uma difundida insensibilidade à fé cristã, uma acentuada tendência à fragmentação, tornam difícil focalizar uma referência unificadora que encoraje a formação de «uma só família de irmãos e irmãs em sociedades que se tornam cada vez mais multiétnicas e interculturais, onde também as pessoas de várias religiões são estimuladas ao diálogo, para que se possa encontrar uma serena e frutuosa convivência no respeito das legítimas diferenças», como eu escrevia na Mensagem do ano passado para este Dia Mundial. O nosso tempo está marcado por tentativas de cancelar Deus e a doutrina da Igreja do horizonte da vida, enquanto ganham terreno a dúvida, o cepticismo e a indiferença, que gostariam de eliminar todo e qualquer referimento social e simbólico da fé cristã.

Em tal contexto, sucede frequentemente que os migrantes que conheceram Cristo e O aceitaram se sintam impelidos a considerá-Lo como não relevante na própria vida, a perder o sentido da fé, a deixar de se reconhecerem como parte da Igreja, acabando muitas vezes por viverem uma existência que já não é caracterizada por Cristo e pelo seu Evangelho. Cresceram no seio de povos marcados pela fé cristã, mas depois com frequência emigram para países onde os cristãos são uma minoria ou a antiga tradição de fé já não é convicção pessoal, nem confissão comunitária, mas está reduzida a um fato cultural. Aqui a Igreja enfrenta o desafio de ajudar os migrantes a manterem firme a fé, mesmo quando falta o apoio cultural que existia no país de origem, lançando mão inclusive de novas estratégias pastorais, assim como de métodos e linguagens para um acolhimento vivo da Palavra de Deus. Em alguns casos, trata-se duma ocasião para proclamar que, em Jesus Cristo, a humanidade se torna participante do mistério de Deus e da sua vida de amor, abrindo-se a um horizonte de esperança e de paz através, nomeadamente, do diálogo respeitoso e do testemunho concreto da solidariedade, enquanto, noutros casos, há a possibilidade de despertar a consciência cristã adormecida, através dum renovado anúncio da Boa Nova e duma vida cristã mais coerente para fazer descobrir a beleza do encontro com Cristo, que chama o cristão à santidade em todo o lado, mesmo em terra estrangeira.

Mas o atual fenômeno migratório é também uma oportunidade providencial para o anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo. Homens e mulheres provenientes das mais diversas regiões da terra, que ainda não encontraram Jesus Cristo ou que O conhecem só de maneira parcial, pedem para ser acolhidos em países de antiga tradição cristã. Em relação a eles, é necessário encontrar modalidades adequadas para que possam encontrar e conhecer Jesus Cristo e experimentar o dom inestimável da salvação, que para todos é fonte de «vida em abundância» (cf. Jo 10,10); os próprios migrantes desempenham um papel precioso a este respeito, porque podem, por sua vez, tornar-se «anunciadores da Palavra de Deus e testemunhas do Senhor Ressuscitado, esperança do mundo» (Exort. apost. Verbum Domini, 105).

No exigente itinerário da nova evangelização em âmbito migratório, assumem um papel decisivo os agentes pastorais – sacerdotes, religiosos/as e leigos/as – que se encontram a trabalhar num contexto cada vez mais pluralista; em comunhão com os seus Bispos, inspirando-se no Magistério da Igreja, convido-os a procurar caminhos de partilha fraterna e anúncio respeitoso, superando contrastes e nacionalismos. Por sua vez, as Igrejas tanto de proveniência, como de trânsito e de acolhimento dos fluxos migratórios saibam intensificar a sua cooperação em benefício tanto dos que partem como daqueles que chegam e, em todo o caso, de quantos têm necessidade de encontrar no seu caminho o rosto misericordioso de Cristo no acolhimento do próximo. Para uma frutuosa pastoral de comunhão, poderá ser útil atualizar as tradicionais estruturas que atendem os migrantes e os refugiados, dotando-as de modelos que correspondam melhor às novas situações em que aparecem diferentes culturas e povos a interagir.

Os refugiados que pedem asilo, fugindo de perseguições, violências e situações que põem em perigo a sua vida, têm necessidade da nossa compreensão e acolhimento, do respeito pela sua dignidade humana e seus direitos, assim como da consciência dos seus deveres. O seu sofrimento reclama dos diversos Estados e da comunidade internacional que haja atitudes de mútuo acolhimento, superando temores e evitando formas de discriminação e que se procure tornar concreta a solidariedade também mediante adequadas estruturas de hospitalidade e programas de reinserção. Tudo isto exige uma ajuda recíproca entre as regiões que sofrem e aquelas que, anos após anos, acolhem um grande número de pessoas em fuga e também uma maior partilha de responsabilidades entre os Estados.

A imprensa e os outros meios de comunicação desempenham um papel importante para fazer conhecer, com imparcialidade, objetividade e honestidade, a situação de quantos foram forçados a deixar a sua pátria e os seus afetos e desejam começar a construir uma nova existência.

As comunidades cristãs reservem particular atenção aos trabalhadores migrantes e suas famílias, acompanhando-os com a oração, a solidariedade e a caridade cristã; valorizando aquilo que enriquece reciprocamente e promovendo novos projetos políticos, econômicos e sociais, que favoreçam o respeito pela dignidade de cada pessoa, a tutela da família, o acesso a uma habitação condigna, ao trabalho e à assistência.

Sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e, sobretudo, os jovens e as jovens, mostrem-se sensíveis e ajudem incontáveis irmãs e irmãos que, tendo fugido da violência, se devem confrontar com novos estilos de vida e com dificuldades de integração. O anúncio da salvação em Jesus Cristo será fonte de alívio, esperança e «alegria completa» (cf. Jo 15,11).

Por fim, desejo recordar a situação de numerosos estudantes vindos de outros países que enfrentam problemas de inserção, dificuldades burocráticas, aflições na busca de alojamento e de estruturas de acolhimento. De modo particular, as comunidades cristãs mostrem-se sensíveis com tantos jovens que, além do crescimento cultural, têm necessidade – precisamente devido à sua tenra idade – de pontos de referência, cultivando no seu coração uma profunda sede de verdade e o desejo de encontrar Deus. De modo especial, as Universidades de inspiração cristã sejam lugares de testemunho e de irradiação da nova evangelização, aparecendo seriamente comprometidas, no ambiente acadêmico, não só em cooperar para o progresso social, cultural e humano, mas também em promover o diálogo entre as culturas, valorizando a contribuição que podem dar os estudantes estrangeiros. Estes sentir-se-ão impelidos a tornar-se, eles mesmos, protagonistas da nova evangelização, se encontrarem testemunhas autênticas do Evangelho e modelos de vida cristã.

Queridos amigos, invoquemos a intercessão de «Nossa Senhora do Caminho», para que o anúncio jubiloso da salvação de Jesus Cristo infunda esperança no coração daqueles que se encontram, em condições de mobilidade, pelas estradas do mundo. A todos asseguro a minha oração e concedo a Bênção Apostólica.

Vaticano, 21 de Setembro de 2011.

Benedictus PP. XVI
Fonte: Blog d CNBB





Nota de condolências da CNBB pelo falecimento de Dom José Freire de Oliveira Neto

O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, assina nota de pesar pelo falecimento do bispo emérito de Mossoró (RN), Dom José Freire de Oliveira Neto, sepultado na manhã desta quarta-feira, 11 de novembro, na catedral de Maceió.
Leia a Nota:
Nota de pesar pelo falecimento de Dom José Freire de Oliveira Neto

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta seu pesar pelo falecimento de Dom José Freire de Oliveira Neto, bispo emérito de Mossoró (RN), 83 anos, ocorrido na madrugada do dia 10 de janeiro de 2012.
O ministério episcopal de Dom José Freire foi inteiramente dedicado ao povo de Mossoró. Nomeado bispo auxiliar pelo Papa Paulo VI em 03 de novembro 1973, foi nomeado bispo coadjutor em 1979 e assumiu como bispo diocesano em 1984. Desde aquele tempo até 2004, quando renunciou, deu um testemunho cristalino de pastor zeloso.
O seu lema episcopal, retirado do início da Carta de São Paulo aos Filipenses e assumido em sua missão, levou luz para um apostolado frutuoso realizado em favor das comunidades de fé: “Configuratus Morti Ejus” (Semelhante a Ele na morte). Dom José Freire, sempre fiel ao Evangelho e à Igreja, esteve à frente no empenho pela valorização do compromisso de todos na transformação do mundo. Sua ação evangelizadora foi marcada por um permanente incentivo às pastorais da diocese e pela atuação corajosa que exercia no seio da sociedade.
Manifestamos nossa solidariedade fraterna e estamos unidos aos familiares de Dom José Freire, ao bispo diocesano Dom Mariano Manzana, e aos irmãos e irmãs da Diocese de Mossoró que, neste momento, agradecem a Deus pela vida de um grande bispo da Igreja no Brasil.
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

A defesa da vida é o novo nome da Paz

Na Hungria, manifestações para exigir o direito à vida desde a sua concepção

ROMA, terça-feira, 10 de janeiro de 2012(ZENIT.org) - Dia 28 de dezembro de 2011, festa dos Santos Mártires Inocentes, mais de 1.000 defensores da vida humana - incluindo uma criança de um ano que sobreviveu ao aborto se reuniram para exigir o direito à vida desde a sua concepção.
***
Além da criança de um ano, que sbreviveu ao aborto, estavam presentes na manifestação, o cirurgião András Csókay; o monsenhor Andreas Laun, bispo de Salzburg (Áustria); o monsenhor Ioan Chisarau, bispo grego-católico de Temesvár (Romenia), juntamente com delegações dos movimentos Pró-Vida da Eslováquia, Ucrânia, Polônia, Grã-Bretanha e Suécia se reuniram em frente à sede do Presidente Húngaro, para expressar o seu apoio à vida que nasce.
Em nome destes, Imre Téglásy, fundador e presidente da Alfa, um movimento pela vida magiar, em consonância com a declaração da nova Constituição Húngara, que entrou em vigor em 01 de janeiro de 2012, pediu uma moratória sobre o aborto e a defesa de todos os meninos e meninas concebidos.
A carta entregue ao Presidente da República Húngara e a sua esposa, começa e termina com uma exortação: “Paz ao mundo! Paz para nós mesmos – paz às crianças concebidas! Paz no ventre!”
Em referência ao artigo 25 da Nova Constituição que afirma:“A dignidade humana é inviolável. Todo ser humano tem o direito à vida e à dignidade humana, a vida do concebido deve ser protegida desde a sua concepção.”
Em seguida, a carta diziia que é possível “cobrir o passado em paz, dando à luz a um, futuro de vida”, e continua explicando que a lei da natureza “encoraja a todos à reprodução e à defesa da vida que nasce.”
A lei básica que rege a vida civil é a do amor, do cuidado para com os outros seres humanos. A este respeito, recorda a prole de Antígona, que diz: - “Estão na terra para amar e não para odiar.”
E é sobre esta lei, que se fundamenta o juramento de Hipócrates, que diz :- “A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo, não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva”.
Com referência ao juramento de Hipócrates, os manifestantes pró-vida
pedem para que sejam proclamadas várias jornadas, em que não será praticada a interrupção voluntária da gravidez.
E elogiando a nova Constituição Húngara, que defende a vida, os manifestantes concluíram solicitando ao presidente e a sua esposa de estender a política em favor dos nascituros a toda a Europa, a fim de criar uma nova renascença.

Fonte: Zenit - O Mundo visto de Roma

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Congregação para Doutrina da Fé divulga nota pastoral com indicação para o Ano da Fé

A Congregação para a Doutrina da Fé divulgou, neste sábado, 7, uma nota com as indicações pastorais para o Ano da Fé. A nota contempla todos os níveis da Igreja, desde o nível universal, das Conferências Episcopais, diocesano e em nível das paróquias, comunidades, associações e movimentos.
Com a Carta Apostólica Porta Fidei, de 11 de outubro de 2011, o Santo Padre, Bento XVI convocou um Ano da Fé. Ele começará no dia 11 de outubro 2012, por ocasião do quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e terminará em 24 de novembro de 2013, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Este ano será uma ocasião propícia a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é “o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. Fundamentada no encontro com Jesus Cristo ressuscitado, a fé poderá ser redescoberta na sua integridade e em todo o seu esplendor. “Também nos nossos dias a fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar” para que o Senhor “conceda a cada um de nós vivermos a beleza e a alegria de sermos cristãos”.
O início do Ano da Fé coincide com a recordação de dois grandes eventos que marcaram a face da Igreja nos nossos dias: o quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, desejado pelo beato João XXIII (11 de outubro de 1962), e o vigésimo aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, oferecido à Igreja pelo beato João Paulo II (11 de outubro de 1992).

Concílio, segundo o papa João XXIII, quis “transmitir pura e íntegra a doutrina, sem atenuações nem subterfúgios”, empenhando-se para que “esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso tempo”. A este propósito, continua sendo de importância decisiva o início da Constituição dogmática Lumen Gentium: “A luz dos povos é Cristo: por isso, este sagrado Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente iluminar com a Sua luz, que resplandece no rosto da Igreja, todos os homens, anunciando o Evangelho a toda a criatura (cfr. Mc. 16,15)”.

A partir da luz de Cristo, que purifica, ilumina e santifica na celebração da sagrada liturgia (cf. Constituição Sacrosanctum Concilium) e com a sua palavra divina (cf. Constituição dogmática Dei Verbum), o Concílio quis aprofundar a natureza íntima da Igreja (cf. Constituição dogmática Lumen gentium) e a sua relação com o mundo contemporâneo (cf. Constituição pastoral Gaudium et spes). Ao redor das suas quatro Constituições, verdadeiras pilastras do Concílio, se agrupam as Declarações e os Decretos, que enfrentam alguns dos maiores desafios do tempo.

Depois do Concílio, a Igreja se empenhou na assimilação (receptio) e na aplicação do seu rico ensinamento, em continuidade com toda a Tradição, sob a guia segura do Magistério. A fim de favorecer a correta assimilação do Concílio, os Sumos Pontífices convocaram amiúde o Sínodo dos Bispos , instituído pelo Servo de Deus Paulo VI em 1965, propondo à Igreja orientações claras por meio das diversas Exortações apostólicas pós-sinodais. A próxima Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos, no mês de outubro de 2012, terá como tema: A nova evangelização para a transmissão da fé cristã.

Desde o começo do seu pontificado, o papa Bento XVI se empenhou de maneira decisiva por uma correta compreensão do Concílio, rechaçando como errônea a assim chamada “hermenêutica da descontinuidade e da ruptura” e promovendo aquela que ele mesmo chamou de “’hermenêutica da reforma’”, da renovação na continuidade do único sujeito-Igreja, que o Senhor nos concedeu; é um sujeito que cresce no tempo e se desenvolve, permanecendo porém sempre o mesmo, único sujeito do Povo de Deus a caminho”.

O Catecismo da Igreja Católica, pondo-se nesta linha, é, de um lado, “verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II”, e de outro pretende favorecer a sua assimilação. O Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985, convocado por ocasião do vigésimo aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II e para efetuar um balanço da sua assimilação, sugeriu que fosse preparado este Catecismo a fim de oferecer ao Povo de Deus um compêndio de toda a doutrina católica e um texto de referência segura para os catecismos locais. O Papa João Paulo II acolheu a proposta como desejo “de responder plenamente a uma necessidade verdadeira da Igreja Universal e das Igrejas particulares”. Redigido em colaboração com todo o Episcopado da Igreja Católica, este Catecismo “exprime verdadeiramente aquela a que se pode chamar a ‘sinfonia da fé’”.

O Catecismo compreende “coisas novas e velhas (cf. Mt 13,52), porque a fé é sempre a mesma e simultaneamente é fonte de luzes sempre novas. Para responder a esta dupla exigência, o ‘Catecismo da Igreja Católica’ por um lado retoma a ‘antiga’ ordem, a tradicional, já seguida pelo Catecismo de São Pio V, articulando o conteúdo em quatro partes: o Credo; a sagrada Liturgia, com os sacramentos em primeiro plano; o agir cristão, exposto a partir dos mandamentos; e por fim a oração cristã. Mas, ao mesmo tempo, o conteúdo é com freqüência expresso de um modo ‘novo’, para responder às interrogações da nossa época”.

Este Catecismo é “um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé.” . Nele os conteúdos da fé encontram “a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé”.
O Ano da Fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé, para que todos os membros da Igreja sejam testemunhas credíveis e alegres do Senhor ressuscitado no mundo de hoje, capazes de indicar a “porta da fé” a tantas pessoas que estão em busca. Esta “porta” escancara o olhar do homem para Jesus Cristo, presente no nosso meio “todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20). Ele nos mostra como “a arte de viver” se aprende “numa relação profunda com Ele”. “Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé”.

Por ordem do papa Bento XVI, a Congregação para a Doutrina da Fé redigiu a presente Nota, em acordo com os Dicastérios competentes da Santa Sé e com a contribuição do Comitê para a preparação do Ano da Fé , com algumas indicações para viver este tempo de graça, sem excluir outras propostas que o Espírito Santo quiser suscitar entre os Pastores e os fiéis nas diversas partes do mundo.

Indicações

“Eu sei em quem pus a minha fé” (2 Tm 1, 12): esta palavra de São Paulo nos ajuda a compreender que “antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus”. A fé como confiança pessoal no Senhor e a fé que professamos no Credo são inseparáveis, se atraem e se exigem reciprocamente. Existe uma ligação profunda entre a fé vivida e os seus conteúdos: a fé das testemunhas e dos confessores é também a fé dos apóstolos e dos doutores da Igreja.

Neste sentido, as seguintes indicações para o Ano da Fé desejam favorecer tanto o encontro com Cristo por meio de autênticas testemunhas da fé, quanto o conhecimento sempre maior dos seus conteúdos. Trata-se de propostas que visam solicitar, de maneira exemplificativa, a pronta responsabilidade eclesial diante do convite do Santo Padre a viver em plenitude este Ano como um especial “tempo de graça”. A redescoberta alegre da fé poderá contribuir também a consolidar a unidade e a comunhão entre as diversas realidades que compõem a grande família da Igreja.

I. Em nível da Igreja universal

1. O principal evento eclesial no começo do Ano da Fé será a XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Bento XVI para o mês de outubro de 2012 e dedicada à Nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Durante este Sínodo, no dia 11 de outubro de 2012, acontecerá uma celebração solene de inauguração do Ano da Fé, recordando o qüinquagésimo aniversário de abertura do Concílio Vaticano II.

2. No Ano da Fé devem-se encorajar as romarias dos fiéis à Sé de Pedro, para ali professarem a fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, unindo-se àquele que é chamado hoje a confirmar seus irmãos na fé (cf. Lc 22, 32). Será importante favorecer também as romarias à Terra Santa, lugar que por primeiro viu a presença de Jesus, o Salvador, e de Maria, sua mãe.

3. No decorrer deste Ano será útil convidar os fiéis a se dirigirem com devoção especial a Maria, figura da Igreja, que “reúne em si e reflete os imperativos mais altos da nossa fé”. Assim pois deve-se encorajar qualquer iniciativa que ajude os fiéis a reconhecer o papel especial de Maria no mistério da salvação, a amá-la filialmente e a seguir a sua fé e as suas virtudes. A tal fim será muito conveniente organizar romarias, celebrações e encontros junto dos maiores Santuários.

4. A próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em 2013 oferecerá uma ocasião privilegiada aos jovens para experimentar a alegria que provém da fé no Senhor Jesus e da comunhão com o Santo Padre, na grande família da Igreja.

5. Deseja-se que sejam organizados simpósios, congressos e encontros de grande porte, também a nível internacional, que favoreçam o encontro com autênticos testemunhos da fé e o conhecimento dos conteúdos da doutrina católica. Demonstrando como também hoje a Palavra de Deus continua a crescer e a se difundir, será importante dar testemunho de que em Jesus Cristo “encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano” e que a fé “se torna um novo critério de entendimento e de ação que muda toda a vida do homem”. Alguns congressos serão dedicados à redescoberta dos ensinamentos do Concílio Vaticano II.

6. Para todos os crentes, o Ano da Fé oferecerá uma ocasião favorável para aprofundar o conhecimento dos principais Documentos do Concílio Vaticano II e o estudo do Catecismo da Igreja Católica. Isto vale de modo particular para os candidatos ao sacerdócio, sobretudo durante o ano propedêutico ou nos primeiros anos dos estudos teológicos, para as noviças e os noviços dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica, bem como para aqueles que vivem um período de prova para incorporar-se a uma Associação ou a um Movimento eclesial.

7. Este Ano será a ocasião propícia para acolher com maior atenção as homilias, as catequeses, os discursos e as outras intervenções do Santo Padre. Os Pastores, as pessoas consagradas e os fiéis leigos serão convidados a um empenho renovado de efetiva e cordial adesão ao ensinamento do Sucessor de Pedro.

8. Durante o Ano da Fé, se deseja que haja várias iniciativas ecumênicas, em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, com o fim de invocar e favorecer “a restauração da unidade entre todos os cristãos” que é “um dos principais propósitos do sagrado Concílio Ecumênico Vaticano II”. Em particular, acontecerá uma solene celebração ecumênica a fim de reafirmar a fé em Cristo por parte de todos os batizados.

9. Junto ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização será instituída uma Secretaria especial para coordenar as diversas iniciativas relativas ao Ano da Fé, promovidas pelos vários Dicastérios da Santa Sé ou que tenham relevância para a Igreja universal. Será conveniente informar com tempo esta Secretaria sobre os principais eventos organizados: ela também poderá sugerir iniciativas oportunas a respeito. A Secretaria abrirá para tanto um site internet com a finalidade de oferecer todas as informações úteis para viver de modo eficaz o Ano da Fé.

10. Por ocasião da conclusão deste Ano, na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, acontecerá uma Eucaristia celebrada pelo Santo Padre, na qual se renovará solenemente a profissão de fé.

II. Em nível das Conferências Episcopais

1. As Conferências Episcopais poderão dedicar uma jornada de estudo ao tema da fé, do seu testemunho pessoal e da sua transmissão às novas gerações, na consciência da missão específica dos Bispos como mestres e “arautos da fé”.

2. Será útil favorecer a republicação dos Documentos do Concílio Vaticano II, do Catecismo da Igreja Católica e do seu Compêndio, também em edições de bolso e econômicas, e a sua maior difusão possível com a ajuda dos meios eletrônicos e das tecnologias modernas.

3. Deseja-se um esforço renovado para traduzir os Documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica nas línguas em que ainda não existem. Encorajam-se as iniciativas de sustento caritativo para tais traduções nas línguas locais dos Países em terra de missão, onde as Igrejas particulares não podem arcar com as despesas. Tudo isto seja feito sob a guia da Congregação para a Evangelização dos Povos.

4. Os Pastores, haurindo das novas linguagens de comunicação, devem se empenhar para promover transmissões televisivas ou radiofônicas, filmes e publicações, também em nível popular e acessíveis a um grande público, sobre o tema da fé, dos seus princípios e conteúdos, como também sobre o significado eclesial do Concílio Vaticano II.

5. Os Santos e os Beatos são as autênticas testemunhas da fé. Portanto será oportuno que as Conferências Episcopais se empenhem para difundir o conhecimento dos Santos do próprio território, utilizando também os modernos meios de comunicação social.

6. O mundo contemporâneo é sensível à relação entre fé e arte. Neste sentido, se aconselha às Conferências Episcopais a valorizar adequadamente, em função catequética e eventualmente em colaboração ecumênica, o patrimônio das obras de arte presentes nos lugares confiados à sua cura pastoral.

7. Os docentes nos Centros de estudos teológicos, nos Seminários e nas Universidades católicas são convidados a verificar a relevância, no exercício do próprio magistério, dos conteúdos do Catecismo da Igreja Católica e das implicações que daí derivam para as respectivas disciplinas.

8. Será útil preparar, com a ajuda de teólogos e autores competentes, subsídios de divulgação com caráter apologético (cf. 1 Pd 3, 15). Assim cada fiel poderá responder melhor às perguntas que se fazem nos diversos âmbitos culturais, ora no tocante aos desafios das seitas, ora aos problemas ligados ao secularismo e ao relativismo, ora “a uma série de interrogativos, que provêm duma diversa mentalidade que, hoje de uma forma particular, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas”, como também a outras dificuldades específicas.

9. Deseja-se um controle dos catecismos locais e dos vários subsídios catequéticos em uso nas Igrejas particulares, para garantir a sua conformidade plena com o Catecismo da Igreja Católica. No caso em que alguns catecismos ou subsídios não estejam em plena sintonia com o Catecismo, ou revelem algumas lacunas, poder-se-á encetar a elaboração de novos, eventualmente segundo o exemplo e a ajuda de outras Conferências Episcopais que já providenciaram à sua redação.

10. Será oportuna, em colaboração com a competente Congregação para a Educação Católica, um controle da presença dos conteúdos do Catecismo da Igreja Católica na Ratio da formação dos futuros sacerdotes e no Curriculum dos seus estudos teológicos.

III. Em nível diocesano

1. Deseja-se uma celebração de abertura do Ano da Fé e uma solene conclusão do mesmo a nível de cada Igreja particular, ocasião para “confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro”.

2. Será oportuno organizar em cada Diocese do mundo uma jornada sobre o Catecismo da Igreja Católica, convidando especialmente os sacerdotes, as pessoas consagradas e os catequistas. Nesta ocasião, por exemplo, as Eparquias orientais católicas poderiam preparar um encontro com os sacerdotes para testemunhar a sensibilidade específica e a tradição litúrgica próprias ao interno da única fé em Cristo; assim as jovens Igrejas particulares nas terras de missão poderão ser convidadas a oferecer um testemunho renovado daquela alegria na fé que tanto as caracterizam.

3. Cada Bispo poderá dedicar uma sua Carta pastoral ao tema da fé, recordando a importância do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica levando em conta as circunstâncias pastorais específicas da porção de fiéis a ele confiada.

4. Deseja-se que em cada Diocese, sob a responsabilidade do Bispo, sejam organizados momentos de catequese, destinados aos jovens e àqueles que estão em busca de um sentido para a vida, com a finalidade de descobrir a beleza da fé eclesial, e que sejam promovidos encontros com as testemunhas significativas da mesma.

5. Será oportuno controlar a assimilação (receptio) do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica na vida e na missão de cada Igreja particular, especialmente em âmbito catequético. Neste sentido se deseja um empenho renovado por parte dos Ofícios catequéticos das Dioceses, os quais – com o apoio das Comissões para a Catequese das Conferências Episcopais ; têm o dever de providenciar à formação dos catequistas no que diz respeito aos conteúdos da fé.

6. A formação permanente do clero poderá ser concentrada, especialmente neste Ano da Fé, nos Documentos do Concílio Vaticano II e no Catecismo da Igreja Católica, tratando, por exemplo, de temas como “o anúncio do Cristo ressuscitado”, “a Igreja, sacramento de salvação”, “a missão evangelizadora no mundo de hoje”, “fé e incredulidade”, “fé, ecumenismo e diálogo interreligioso”, “fé e vida eterna”, “a hermenêutica da reforma na continuidade”, “o Catecismo na preocupação pastoral ordinária”.

7. Os Bispos são convidados a organizar, especialmente no período da quaresma, celebrações penitenciais nas quais se peça perdão a Deus, também e particularmente, pelos pecados contra a fé. Este Ano será também um tempo favorável para se aproximar com maior fé e maior freqüência do sacramento da Penitência.

8. Deseja-se um envolvimento do mundo acadêmico e da cultura por uma renovada ocasião de diálogo criativo entre fé e razão por meio de simpósios, congressos e jornadas de estudo, especialmente nas Universidades católicas, mostrando “que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas, embora por caminhos diferentes, tendem para a verdade.

9. Será importante promover encontros com pessoas que, “embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo”, inspirando-se também nos diálogos do Pátio dos Gentios, organizados sob a guia do Conselho Pontifício para a Cultura.

10. O Ano da Fé poderá ser uma ocasião para prestar uma maior atenção às Escolas católicas, lugares próprios para oferecer aos alunos um testemunho vivo do Senhor e para cultivar a sua fé com uma referência oportuna à utilização de bons instrumentos catequéticos, como por exemplo, o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica ou como o Youcat.

IV. Em nível das paróquias / comunidades / associações / movimentos

1. Em preparação para o Ano da Fé, todos os fiéis são convidados a ler e meditar atentamente a Carta apostólica Porta fidei do Santo Padre Bento XVI.

2. O Ano da Fé “será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia”. Na Eucaristia, mistério da fé e fonte da nova evangelização, a fé da Igreja é proclamada, celebrada e fortalecida. Todos os fiéis são convidados a participar dela conscientemente, ativamente e frutuosamente, a fim de serem testemunhas autênticas do Senhor.

3. Os sacerdotes poderão dedicar maior atenção ao estudo dos Documentos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica, tirando daí fruto para a pastoral paroquial – a catequese, a pregação, a preparação aos sacramentos – e propondo ciclos de homilias sobre a fé ou sobre alguns dos seus aspectos específicos, como por exemplo “o encontro com Cristo”, “os conteúdos fundamentais do Credo”, “a fé e a Igreja”.

4. Os catequistas poderão haurir sobremaneira da riqueza doutrinal do Catecismo da Igreja Católica e guiar, sob a responsabilidade dos respectivos párocos, grupos de fiéis à leitura e ao aprofundimento deste precioso instrumento, a fim de criar pequenas comunidades de fé e de testemunho do Senhor Jesus.

5. Deseja-se que nas paróquias haja um empenho renovado na difusão e na distribuição do Catecismo da Igreja Católica ou de outros subsídios adequados às famílias, que são autênticas igrejas domésticas e primeiro lugar da transmissão da fé, como por exemplo no contexto das bênçãos das casas, dos Batismos dos adultos, das Crismas, dos Matrimônios. Isto poderá contribuir para a confissão e aprofundimento da doutrina católica “nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre”.

6. Será oportuno promover missões populares e outras iniciativas nas paróquias e nos lugares de trabalho para ajudar os fiéis a redescobrir o dom da fé batismal e a responsabilidade do seu testemunho, na consciência de que a vocação cristã “é também, por sua própria natureza, vocação ao apostolado”.

7. Neste tempo, os membros dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica são solicitados a se empenhar na nova evangelização, com uma adesão renovada ao Senhor Jesus, pela contribuição dos próprios carismas e na fidelidade ao Santo Padre e à sã doutrina.

8. As Comunidades contemplativas durante o Ano da Fé dedicarão uma intenção de oração especial para a renovação da fé no Povo de Deus e para um novo impulso na sua transmissão às jovens gerações.

9. As Associações e os Movimentos eclesiais são convidados a serem promotores de iniciativas específicas, as quais, pela contribuição do próprio carisma e em colaboração com os Pastores locais, sejam inseridas no grande evento do Ano da Fé. As novas Comunidades e os Movimentos eclesiais, de modo criativo e generoso, saberão encontrar os modos mais adequados para oferecer o próprio testemunho de fé ao serviço da Igreja.

10. Todos os fiéis, chamados a reavivar o dom da fé, tentarão comunicar a própria experiência de fé e de caridade dialogando com os seus irmãos e irmãs, também com os das outras confissões cristãs, com os seguidores de outras religiões e com aqueles que não crêem ou são indiferentes. Deste modo se deseja que todo o povo cristão comece uma espécie de missão endereçada aqueles com os quais vive e trabalha, com consciência de ter recebido “a mensagem da salvação para a comunicar a todos”.

Conclusão

A fé “é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo”. A fé é um ato pessoal e ao mesmo tempo comunitário: é um dom de Deus que deve ser vivenciado na grande comunhão da Igreja e deve ser comunicado ao mundo. Cada iniciativa para o Ano da Fé quer favorecer a alegre redescoberta e o testemunho renovado da fé. As indicações aqui oferecidas têm o fim de convidar todos os membros da Igreja ao empenho a fim de que este Ano seja a ocasião privilegiada para partilhar aquilo que o cristão tem de mais caro: Cristo Jesus, Redentor do homem, Rei do Universo, “autor e consumador da fé” (Heb 12, 2).

Roma, da Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, aos 6 de janeiro de 2012, Solenidade da Epifania do Senhor.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

DIZEI AOS JOVENS, QUE VOS ESPERO NO PARAISO!

 Dom Bosco, ou são João Bosco, é o santo padroeiro dos jovens. A datação de sua morte, porém, não mostrava uma juventude em idade. Morreu aos 72 anos, e nesse período de vida, dedicou-se ao serviço do amor.
Não se enganem: sua santidade não provém da imposição das mãos que recebeu - o Sacramento da Ordem. O que o fez santo, então? Devem se perguntar. A sua resposta de amor ao chamamento que Deus lhe fez, diz sua vida.
Desde sua meninice ele pode experimentar a mística de Deus através de seus sonhos. Deus lhe falava de uma conversão/educação diferente. E ele foi em busca desse pedido de Deus. Descobriu que a arma pedagógica mais importante nessa batalha era o amor. Este santo possuía a missão de trabalhar com os jovens, fazê-los de Deus e por isso batalhou. Até seu último suspiro foi em prol dos jovens. Tudo para levá-los ao céu. Confiou cegamente na providência de Deus, pois sem nada conseguiu construir colégios que trabalhava segundo sua pedagogia do amor, construiu Igrejas e vestir tantos meninos e meninas.
"Jovens, o céu também é para vocês!", é o brado que Dom Bosco nos dá hoje. Seu último suspiro foi um clamor: "Dizei aos jovens que eu os espero no paraíso". E o que você faz para conseguir contemplar a face de Deus? Dom Bosco se doou por você. Se doe por Deus. Ame-O. Como viver como Dom Bosco? Utilizemos a pedagogia do amor: vamos educar, evangelizar, falar, viver através do amor, da serenidade, atrair através das maravilhas feitas por Deus! Amemo-nos!
Não é através de "palavrões", chingamentos, olhares atravessados, brigas, confusões que iremos nos diferenciar e cativar, mas através do amor. Sim, já disse isso diversas vezes, parece fácil de compreender, mas não é fácil viver essa pedagogia! Temos de exercitá-la: trocar uma resposta grosseira por um sorriso, um calar-se para evitar uma discussão, aceitar sair "derrotado" em uma briga, falar calmamente, evitar gritar com as crianças!
Educadores, pais, alunos, São João Bosco nos fala para considerarmos (nossos alunos, filhos, amigos...) como filhos, pondo-nos a seu serviço, e não dominando. Estejamos a serviço do amor. Assim como dom Bosco veio para servir, a exemplo do MESTRE, sirvamos. Estejamos a serviço, e a serviço COM amor. Não percamos tempo, evangelizemos, sobretudo com nossas vidas!
Sua vida também nos reporta a confiança em Deus. Feche os olhos e se entregue. Confie na providência. Deus não nos desampara! Siga Seu caminho e Ele te guiará, te levantará depois das quedas. Confie que as dores e feridas causadas pela cruz que carregamos hoje serão limpas pelo Sangue do Cordeiro Imolado. Seja a imagem de Deus para o próximo, como dom Bosco foi. Não fiquemos de braços cruzados perante as inustiças, sejamos ousados. Sejamos de CRISTO!
Jovens, dom Bosco vos espera! Não temas em atender ao seu chamado! Sejamos como são Domingos Sávio, que aprendeu com esse santo, e encantando por tamanha sede de santidade, quis também beber da fonte! E, assim como ele, peçamos a ajuda de nossa Mãe, que por sua intercessão, possamos contemplar a face de seu Filho e que possamos ser plenos!
Termino aqui, com outra frase dele: "Dai-me almas e ficai com o resto. O QUE IMPORTA É A JUVENTUDE SANTA".

Fonte: pcoroinhaspsga.blogspot.com