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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mensagem do papa Bento XVI demonstra preocupação com deslocamentos migratórios

Neste domingo, dia 15 de janeiro, a Igreja celebra o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. O tema central da mensagem do papa Bento XVI foi “Migrações e nova evangelização”, intimamente ligado à ideia de migrações como característica nos dias atuais. O Sumo Pontífice manifestou sua preocupação com a complexidade dos deslocamentos migratórios, e aconselhou aos cristãos que assumam o compromisso da Nova Evangelização com a acolhida fraterna do irmão migrante e refugiado.
Na mensagem, o papa quer sensibilizar a todos sobre a situação desumana que milhares de pessoas, migrantes e refugiadas, em todo o mundo são submetidas, tendo seus direitos e dignidade humana desrespeitados. O pontífice utiliza expressões como “novo vigor”, “novas modalidades”, “novas problemáticas”, “novas estratégias pastorais”, “novas situações”, para sinalizar a ideia de novas condutas e atitudes. “A hora presente chama a Igreja a realizar uma nova evangelização inclusive no vasto e complexo fenômeno da mobilidade humana, intensificando a ação missionária tanto nas regiões de primeiro anúncio, como nos países de tradição cristã”, propõe o Santo Padre.

Segundo o papa, na sociedade contemporânea, em busca de melhores condições de vida, ou para fugir de condições de violência, como guerras, miséria e catástrofes naturais, foi produzida uma grande mistura de pessoas e de povos sem precedentes, com novas problemáticas do ponto de vista não só humano, mas também ético, étnico, religioso e espiritual. “A Igreja enfrenta o desafio de ajudar os migrantes a manterem firme a fé, mesmo quando falta o apoio cultural que existia no país de origem, lançando mão inclusive de novas estratégias pastorais, assim como de métodos e linguagens para um acolhimento vivo da Palavra de Deus”.

Conforme a mensagem do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2010, Bento XVI, reiterou a necessidade do diálogo entre distintos povos e culturas diante da falta de fé e fraternidade cristãs. O pontífice finalizou a mensagem de 2012, convocando aos cristãos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas, sobretudo, os jovens e as jovens, que se mostrem sensíveis e ajudem aos inúmeros “irmãs e irmãos que, tendo fugido da violência, devam se confrontar com novos estilos de vida e com dificuldades de integração”.

Leia agora a Mensagem do papa para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2012:

Migrações e nova evangelização

Queridos Irmãos e Irmãs!

Anunciar Jesus Cristo, único Salvador do mundo, «constitui a missão essencial da Igreja, tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes» (Exort. apost. Evangelii nuntiandi, 14). Aliás, hoje, sentimos a urgência de promover, com novo vigor e novas modalidades, a obra de evangelização num mundo onde a queda das fronteiras e os novos processos de globalização deixaram as pessoas e os povos ainda mais próximos, tanto pela expansão dos meios de comunicação, como pela frequência e a facilidade com que indivíduos e grupos se podem deslocar. Nesta nova situação, devemos despertar em cada um de nós o entusiasmo e a coragem que impeliram as primeiras comunidades cristãs a ser intrépidas anunciadoras da novidade evangélica, fazendo ressoar no nosso coração as palavras de São Paulo: «Se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar!» (1 Cor 9,16).

O tema, que escolhi para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado em 2012 – «Migrações e nova evangelização» –, nasce desta realidade. De fato, a hora presente chama a Igreja a realizar uma nova evangelização inclusive no vasto e complexo fenômeno da mobilidade humana, intensificando a ação missionária tanto nas regiões de primeiro anúncio, como nos países de tradição cristã.

O Beato João Paulo II convidava-nos a «alimentar-nos da Palavra para sermos “servos da Palavra” no trabalho da evangelização... numa situação que se vai tornando cada vez mais variada e difícil com a progressiva mistura de povos e culturas que caracteriza o novo contexto da globalização» (Carta apost. Novo millennio ineunte, 40). Com efeito, as migrações dentro ou para fora da nação, como solução para a busca de melhores condições de vida ou para fugir de eventuais perseguições, guerras, violência, fome e catástrofes naturais, produziram uma mistura de pessoas e de povos sem precedentes, com novas problemáticas do ponto de vista não só humano, mas também ético, religioso e espiritual.

As atuais e palpáveis consequências da secularização, a aparição de novos movimentos sectários, uma difundida insensibilidade à fé cristã, uma acentuada tendência à fragmentação, tornam difícil focalizar uma referência unificadora que encoraje a formação de «uma só família de irmãos e irmãs em sociedades que se tornam cada vez mais multiétnicas e interculturais, onde também as pessoas de várias religiões são estimuladas ao diálogo, para que se possa encontrar uma serena e frutuosa convivência no respeito das legítimas diferenças», como eu escrevia na Mensagem do ano passado para este Dia Mundial. O nosso tempo está marcado por tentativas de cancelar Deus e a doutrina da Igreja do horizonte da vida, enquanto ganham terreno a dúvida, o cepticismo e a indiferença, que gostariam de eliminar todo e qualquer referimento social e simbólico da fé cristã.

Em tal contexto, sucede frequentemente que os migrantes que conheceram Cristo e O aceitaram se sintam impelidos a considerá-Lo como não relevante na própria vida, a perder o sentido da fé, a deixar de se reconhecerem como parte da Igreja, acabando muitas vezes por viverem uma existência que já não é caracterizada por Cristo e pelo seu Evangelho. Cresceram no seio de povos marcados pela fé cristã, mas depois com frequência emigram para países onde os cristãos são uma minoria ou a antiga tradição de fé já não é convicção pessoal, nem confissão comunitária, mas está reduzida a um fato cultural. Aqui a Igreja enfrenta o desafio de ajudar os migrantes a manterem firme a fé, mesmo quando falta o apoio cultural que existia no país de origem, lançando mão inclusive de novas estratégias pastorais, assim como de métodos e linguagens para um acolhimento vivo da Palavra de Deus. Em alguns casos, trata-se duma ocasião para proclamar que, em Jesus Cristo, a humanidade se torna participante do mistério de Deus e da sua vida de amor, abrindo-se a um horizonte de esperança e de paz através, nomeadamente, do diálogo respeitoso e do testemunho concreto da solidariedade, enquanto, noutros casos, há a possibilidade de despertar a consciência cristã adormecida, através dum renovado anúncio da Boa Nova e duma vida cristã mais coerente para fazer descobrir a beleza do encontro com Cristo, que chama o cristão à santidade em todo o lado, mesmo em terra estrangeira.

Mas o atual fenômeno migratório é também uma oportunidade providencial para o anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo. Homens e mulheres provenientes das mais diversas regiões da terra, que ainda não encontraram Jesus Cristo ou que O conhecem só de maneira parcial, pedem para ser acolhidos em países de antiga tradição cristã. Em relação a eles, é necessário encontrar modalidades adequadas para que possam encontrar e conhecer Jesus Cristo e experimentar o dom inestimável da salvação, que para todos é fonte de «vida em abundância» (cf. Jo 10,10); os próprios migrantes desempenham um papel precioso a este respeito, porque podem, por sua vez, tornar-se «anunciadores da Palavra de Deus e testemunhas do Senhor Ressuscitado, esperança do mundo» (Exort. apost. Verbum Domini, 105).

No exigente itinerário da nova evangelização em âmbito migratório, assumem um papel decisivo os agentes pastorais – sacerdotes, religiosos/as e leigos/as – que se encontram a trabalhar num contexto cada vez mais pluralista; em comunhão com os seus Bispos, inspirando-se no Magistério da Igreja, convido-os a procurar caminhos de partilha fraterna e anúncio respeitoso, superando contrastes e nacionalismos. Por sua vez, as Igrejas tanto de proveniência, como de trânsito e de acolhimento dos fluxos migratórios saibam intensificar a sua cooperação em benefício tanto dos que partem como daqueles que chegam e, em todo o caso, de quantos têm necessidade de encontrar no seu caminho o rosto misericordioso de Cristo no acolhimento do próximo. Para uma frutuosa pastoral de comunhão, poderá ser útil atualizar as tradicionais estruturas que atendem os migrantes e os refugiados, dotando-as de modelos que correspondam melhor às novas situações em que aparecem diferentes culturas e povos a interagir.

Os refugiados que pedem asilo, fugindo de perseguições, violências e situações que põem em perigo a sua vida, têm necessidade da nossa compreensão e acolhimento, do respeito pela sua dignidade humana e seus direitos, assim como da consciência dos seus deveres. O seu sofrimento reclama dos diversos Estados e da comunidade internacional que haja atitudes de mútuo acolhimento, superando temores e evitando formas de discriminação e que se procure tornar concreta a solidariedade também mediante adequadas estruturas de hospitalidade e programas de reinserção. Tudo isto exige uma ajuda recíproca entre as regiões que sofrem e aquelas que, anos após anos, acolhem um grande número de pessoas em fuga e também uma maior partilha de responsabilidades entre os Estados.

A imprensa e os outros meios de comunicação desempenham um papel importante para fazer conhecer, com imparcialidade, objetividade e honestidade, a situação de quantos foram forçados a deixar a sua pátria e os seus afetos e desejam começar a construir uma nova existência.

As comunidades cristãs reservem particular atenção aos trabalhadores migrantes e suas famílias, acompanhando-os com a oração, a solidariedade e a caridade cristã; valorizando aquilo que enriquece reciprocamente e promovendo novos projetos políticos, econômicos e sociais, que favoreçam o respeito pela dignidade de cada pessoa, a tutela da família, o acesso a uma habitação condigna, ao trabalho e à assistência.

Sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e, sobretudo, os jovens e as jovens, mostrem-se sensíveis e ajudem incontáveis irmãs e irmãos que, tendo fugido da violência, se devem confrontar com novos estilos de vida e com dificuldades de integração. O anúncio da salvação em Jesus Cristo será fonte de alívio, esperança e «alegria completa» (cf. Jo 15,11).

Por fim, desejo recordar a situação de numerosos estudantes vindos de outros países que enfrentam problemas de inserção, dificuldades burocráticas, aflições na busca de alojamento e de estruturas de acolhimento. De modo particular, as comunidades cristãs mostrem-se sensíveis com tantos jovens que, além do crescimento cultural, têm necessidade – precisamente devido à sua tenra idade – de pontos de referência, cultivando no seu coração uma profunda sede de verdade e o desejo de encontrar Deus. De modo especial, as Universidades de inspiração cristã sejam lugares de testemunho e de irradiação da nova evangelização, aparecendo seriamente comprometidas, no ambiente acadêmico, não só em cooperar para o progresso social, cultural e humano, mas também em promover o diálogo entre as culturas, valorizando a contribuição que podem dar os estudantes estrangeiros. Estes sentir-se-ão impelidos a tornar-se, eles mesmos, protagonistas da nova evangelização, se encontrarem testemunhas autênticas do Evangelho e modelos de vida cristã.

Queridos amigos, invoquemos a intercessão de «Nossa Senhora do Caminho», para que o anúncio jubiloso da salvação de Jesus Cristo infunda esperança no coração daqueles que se encontram, em condições de mobilidade, pelas estradas do mundo. A todos asseguro a minha oração e concedo a Bênção Apostólica.

Vaticano, 21 de Setembro de 2011.

Benedictus PP. XVI
Fonte: Blog d CNBB





Nota de condolências da CNBB pelo falecimento de Dom José Freire de Oliveira Neto

O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, assina nota de pesar pelo falecimento do bispo emérito de Mossoró (RN), Dom José Freire de Oliveira Neto, sepultado na manhã desta quarta-feira, 11 de novembro, na catedral de Maceió.
Leia a Nota:
Nota de pesar pelo falecimento de Dom José Freire de Oliveira Neto

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta seu pesar pelo falecimento de Dom José Freire de Oliveira Neto, bispo emérito de Mossoró (RN), 83 anos, ocorrido na madrugada do dia 10 de janeiro de 2012.
O ministério episcopal de Dom José Freire foi inteiramente dedicado ao povo de Mossoró. Nomeado bispo auxiliar pelo Papa Paulo VI em 03 de novembro 1973, foi nomeado bispo coadjutor em 1979 e assumiu como bispo diocesano em 1984. Desde aquele tempo até 2004, quando renunciou, deu um testemunho cristalino de pastor zeloso.
O seu lema episcopal, retirado do início da Carta de São Paulo aos Filipenses e assumido em sua missão, levou luz para um apostolado frutuoso realizado em favor das comunidades de fé: “Configuratus Morti Ejus” (Semelhante a Ele na morte). Dom José Freire, sempre fiel ao Evangelho e à Igreja, esteve à frente no empenho pela valorização do compromisso de todos na transformação do mundo. Sua ação evangelizadora foi marcada por um permanente incentivo às pastorais da diocese e pela atuação corajosa que exercia no seio da sociedade.
Manifestamos nossa solidariedade fraterna e estamos unidos aos familiares de Dom José Freire, ao bispo diocesano Dom Mariano Manzana, e aos irmãos e irmãs da Diocese de Mossoró que, neste momento, agradecem a Deus pela vida de um grande bispo da Igreja no Brasil.
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

A defesa da vida é o novo nome da Paz

Na Hungria, manifestações para exigir o direito à vida desde a sua concepção

ROMA, terça-feira, 10 de janeiro de 2012(ZENIT.org) - Dia 28 de dezembro de 2011, festa dos Santos Mártires Inocentes, mais de 1.000 defensores da vida humana - incluindo uma criança de um ano que sobreviveu ao aborto se reuniram para exigir o direito à vida desde a sua concepção.
***
Além da criança de um ano, que sbreviveu ao aborto, estavam presentes na manifestação, o cirurgião András Csókay; o monsenhor Andreas Laun, bispo de Salzburg (Áustria); o monsenhor Ioan Chisarau, bispo grego-católico de Temesvár (Romenia), juntamente com delegações dos movimentos Pró-Vida da Eslováquia, Ucrânia, Polônia, Grã-Bretanha e Suécia se reuniram em frente à sede do Presidente Húngaro, para expressar o seu apoio à vida que nasce.
Em nome destes, Imre Téglásy, fundador e presidente da Alfa, um movimento pela vida magiar, em consonância com a declaração da nova Constituição Húngara, que entrou em vigor em 01 de janeiro de 2012, pediu uma moratória sobre o aborto e a defesa de todos os meninos e meninas concebidos.
A carta entregue ao Presidente da República Húngara e a sua esposa, começa e termina com uma exortação: “Paz ao mundo! Paz para nós mesmos – paz às crianças concebidas! Paz no ventre!”
Em referência ao artigo 25 da Nova Constituição que afirma:“A dignidade humana é inviolável. Todo ser humano tem o direito à vida e à dignidade humana, a vida do concebido deve ser protegida desde a sua concepção.”
Em seguida, a carta diziia que é possível “cobrir o passado em paz, dando à luz a um, futuro de vida”, e continua explicando que a lei da natureza “encoraja a todos à reprodução e à defesa da vida que nasce.”
A lei básica que rege a vida civil é a do amor, do cuidado para com os outros seres humanos. A este respeito, recorda a prole de Antígona, que diz: - “Estão na terra para amar e não para odiar.”
E é sobre esta lei, que se fundamenta o juramento de Hipócrates, que diz :- “A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo, não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva”.
Com referência ao juramento de Hipócrates, os manifestantes pró-vida
pedem para que sejam proclamadas várias jornadas, em que não será praticada a interrupção voluntária da gravidez.
E elogiando a nova Constituição Húngara, que defende a vida, os manifestantes concluíram solicitando ao presidente e a sua esposa de estender a política em favor dos nascituros a toda a Europa, a fim de criar uma nova renascença.

Fonte: Zenit - O Mundo visto de Roma