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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

JUVENTUDE: O FUTURO DA HUMANIDADE?

Corre o adágio que os jovens são o futuro da humanidade e o futuro da igreja. Há nisto, sem dúvida, um grave equívoco, que a lógica classifica entre as falácias do senso composto e senso diviso. Na verdade os jovens serão o futuro da humanidade e da igreja quando não forem mais jovens, ou seja, quando tiverem chegado à idade madura.
É preciso advertir que entre a idade juvenil e a idade adulta não medeia apenas um período cronológico de alguns anos. A mudança é de qualidade. Passa-se de uma idade para outra dotando atitudes novas, mais sábias e amadurecidas. O adulto não é apenas um jovem de mais idade. É-o também de mais juízo e mais responsabilidade, mais experiência e maior amadurecimento. Transpor simplesmente a idade da juventude, tal qual é, para a esfera da idade adulta, é anacronismo. Na passagem dá-se um salto de qualidade, que não pode ser desconsiderado.
Quando falamos, de modo geral, da juventude, englobamos os jovens e adolescentes. Referimo-nos à pessoa humana após a saída da infância e antes do ingresso na vida adulta. Cronologicamente situa-se entre os 12 e os 30 anos. Psicologicamente vai da puberdade até a maturidade, marcada quer pelo estado matrimonial, quer pelo diploma universitário, quer pela realização empresarial. Diríamos em outras palavras, que ela vai desde a descoberta da dimensão do amor até à sua consolidação na própria vida.

Além disso, muitos jovens, com razoável bagagem de valores e até de amadurecimento, tentam em vão, assumir sua responsabilidade na sociedade. Mas não têm vez. Não se trata apenas de desemprego, mas de falta de chances de mostrar sua capacidade. A sociedade atual é demasiadamente exigente e, em muitos casos excludentes.
A juventude não é, pois o futuro da humanidade e da igreja, mas é seu presente jovem. Se os jovens não viverem sua juventude – ou porque são infatilizados, ou porque são envelhecidos precocemente – a humanidade não ostentaria seu rosto jovem. Seria uma humanidade mutilada. Faltar-lhe-ia uma dimensão essencial para lhe proporcionar ardor, inovação e beleza.
É certo que não só os adultos determinam o andamento da vida humana. Nem devem eles ditar normas definitivas, que devem ser seguidas por aqueles que virão depois. A liberdade propõe continuamente novos paradigmas. A História mostra as mudanças havidas ao longo dos tempos. Elas dependem das decisões dos adultos, bem como da formação que proporcionam aos jovens. Não se trata apenas de instrução. Cada ação humana tem conseqüências que, ao longo andar e somar, são capazes de alterar o curso da história. Os jovens de hoje decidirão amanhã quando forem adultos, sobre a condição de vida da humanidade.

Pergunta-se então sobre o que é ser adulto e, mais ainda, como se chega à idade adulta? Mas esta questão fica apenas no horizonte de nossa consideração sobre a juventude. O que queremos aqui é desvendar a situação da própria juventude. Queremos entendê-la e projetar alguma luz sobre esta idade, tão importante da vida humana. Queremos o jovem do presente, antes de vê-lo no futuro: um jovem, antes de ser adulto e depois de ter sido criança. Um jovem do nosso tempo!
  



 




Adão Elvio Oliveira - Paróquia Sant’Ana

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